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Quadra de escola municipal, reformada recentemente.
Foto: Divulgação PBH

BH tem mais de 200 unidades escolares em obras

criado em - atualizado em

Por muito tempo, os dias de chuva ou de sol muito quente dificultavam a rotina da Escola Municipal Prefeito Souza Lima, no bairro Jardim Vitória, na região Nordeste. Isso porque o trânsito entre os diversos setores da escola era feito em espaço aberto. A diretora Nara Lúcia de Paula Fan conta que, por mais de uma década, a escola alimentou o desejo de fazer uma cobertura que proporcionasse mais conforto a toda comunidade e permitisse, por exemplo, o acesso mais tranquilo à quadra, à cantina ou à administração da escola, independentemente das condições climáticas. Neste ano, a liberação de verbas exclusivas para intervenção da rede física nas unidades escolares permitiu que esse sonho se tornasse realidade.
 

A diretora afirma que uma ação simples, como replanejar a distribuição dos recursos, pode resultar em melhorias significativas para toda a comunidade. É exatamente isso que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Educação, está fazendo em 2017. A partir de um diagnóstico realizado no início do ano, a distribuição de recursos para as escolas municipais foi replanejada, considerando a necessidade real de cada unidade. Com isso, houve uma desburocratização que agiliza o processo de solicitação, avaliação e autorização, permitindo o início imediato das obras demandadas por cada escola e Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei). Das mais de 200 unidades escolares que participaram do projeto, a Escola Municipal Prefeito Souza Lima é uma delas.
 

A iniciativa da PBH, na opinião de Nara, vem ao encontro dos anseios da Rede Municipal. “Mais que liberar uma verba extra, a Prefeitura nos deu autonomia para realização das obras necessárias, e o diagnóstico nos ajudou a definir as que interessavam a toda a comunidade. Hoje, com a escola repaginada, um sentimento de conquista e de cuidado tomou conta de todos os funcionários e alunos. Considero essa iniciativa uma ótima estratégia”, disse.

 

Escolas revitalizadas

Outra instituição que está vibrando com as mudanças realizadas este ano é a Escola Municipal José Herbert de Souza, no bairro Aarão Reis, Regional Norte. A diretora desta unidade, Iolane Vieira Albino, também aprova a iniciativa da PBH. “Foi extremamente importante esse diagnóstico feito com a participação coletiva dos profissionais, pois, assim, podemos ter uma visão mais completa das expectativas. Essa verba de intervenção possibilitou a pintura de toda a escola, que era uma reivindicação antiga”, afirmou.
 

Além da pintura do prédio escolar, a PBH investiu em outras obras de melhoria na unidade, como o jardim feito junto ao muro, a partir da reciclagem de pneus, e a caricatura do patrono da Escola, no espaço de convivência. “Nossa escola ganhou novos ares, está mais ornamentada e bonita. As mudanças são perceptíveis e temos recebido muitos elogios. A quadra, que é aberta à comunidade à noite e aos finais de semana, também foi revitalizada este ano, por escolha do Orçamento Participativo da Criança e do Adolescente (OPCA)”, explicou a vice-diretora da unidade, Luciana de Moraes Meireles.

 

Verbas Exclusivas

Com o objetivo de promover melhorias na infraestrutura e garantir o bom estado de conservação das unidades escolares, a PBH, por meio da Secretaria de Educação, já investiu este ano mais de R$ 9,6 milhões em obras de manutenção e revitalização. Para viabilizar essas obras, a atual gestão fez uma pesquisa, no início do ano, com todas as escolas da rede municipal de educação. O diagnóstico apontou as condições prediais de cada unidade escolar e elencou 154 itens de manutenção, dos quais 38 foram priorizados para serem executados em 2017.

 

De acordo com a gerente de manutenção e expansão da rede física, Jussara Liberal, a pesquisa possibilitou uma visão geral da rede, permitindo uma distribuição mais qualificada dos recursos. “O impacto foi muito positivo, primeiro por introduzir uma forma de planejar a manutenção de todas as escolas e não apenas de algumas. Todas as escolas têm a oportunidade de executar, com autonomia, as obras e manutenções, seguindo um planejamento que é para toda a rede. Isso implica em recursos mais bem aproveitados e abrange maior número de unidades”, contou a gerente.

 

 

19/10/2017. Obras de manutenção nas escolas. Fotos: Divulgação/PBH