13 July 2020 -
O projeto “Circuito em Casa”, versão on-line do Circuito Municipal de Cultura, chega à sua oitava semana em Belo Horizonte com produções que refletem e fazem refletir sobre a capital. O Circuito é realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (CIRC).
Histórias, versos e ângulos periféricos da metrópole
Olhar para Belo Horizonte, mesmo que à distância, a partir da tela do telefone ou do computador, é entrar em contato com os saberes e percursos de quem constrói continuamente a metrópole. Seja pela arquitetura, como nas formas do Conjunto IAPI; pela gastronomia e boemia, nos causos do Bar do Caixote, no bairro São Geraldo; ou pelo grafite que colore os muros e prédios com os traços das mulheres artistas da cidade. Esses são, respectivamente, os temas dos filmes “Mundo Iapi”, “Bar do Caixote” e “Minas do Grafitti”, atrações da Mostra “Horizontes Periféricos”, em cartaz na quarta-feira, dia 15, a partir das 20h, no canal do YouTube da Fundação Municipal de Cultura. Os curtas ficarão disponíveis até 22 de julho.
A programação da semana também apresenta nova rodada dos desafios poéticos do slam, com vídeos trocados por MCs e poetas de várias regionais da cidade. As exibições acontecem na quarta e quinta-feira (14 e 15), a partir das 22h. Os desafios fazem parte da ação “Territórios Culturais”, que também oferece, no domingo, dia 19, a partir das 11h, mais um episódio do quadro “Histórias de Alimentar a Alma”. Arte e gastronomia se encontram em uma visita a Léo Araújo – poeta, escritor, dramaturgo e pesquisador do bairro Salgado Filho. Ele apresentará uma receita de doce de pão, refletindo sobre as suas experiências com a mineiridade na produção de peças e livros que remetem às muitas roças do estado.
Samora N’zinga: Afrotrap do Aglomerado da Serra
O destaque musical desta semana no Circuito em Casa é Samora N’zinga, nome forte do cenário atual do Hip-hop belo-horizontino, experimentador e entusiasta do gênero “afrotrap”, que ascendeu internacionalmente nos últimos cinco anos, misturando rimas, percussão, eletrônica e world music. Samora, uma das referências brasileiras do estilo, vem do Aglomerado da Serra e se apresenta domingo, dia 19, a partir das 22h. Na tela, ele interpreta as músicas de seu último disco, D.A.A.T, com performance de freestyle (versos improvisados) e papos descontraídos sobre temas relevantes do contexto atual em que vivemos. O show ficará disponível no YouTube da Fundação Municipal de Cultura e nas redes do Circuito.
Oficinas de design
Como parte importante da programação do Circuito em Casa desde o início do projeto, estão as ações de formação e qualificação para a classe artística de BH e a população em geral, especialmente para a realização de atividades virtuais, condizentes com o cenário atual. Esse é o tom do vídeo-oficina “Design na web para não designers”, de Marcelo Santiago, que será exibido na terça-feira, dia 14, a partir do meio-dia. O jornalista e designer apresenta conteúdos introdutórios para a obtenção de imagens em licenças adequadas, manipulação gráfica e ferramentas on-line para pequenas criações.
Radionovela e palhaçaria
A radionovela é um gênero antigo e de grande apelo, no Brasil e na América Latina, desde o início do século XX. Levando a literatura para as frequências narradas da locução, a dupla Erika Rohlfs e Thiago Gazzinelli apresenta na quinta-feira, dia 16, a partir das 10h, o primeiro episódio de “Perguntas para Madê”. Na trama, a história de uma ex-detetive que, após vivenciar um trauma, fica anos sem sair de casa. Utilizando a contação de histórias no ambiente virtual, a transmissão será uma forma de ressignificar o contexto atual e valorizar o rádio e a acessibilidade, já que os episódios convidam a experimentar a escuta sem a interferência de imagens.
Cumprindo com o objetivo de sempre proporcionar atrações para todas as idades, o Circuito em Casa apresenta, nesta semana, também o show musical de palhaças “Showzaça”, no domingo, dia 19, a partir das 16h. São composições autorais das palhaças Tecla (Maria Tereza Costa) e Brisa (Janaína Morse) feitas durante o período de distanciamento social, com ritmos brasileiros. Entre sambas, xotes e baladas, a dupla busca construir uma atmosfera leve e divertida abordando as diversas faces do momento em que vivemos. A apresentação ficará disponível no YouTube da Fundação Municipal de Cultura e nas redes do Circuito.
A agenda completa está disponível nesta página e a programação do Circuito em Casa é transmitida a partir das seguintes mídias:
- Canal da Fundação Municipal de Cultura no YouTube
- Páginas do Circuito no Instagram
- Página do Circuito no Facebook
- Site do projeto