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Fachada do Centro de Referência da da Juventude durante o dia.
Foto: Rodrigo Clemente/PBH

CRJ: um local público para os jovens da capital

criado em - atualizado em
Um lugar para cantar, dançar, atuar, estudar, crescer. Um espaço voltado para o desenvolvimento e protagonismo juvenil. Em Belo Horizonte este lugar é o Centro de Referência da Juventude de BH (CRJ-BH): o primeiro local aberto direcionado especificamente ao público juvenil. O espaço, que conta com 5.800 metros quadrados tem dois andares, com um teatro de arena, com capacidade para 240 lugares, além de dois camarins. Possui ainda, uma sala de aula, três salas multiuso para a realização de atividades de artes plásticas, três salas aquário, quatro galerias, sala de informática e uma cozinha oficina.


Há ainda a sala das artes, com piso amortecido para atividades corporais de alto impacto, e um estúdio para gravações e ensaios, ambos os espaços com isolamento acústico. Todo o prédio possui acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, com elevador e banheiros adaptados, rampas, identificação em braile e piso tátil. 


Além disso, o prédio abriga a Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte. Outra novidade é que todos esses espaços podem ser reservados gratuitamente pelo público para a realização de atividades, oficinas e outras práticas.



Utilização do espaço

Gerente do Centro de Referência da Juventude, Samira Ávila conta que o espaço é importante para a sobrevivência dos grupos artísticos independentes da cidade. “O CRJ é um equipamento público voltado para as juventudes, gratuito, aberto à população, com locais preparados para receber as mais diversas atividades. A utilização é simples e democrática para garantir o acesso igualitário a todos os interessados”, pontua a gestora.


O Coletivo Maya realiza suas atividades no Centro de Referência da Juventude. O grupo, formado por mulheres que se tornaram mães, oferece aulas de danças urbanas e busca o resgate da autoestima. A equipe leva esse nome em homenagem a americana Maya Angelou, uma mulher negra, artista e ativista social que lutou pelas causas feministas.


Os ensaios do grupo acontecem duas vezes por semana no CRJ e não se trata apenas de uma experiência artística, uma vez que o foco da convivência do coletivo é quebrar o paradigma de que mulheres que têm filhos devem viver por conta das crianças. “Eu posso fazer o que eu quiser sendo mãe; ser mãe não me impede de viver”, explica uma integrante do grupo, Leidi Santos.


Além dos ensaios semanais, o grupo realiza, mensalmente, treinos abertos. Sempre que possível, os encontros do grupo contam com monitores responsáveis pelo cuidado das crianças, no mesmo espaço em que as mães ensaiam. “Para a sobrevivência do nosso grupo, o uso dos espaços do CRJ é essencial, tanto por ser gratuito, já que o nosso projeto não tem financiamento, quanto por ser central, o que permite que mulheres de diferentes partes da cidade possam participar com apenas um metrô ou ônibus”, reforça a dançarina.


A integrante do grupo enfatiza que utilizar as dependências do CRJ é sempre muito leve e agradável. “Muitos grupos ensaiam aqui; o que faz com que esse seja um espaço de trocas e interação. Muitas das mulheres que participam dos nossos treinos abertos já frequentavam o CRJ com outros projetos, e isso nos permite articulação com pessoas da cidade inteira”, conclui.



Como utilizar o CRJ?

Para facilitar o contato com o público, o CRJ disponibiliza on-line um formulário de requisição de espaços no local. A ideia da plataforma é simplificar e agilizar o processo que, normalmente, demora até 8 dias úteis para uma resposta. Para cadastrar alguma atividade ou evento, basta acessar este link e preencher com os dados necessários. 

 

 

21/02/2018. Centro de Referência da Juventude. Fotos: Divulgação/PBH