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Em cena teatral, quatro mulheres de vestido longo movimentam astes, suas sobras são projetadas no fundo vermelho.
Foto: Ricardo Laf/PBH

Edital para seleção de proposta curatorial do FIT-BH entra em fase de avaliação

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A Fundação Municipal de Cultura (FMC) e o Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (CIRC) empreenderam uma iniciativa inédita entre os festivais de teatro brasileiros ao lançar um edital para a seleção de proposta curatorial, e respectiva equipe, da próxima edição do Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte (FIT-BH). O objetivo é horizontalizar e democratizar os processos relacionados ao FIT-BH.

 

A ação, que gerou repercussão entre curadores e programadores de todo o Brasil, entra agora em fase de avaliação das propostas. A comissão responsável pela seleção se reúne na próxima semana para refletir sobre os projetos e o resultado tem previsão de publicação para o próximo dia 20 de abril, sexta-feira.

 

Além de seu ineditismo, a iniciativa também chamou a atenção por fomentar a reflexão sobre a dinâmica dos processos curatoriais em artes cênicas – tema cada vez mais discutido pelos pesquisadores e demais profissionais do setor – e por democratizar o acesso aos campos decisórios do festival.

 

 

Propostas

Entre as propostas recebidas se destacam as abordagens altamente qualificadas para a elaboração da programação, com olhares voltados para a tecnologia e artes digitais, para o percurso de transições pelas quais passou o festival, para o diálogo com corpos e discursos não neutros e para o teatro como campo de resistência.

 

A comissão responsável pela avaliação se reúne na próxima semana e será composta de forma paritária, sendo seis integrantes do Poder Público e seis da sociedade civil ligados ao campo acadêmico, à produção cultural e à criação artística.

 

Em treze edições do FIT-BH, a capital mineira recebeu artistas e grupos de 42 países contemplando todos os continentes e quase um milhão e seiscentos mil espectadores. Com reconhecimento estabelecido, o que se pretende é renovar a visão do festival e ampliar sua compreensão estrutural, mantendo e expandindo as diretrizes ligadas à democratização do acesso à cultura. Além da elaboração de uma programação descentralizada, o propósito é criar um festival mais diverso e que possa dialogar com a sociedade desde o início de sua elaboração.