O secretário Municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Ribeiro Zeferino, participou da 17ª Edição do Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que teve início na segunda-feira (20) e foi concluído nesta quinta-feira (dia 22), em Belém (PA). O evento reuniu profissionais de Segurança Pública e da Saúde, além de pesquisadores e organizações do terceiro setor, para discutir aspectos relevantes sobre o tema e buscar soluções para o combate à violência. A estratégia adotada pela Prefeitura de Belo Horizonte, com a Operação Hipercentro Seguro, que tem proporcionado importante aumento na sensação de segurança da população, foi apresentada por Genilson, em uma das mesas de discussão, como exemplo de uma iniciativa de sucesso. 

O secretário Genilson teve a chance de falar sobre a nova estratégia de emprego do efetivo da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) nas ruas, que desde março desde ano está em vigor no perímetro do hipercentro da capital mineira. A Operação Hipercentro Seguro faz parte do Programa de Requalificação do Centro de Belo Horizonte, denominado “Centro de Todo Mundo”, que foi lançado pelo prefeito Fuad Noman no início de março, com o objetivo de revitalizar a região central da capital, aumentando as oportunidades de moradia, trabalho e lazer.


Na segurança, os avanços alcançados são fruto da adoção de uma nova forma de atuação do efetivo da Guarda Municipal, que estabeleceu um relacionamento de mais proximidade com a população e ampliou seu leque para além do combate à criminalidade, evitando também a desordem urbana. Para isso, os agentes abandonaram o antigo modelo de patrulhamento feito de forma aleatória, para outro, baseado em evidências de vários aspectos de desordem social existentes naquele ambiente

Combate à desordem física e social

Garantir espaços urbanos seguros tem sido a prioridade das iniciativas. Neste contexto, são destacados como pontos fortes da Operação Hipercentro Seguro a presença da Unidade de Segurança Preventiva (USP) da Guarda Municipal na Praça Sete, e a fusão de operações de sucesso, como a Sentinela e a Embarque Seguro. Tais medidas têm possibilitado o aumento das rondas a pé, inibindo tanto a ação de ladrões e golpistas, quanto práticas que resultem em um quadro de desordem urbana física e social.

Ao lançar esse novo olhar sobre a desordem, o foco passou a ser também combater as pichações, depredações, deposições clandestinas de lixo, ocupações indevidas de passeios e a ação de flanelinhas, entre outras irregularidades. O conjunto de medidas transformou o hipercentro em um espaço urbano seguro e, assim, a população passou a poder usufruir dele com tranquilidade, aproveitando, por exemplo, a ampliação do horário de funcionamento do Parque Municipal Américo Renné Giannetti. 

Mesmo investindo na manutenção da ordem para reduzir a criminalidade, o plano não deixa de lado outras formas de ações preventivas dos guardas no hipercentro, que consistem em patrulhar os pontos de ônibus nos horários de fim de expediente; o entorno de agências bancárias, nas datas de pagamento dos idosos, para evitar as ações de golpistas; e as imediações de shoppings populares, de casas de espetáculos, de estações do Move e as entradas do Metrô. 

Ferramentas operacionais

A divisão da região central em quatro quadrantes tem permitido uma atuação que considere as especificidades de cada uma delas. Para isso, as operações de combate à desordem urbana passaram a ser planejadas de forma participativa, para que todos os envolvidos se sintam parte da solução. Comerciantes, usuários de serviços, trabalhadores e turistas têm seus anseios captados pelos guardas municipais, que realizam um o policiamento preventivo de proximidade com o cidadão.

Os levantamentos são encaminhados para o Observatório do Espaço Urbano, que funciona no Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), para a elaboração de diagnósticos que são projetados nas atividades operacionais cotidianas dos agentes. As respostas mais efetivas na prevenção contra a violência têm sido obtidas ao evitar problemas de ordem física, implementando no trabalho operacional uma visão estratégica em que a solução dos problemas de segurança vai além da realização de prisões e apreensões de mercadoria. 

A mesa de discussão que teve a participação do secretário Genilson tratou do tema Segurança Pública baseada em evidências e os desafios de produção de dados e análise para os gestores locais, contou com a presença também dos empresários japoneses da Singular Perturbations, com a qual a Prefeitura assinou um Termo de Colaboração, que resultou no desenvolvimento do aplicativo Crime Nabi. A ferramenta dispõe de um algoritmo que utiliza dados demográficos, ambientais e criminais para prever, com eficiência, onde futuros crimes e infrações irão ocorrer, usado para definir uma rota inteligente de patrulhamento para os guardas municipais. Isso permitiu intensificar o combate ao furto de cabos, reduzindo de forma expressiva o número de ocorrências na capital.