26 July 2017 -
Dona de dois belos cachorros, Fred, um Shih-tzu de 8 meses, e Snoopy, um Border collie de dois anos, a pedagoga Daniele Cristine Romanelli Gavião, moradora do bairro São João Batista, estava satisfeita por ter conseguido a castração dos animais na unidade móvel de castração, instalada no CAC Venda Nova desde o dia 3 de julho. “O Snoopy é agitação total, decidi castrar para ele ficar mais tranqüilo. O Fred faz xixi em tudo, no quintal e em casa; dizem que, com a castração, eles param com essa necessidade de marcar território”, justifica ela.
Esse é um dos benefícios que a castração traz para o animal, de acordo com a palestra do veterinário André Gomes Pedroso, há dois anos trabalhando na unidade móvel de castração da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). Ele conta que a castração costuma deixar o animal mais calmo e dócil. “Em fêmeas, o procedimento diminui o risco de câncer e impede que tenham infecções uterinas, uma vez que o aparelho reprodutor é removido durante a castração. Como elas não entram mais no cio, os donos não precisam mais lidar com o sangramento e com possíveis cães de rua importunando no portão. Em machos, a castração reduz o comportamento sexual e o risco de fugas, atropelamentos e brigas com outros machos.”
Durante a palestra para os donos de animais na quarta-feira, 19 de julho, o veterinário André Pedroso esclareceu sobre a tendência de ganho de peso dos animais castrados. “O dono pode adotar uma ração para animal castrado, porque os órgãos retirados influenciam no metabolismo corporal, e como eles tendem a ficar mais calmos, podem acumular mais gordura. É importante não deixar de exercitá-los”, recomenda.
Cuidado com acumuladores
Daniele explica que conseguiu agendar a castração dos cães no Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) para janeiro do ano que vem. “Se fosse pagar em qualquer clínica veterinária seria mais de R$ 800 para cada um deles! É muito caro. Foi uma sorte a Zoonoses de Venda Nova ter feito contato comigo para trazer os cachorros na castração itinerante.”
O porteiro Washington Ferrari Ribeiro é uma pessoa cujo coração não cabe no peito quando se trata de animais. Ele mora de aluguel no bairro Copacabana e conta que o proprietário está pedindo o imóvel, devido ao grande número de animais que ele tem em casa: 14 cachorros, sendo que uma das cadelas teve cria e está com cinco filhotes. “Eu fico com dó dos animais e acabo levando para casa. A ideia é cuidar deles até encontrar donos, mas eu acabo me apegando”, relata ele.
Washington conta que na última sexta-feira encontrou um cachorro perto de casa e quando foi dar comida percebeu que o cão estava cego, com sinomose. “Eu conheço os sintomas, o animal fica sem coordenação motora, com olho lacrimejando. Eu peguei o cachorro e estou cuidando dele, ele estava com fome e sede.”
Na castração do dia 19 de julho, Washington explica que teve o apoio da carrocinha da Prefeitura de Belo Horizonte para o transporte dos cinco cachorros que trouxe para castrar. Acabou tendo que voltar com todos, pois os animais não estavam em jejum de água.
O veterinário explicou na palestra aos donos que se o jejum de água e ração não for respeitado, o animal pode vomitar enquanto estiver anestesiado e se asfixiar, morrendo afogado. A castração dos animais do Washington foi reagendada para o dia seguinte.
Rodrigo dos Santos Oliveira é agente do Controle de Zoonoses da Regional Venda Nova, responsável pela coordenação da castração móvel. Ele conta que a Prefeitura tem um cuidado especial para com as pessoas que são acumuladores de animais. “Para essas pessoas, talvez por questões emocionais, não há interesse em castrar os animais. Fazemos um esforço, como programar o transporte dos animais até o local da castração, porque assim evitamos a proliferação de doenças e o aumento de animais nas ruas.”
