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Documentário feito por moradores do Granja Freitas é exibido para moradores do bairro
Foto: Divulgação/PBH

Documentário produzido em curso da Urbel ganha espaço em salas de exibição de BH

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Após ser exibido em uma estreia para a comunidade do bairro Granja de Freitas, região Leste de Belo Horizonte, na última semana de março, o documentário “Granja, o País do Funk” agora vai ganhar espaço em outras telas da capital. O filme foi produzido pelos alunos do curso de Educação Patrimonial "Na Tela: um documentário a partir da narrativa dos jovens do Granja de Freitas", promovido pela Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel). A realização também contou com a parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social e com o governo de Minas Gerais, através do Programa Fica Vivo!. 

Segundo Alessandra Duarte, Coordenadora do Trabalho Social da Urbel na região, essa vertente tem como foco ações que visam o estímulo à preservação ambiental e a sensibilização da comunidade quanto aos problemas existentes no território. “Essa abordagem é potencial para a sustentabilidade do empreendimento, considerando a apropriação e proteção dos ambientes naturais e do território como um todo. Ao dar enfoque no resgate de um patrimônio imaterial do território através da memória da juventude, a partir do seu olhar, das suas percepções e demandas, esperamos que sejam favorecidos o protagonismo e a apropriação do território por parte desse público”, ressaltou. 

E foi a partir do curso promovido pela Urbel que três jovens que vivem na comunidade do Granja de Freitas desde o nascimento – Isaque Samuel Rocha Silva, de 13 anos, Diogo Lopes Silva da Paz, 16, e Marcos Paulo Lima de Oliveira, 21 – produziram, junto com os professores, um documentário que retratou a cena cultural do funk no bairro e está conquistando espaço em outros locais de exibição da cidade. No dia 6 de abril, às 19h, será exibido no Teatro Espanca; no dia 7 de maio, às 17h30, no Cine Santa Tereza; e no dia 26 de maio, em horário a definir, no Centro de Referência da Juventude. 

Segundo os moradores, é um enorme orgulho de ver os frutos de algo que foi ao mesmo tempo tão prazeroso e também gerou aprendizados que poderão ser levados para a vida profissional. Isaque Samuel, o mais novo da turma, conta que ficou sem reação quando viu o documentário pronto. “Não sabia nada sobre isso. Superou minhas expectativas. Nunca passou pela minha mente fazer algo assim. E ficou maravilhoso. Com o que aprendi, quero continuar correndo atrás na área de fotografia agora”. Já Diogo Lopes encontrou até oportunidade de trabalho após participar do projeto. “Sou um jovem de 16 anos que ajudou a fazer um filme. É uma experiência incrível. Eu sabia sobre jogos, mas é outro universo. Cheguei a achar que não dava. Agora domino outras técnicas e já fiz até um clipe com o Black para um MC aqui do Granja. Pretendo levar isso como uma profissão na minha vida”, comemorou.