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Técnica de saúde vacina mulher adulta.
Foto: Marina Poblet/PBH

BH em Pauta: Adultos devem atualizar cartão de vacinação

criado em - atualizado em

Há quem pense que a vacinação é indicada somente para crianças e idosos – ou que só deve se vacinar durante campanhas de vacinação. O que costuma ser ainda mais comum é a população adulta trabalhadora que, na correria do dia a dia, não encontra o tempo necessário para cuidar da própria saúde. Entretanto, é importante que o adulto entenda que a vacinação não protege apenas a si mesmo. Uma população vacinada é capaz de controlar a circulação dos vírus e conter surtos que se tornariam um problema de saúde pública.

“A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que todo indivíduo, pelo menos uma vez ao ano, tenha uma consulta, para saber se está tudo bem. E esse é o momento de saber sobre a vacinação”, aconselha a gerente de Vigilância em Saúde e Informação, da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), Lúcia Paixão.

Mesmo que a pessoa não passe por nenhuma consulta, verificar o cartão de vacina pode ser feito na unidade de saúde, sem necessidade de marcar horário. “Precisamos enfocar a vacinação da família como um todo, não só as crianças e idosos. Todo mundo tem que estar com as vacinas em dia”, recomenda ela.

O SUS-BH oferece gratuitamente para o público de 20 a 59 anos a vacina contra a hepatite B, que deve ser tomada em três doses no esquema de 0, 1 e 6 meses. A jornalista Alessandra Maximiano fez um checkup recentemente e a médica perguntou se ela estava com a vacinação em dia: “Devido ao dia a dia a gente realmente acaba deixando isso um pouco de lado. Minha médica pediu que atualizasse o cartão, e eu logo compareci para tomar a vacina. Como já havia tomado a de influenza e febre amarela, só faltava a de hepatite B. Esse é definitivamente um dos cuidados que precisamos ter com a nossa saúde,”

A prevenção contra o tétano e a difteria, fornecida pela vacina dupla adulto, também está à disposição nos centros de saúde. A imunização, nesse caso, deve ser renovada de dez em dez anos. Para as gestantes é recomendada a dTpa, que inclui também a coqueluche, para proteção dos bebês, uma vez que a doença mata principalmente bebês de até três meses.

No início de 2017, o Ministério da Saúde (MS) anunciou algumas mudanças no calendário de vacinação. Uma delas diz respeito à vacina contra a febre amarela, que é indicada, principalmente, aos residentes ou viajantes que vão para áreas nas quais a doença é endêmica. No início do ano, o MS adotou a dose única contra a doença. Com a medida, quem já tomou uma dose não precisa se vacinar mais contra a febre amarela ao longo da vida. Caso a pessoa viaje a alguma área endêmica, deve-se tomar a vacina pelo menos 10 dias antes da viagem, para proteção eficaz.

Outra alteração no calendário se refere à tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Agora, a segunda dose da vacina está liberada para a população de 20 a 29 anos. Anteriormente, a segunda dose era aplicada apenas em pessoas com até 19 anos. A mudança leva em consideração surtos de caxumba registrados nos últimos anos no país, sobretudo entre adolescentes e adultos jovens. As duas doses passam a ser indicadas para pessoas de 12 meses a 29 anos. Para adultos de 30 a 49 anos, permanece a indicação de apenas uma dose.
O indivíduo que precisa atualizar o cartão de vacina pode procurar qualquer um dos 152 centros de saúde de Belo Horizonte, das 9h às 17h30. Mais informações pelo serviço telefônico 156.

 

01/08/2017. Vacinação de Adultos. Fotos: Marina Jordá/PBH