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Membro da campanha de conscientização para limpeza com blusa, lenço e saquinho com mensagens educativas.
Foto: Divulgação SLU/PBH

BH em Pauta: Limpeza na Feira da Afonso Pena

criado em - atualizado em
Ana Luiza Alves, de 12 anos, adora passar a manhã na Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte, mais conhecida como Feira da Afonso Pena, no Centro. Ela e os primos André Silva, 6, Carolina Mangabeira, 9, e Lucca Gabriel, 5, observaram que alguns frequentadores da feira deveriam ficar mais atentos à conservação do espaço público. “Podiam ter usado as lixeirinhas, pois vi várias pela avenida”, sugere o pequeno André. Carolina concorda com o irmão e afirma que já guardou papel de bala e outros resíduos leves na mochila para não jogar no chão. “Se for preciso, coloco no lixo de casa”, diz ela.


A cada domingo, são cinco toneladas de resíduos recolhidas no local e 24 mil litros de água destinados à lavação, segundo o gerente regional de Limpeza Urbana Centro-Sul, Denilson Pereira de Freitas. “Nosso trabalho começa no sábado à noite, quando deixamos o espaço limpo para a montagem das barracas que se inicia de madrugada”, conta. “E, logo que a avenida começa a esvaziar no domingo, entramos de novo em cena para a limpeza pesada.”


Denilson explica que, antes mesmo de a feira terminar, as equipes se debruçam sobre a remoção dos resíduos, porque, às 18h em ponto, os semáforos dos trechos interditados voltam a funcionar e o trânsito na área é liberado. “Recomendamos sempre que comerciantes e visitantes utilizem os contêineres e lixeiras disponibilizados para o descarte de resíduos, contribuindo para que as calçadas e a avenida permaneçam limpas.”


Campanhas educativas realizadas pelo departamento de Políticas Sociais e Mobilização da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) orientam sobre o correto descarte de resíduos, chamando a atenção para jornais e outras embalagens utilizados para embrulhar os produtos à venda. Os feirantes também são instruídos a não jogar gordura e restos de alimentos nas bocas de lobo.


A técnica em mobilização social Maria Lúcia Vieira conta que todo comerciante é aconselhado a ter uma lixeira próxima à própria barraca, para dar oportunidade ao cliente de descartar, ali mesmo, o lixo que produzir. “Os feirantes são instruídos a acondicionar os resíduos em sacos plásticos, fechá-los adequadamente e deixá-los no chão, no ponto onde a barraca foi instalada.”


Além do papel, alguns outros resíduos que representam desafio para os trabalhadores da limpeza urbana são os sabugos de milho, as carcaças de coco e os restos de marmitex deixados por alguns dos próprios trabalhadores da feira. “Os espetos de churrasco requerem um cuidado especial para não furar os sacos plásticos”, adverte Maria Lúcia.


Boa vontade e respeito

O estudante de Relações Públicas Pablo Santana é frequentador assíduo da feira e defensor da beleza e do conforto do evento. “São muitos turistas que transitam por Belo Horizonte aos domingos, visitando este lugar; sendo assim, nada melhor que causar uma boa impressão nessas pessoas, passando uma imagem real de boa educação e zelo”, destaca.


Os pequenos André, Lucca, Carolina e Ana Luiza prometem continuar contribuindo para o sucesso da feira. “Eu coloquei na lixeirinha a lata do refrigerante que tomei; não é nada tão difícil assim”, orgulha-se Ana Luiza. “Basta um pouquinho de boa vontade e respeito de cada um.”


A Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte funciona todos os domingos, das 8h às 14h, com exceção do feriado da Independência do Brasil, quando 7 de setembro coincide com o domingo e a avenida é utilizada para os desfiles. Ao todo, são cerca de 2 mil expositores.
 
 

27/07/2017. Limpeza na Feira da Afonso Pena. Fotos: Pedro Antônio de Oliveira/SLU