Cerca de 200 catadores das cooperativas Asmare e Coopesol Leste vão participar do Carnaval de Belo Horizonte, recolhendo os recicláveis durante os desfiles dos blocos, no período de 18 a 21 de fevereiro. A iniciativa é da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio de uma parceria entre a Belotur, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC). O objetivo, além de oferecer mais uma oportunidade de geração de renda para estes trabalhadores, é diminuir a quantidade de resíduos deixados pelos blocos.

Para executar esse trabalho, os catadores vão contar com três centrais de triagem, montadas pela Prefeitura, nas proximidades da Praça da Estação, na Savassi e em Santa Tereza. Cada central terá tendas de 25 m2 e de 9 m2, além de banheiros químicos. Nesses locais os catadores farão uma pré-triagem do material recolhido, que será encaminhado para os galpões dos catadores, para depois serem comercializados com a indústria recicladora. A Prefeitura também vai fornecer almoço, lanches e água mineral para os trabalhadores.

A expectativa, baseada nos números do Carnaval de 2020, é que sejam recolhidas 34 toneladas de recicláveis, sendo quatro toneladas de latinhas, oito toneladas de plástico, 20 toneladas de vidro e duas toneladas de papel e papelão. Em 2020, os catadores trabalharam durante mais dias, desde o pré-carnaval (de 15 a 29 de fevereiro). Na ocasião, eles recolheram 49,4 toneladas de recicláveis, sendo 11,06 toneladas de alumínio, 29,7 toneladas de plástico e 8,6 toneladas de papelão, durante os desfiles dos blocos.

As centrais de triagem vão funcionar nos seguintes endereços:

- Central 1: Rua Aarão Reis, esquina com Viaduto da Floresta (atrás do Centro de Referência das Juventude);

- Central 2: Rua Inconfidentes, no lado oposto ao número 766, Savassi;

- Central 3: Praça Coronel José Persilva, na Rua Norita, Santa Tereza.

Inclusão dos catadores

A inclusão dos catadores de materiais recicláveis faz parte da política do município de incentivo à coleta seletiva. Todo o material recolhido na coleta seletiva, cerca de 527 toneladas mensais, é doado pela Prefeitura para essas entidades. A SLU também providencia estruturas (aluguel, construção, reforma de galpões) para a triagem de recicláveis e paga despesas como água e energia elétrica.

A cidade conta com duas modalidades de coleta seletiva: a ponto a ponto e a porta a porta. Na Coleta seletiva porta a porta os materiais recicláveis são separados pelos moradores e colocados na calçada para serem coletados. Na coleta seletiva ponto a ponto a população separa os recicláveis em sua residência e os deposita em contêineres instalados pela Prefeitura.

Desde setembro de 2019, a coleta seletiva porta a porta passou a ser feita por seis associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, credenciadas pela SLU em chamamento público. Elas foram contratadas pela SLU e são remuneradas pela autarquia, que também cedeu seis caminhões compactadores para a atividade. A SLU continua sendo responsável pelo planejamento e fiscalização do serviço.