Rede de atendimento
Esse é um dos benefícios que a castração traz para o animal, de acordo com a palestra do veterinário André Gomes Pedroso, há dois anos trabalhando na unidade móvel de castração da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). Ele conta que a castração costuma deixar o animal mais calmo e dócil. “Em fêmeas, o procedimento diminui o risco de câncer e impede que tenham infecções uterinas, uma vez que o aparelho reprodutor é removido durante a castração. Como elas não entram mais no cio, os donos não precisam mais lidar com o sangramento e com possíveis cães de rua importunando no portão. Em machos, a castração reduz o comportamento sexual e o risco de fugas, atropelamentos e brigas com outros machos.”
Durante a palestra para os donos de animais na quarta-feira, 19 de julho, o veterinário André Pedroso esclareceu sobre a tendência de ganho de peso dos animais castrados. “O dono pode adotar uma ração para animal castrado, porque os órgãos retirados influenciam no metabolismo corporal, e como eles tendem a ficar mais calmos, podem acumular mais gordura. É importante não deixar de exercitá-los”, recomenda.
Cuidado com acumuladores
Daniele explica que conseguiu agendar a castração dos cães no Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) para janeiro do ano que vem. “Se fosse pagar em qualquer clínica veterinária seria mais de R$ 800 para cada um deles! É muito caro. Foi uma sorte a Zoonoses de Venda Nova ter feito contato comigo para trazer os cachorros na castração itinerante.”
O porteiro Washington Ferrari Ribeiro é uma pessoa cujo coração não cabe no peito quando se trata de animais. Ele mora de aluguel no bairro Copacabana e conta que o proprietário está pedindo o imóvel, devido ao grande número de animais que ele tem em casa: 14 cachorros, sendo que uma das cadelas teve cria e está com cinco filhotes. “Eu fico com dó dos animais e acabo levando para casa. A ideia é cuidar deles até encontrar donos, mas eu acabo me apegando”, relata ele.
Washington conta que na última sexta-feira encontrou um cachorro perto de casa e quando foi dar comida percebeu que o cão estava cego, com sinomose. “Eu conheço os sintomas, o animal fica sem coordenação motora, com olho lacrimejando. Eu peguei o cachorro e estou cuidando dele, ele estava com fome e sede.”
Na castração do dia 19 de julho, Washington explica que teve o apoio da carrocinha da Prefeitura de Belo Horizonte para o transporte dos cinco cachorros que trouxe para castrar. Acabou tendo que voltar com todos, pois os animais não estavam em jejum de água.
O veterinário explicou na palestra aos donos que se o jejum de água e ração não for respeitado, o animal pode vomitar enquanto estiver anestesiado e se asfixiar, morrendo afogado. A castração dos animais do Washington foi reagendada para o dia seguinte.
Rodrigo dos Santos Oliveira é agente do Controle de Zoonoses da Regional Venda Nova, responsável pela coordenação da castração móvel. Ele conta que a Prefeitura tem um cuidado especial para com as pessoas que são acumuladores de animais. “Para essas pessoas, talvez por questões emocionais, não há interesse em castrar os animais. Fazemos um esforço, como programar o transporte dos animais até o local da castração, porque assim evitamos a proliferação de doenças e o aumento de animais nas ruas.”
Rede de atendimento
Na unidade móvel são agendadas 30 castrações/dia, com 20% a 30% de desistência por parte dos donos. A unidade móvel ficou em Venda Nova de 3 a 21 de julho e agora vai para a Regional Leste, até o dia 4 de agosto.
Atualmente, a Rede SUS-BH conta com um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e quatro centros de esterilização de cães e gatos, sendo que o da regional Norte funciona no CCZ (Rua Edna Quintel, 173, bairro São Bernardo). A unidade é responsável pelo recolhimento e avaliação veterinária de animais em situação de rua. O recolhimento é feito mediante solicitação da população pelos telefones 3277-7413, 3277-7411 e 3277-7414. O atendimento à população é feito de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h, e as castrações são gratuitas. O animal dever ter no mínimo 4 meses de idade e no máximo 8 anos.