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Seis alunos da Rede Muicipal de Ensino fazem deselhos sobre o novo golrilinha do Zoológico, acompanhados por educadora infantil.
Foto: Ana Nunes

BH em Pauta: Gorilinha terá nome dado por alunos municipais

criado em - atualizado em
De uma forma lúdica, a missão de participar da escolha do nome do mais novo gorilinha de Belo Horizonte vem mobilizando as escolas da rede municipal, já que a Fundação Zoo-Botânica (FZB) confiou essa divertida responsabilidade aos estudantes. Em princípio, como não se sabe o sexo do novo integrante da família de gorilas da FZB, cada escola apresentará dois nomes: um para o caso de ser um macho e outro para o de ser fêmea.


Na Escola Municipal Francisco Bressane de Azevedo, da região Nordeste da capital, as turmas de 5 a 7 anos estudaram a origem e o hábito dos gorilas, o significado de alguns nomes especiais e coloriram, usando técnicas diferentes, a figura da mamãe gorila com o filhote. Cada turma escolheu dois nomes e a sugestão da escola será definida em votação geral. As crianças já estão ansiosas para a visita que farão ao gorilinha no zoo.


Para a diretora da Francisco Bressane, Rosemary Pereira, iniciativas como essa são importantes para despertar a consciência ecológica sobre a necessidade de preservação das diferentes espécies animais e dos habitats, bem como a curiosidade das crianças para conhecer os espaços da cidade. “Os estudantes que fazem parte do programa Escola Integrada já passeiam por diversos lugares, mas os que não participam não têm essa inserção, muitas vezes. O ápice desse trabalho, então, é a visita ao zoológico. Nesse contexto, as crianças estão muito empolgadas”, afirma a diretora.


Laura Vitória dos Santos, de 7 anos, escolheu o nome Diara, que significa “presente” e é um nome de origem africana. Seu colega Artur Abraão de Souza, 6 anos, escolheu também o nome Diara para uma fêmea e Bakari, "promissor", também africano, para macho, mas gostaria mesmo que o gorilinha chamasse Artur, como ele.


No Centro de Educação Infantil Santa Clara, no bairro Vila Pinho, instituição parceira da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), as crianças ficaram animadas e sugeriram vários nomes, mas os favoritos foram Cloé, que significa “broto verde”, e Airya, que significa filha, em tupi-guarani. Além das sugestões, as crianças da creche fizeram vários desenhos representando a família de gorilas do zoo.


Na Umei Carlos Prates, o projeto “E o nome do gorilinha será?” mobilizou, por 20 dias, crianças de 3, 4 e 5 anos, além dos familiares. Uma reportagem de TV sobre o nascimento do gorilinha, exibida para as crianças, ajudou a despertar o interesse dos pequenos em relação ao tema. Valores já trabalhados pela instituição, como família, afetividade, respeito e conceitos de preservação e natureza, contribuíram na definição dos nomes de origens indígena.


O estudo dos nomes, origens e significados ganhou a atenção e interesse dos pequenos que passaram a buscar o significado dos próprios nomes. Foram selecionados três nomes de fêmea: Dakota, que significa amiga; Vivá, que significa forte como a natureza, e Teça, cujo significado é olhos atentos. Para macho, os nomes trabalhados foram Endi, que significa luminosidade; Toriba, que significa felicidade, e Porã, que se traduz em bonito. Ao final, os nomes selecionados pelas crianças da escola para a votação popular foram Vivá e Toriba.


As sugestões dos alunos vão compor a lista que será apresentada à população de Belo Horizonte, no início deste segundo semestre, para a escolha do nome oficial do filhote.


Próximos passos


Serão três etapas até se chegar à composição da lista que será apresentada à população. Nesta primeira, todas as escolas municipais e unidades de Educação Infantil da rede própria - isto é, da PBH - e da rede parceira foram convidadas a sugerir nomes. Mais de 130 mil estudantes estão se mobilizando nesta etapa que se encerra nesta quinta-feira (6/7).


A segunda etapa será feita pelas Gerências Regionais de Educação (Gered) que compilarão as sugestões das escolas, Umeis, Emeis e creches parceiras em uma única lista e farão uma pré-seleção para cada regional. Na terceira etapa, a Secretaria Municipal de Educação e a Fundação Zoobotânica avaliarão as sugestões e levarão as que julgarem mais criativas para votação popular.


Para a secretária municipal de Educação, Ângela Dalben, a ideia de envolver as escolas na escolha desperta o interesse das crianças para pesquisar sobre os gorilas e possibilita atividades pedagógicas. “A partir dessa ‘tarefa’ divertida, surgirão desenhos, redações e muitos trabalhos criativos, e tenho certeza de que os estudantes da rede vão ficar muito mais curiosos para conhecer o novo gorilinha do zoológico”, afirma.


O presidente da Fundação Zoo-Botânica, Homero Brasil Filho, também se entusiasmou com a ideia de levar a sugestão inicial de nomes para os estudantes das escolas municipais. “Ao levar a escolha do nome do gorilinha para a criançada, entendemos que a Fundação Zoo-Botânica cumpre a missão de contribuir para a conservação da natureza realizando ações de educação, pesquisa e lazer, que sensibilizem as pessoas para o respeito à vida. Dessa forma, elas serão despertadas para o tema do meio ambiente e conscientizadas de maneira lúdica sobre esse importante assunto.”
 
 
06/07/2017. Gorilinha, escolas escolhem nomes. Foto: Ana Nunes/PBH