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BH é finalista no World Green City Awards com política de Agricultura Urbana
Foto: PBH/Divulgação

BH é finalista no World Green City Awards com política de Agricultura Urbana

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte é uma das finalistas do prêmio World Green City Awards 2024, na categoria “Viver Verde para Coesão Social e Comunidades Inclusivas”. A iniciativa reconhecida pela International Association of Horticultural Producers (AIPH/Associação Internacional de Produtores de Horticultura) é a política de apoio à agricultura urbana e à agroecologia do município, que coloca a cidade na vanguarda das iniciativas de produção de alimentos saudáveis.

A política de apoio à agricultura urbana e agroecologia desenvolvida pela Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional em conjunto com outros órgãos da administração municipal é traduzida pelo esforço na formação de parcerias com a comunidade local para incentivar práticas agrícolas sustentáveis nas áreas urbanas. A iniciativa abrange desde a promoção de hortas comunitárias e agroflorestas urbanas até a integração de técnicas agroecológicas em espaços urbanos, promovendo a segurança alimentar, a inclusão social e a preservação ambiental.

Atualmente, são mais de 100 mil metros quadrados distribuídos em 58 unidades produtivas, em todas as regionais, dedicados à Agricultura Urbana na cidade. São cerca de 400 agricultores urbanos envolvidos nos processos de produção de alimentos. O município conta, ainda, com 26 pontos de comercialização de alimentos vindos da agricultura familiar, o Banco de Sementes Crioulas, Centro de Agroecologia e Educação Ambiental de Resíduos Orgânicos e estufas para a produção de mudas.

A subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da Prefeitura, Darklane Rodrigues, destaca a importância da construção de estratégias que envolvam a produção de alimentos, mesmo em espaços adensados, como é o caso de Belo Horizonte. “As políticas de agricultura urbana e agroecologia são um recurso alternativo relevante para o fornecimento de alimentos frescos e saudáveis, ao mesmo tempo que promovem a inclusão social, fortalecem a economia local e reduzem o impacto ambiental da produção de alimentos. Além disso, são um instrumento de educação ambiental e melhoria da qualidade de vida nas áreas urbanas”, conclui.

O Prêmio

O World Green City Awards 2024 premia soluções baseadas na natureza cujo poder transformador auxilie as cidades a enfrentar os principais desafios da atualidade. A premiação busca agraciar iniciativas ousadas, que visam alcançar impactos significativos e que tenham potencial de ampliação e de replicação por outras localidades. A política de Belo Horizonte é uma das três finalistas da sua categoria, selecionada por obter uma das maiores pontuações na avaliação de um painel técnico composto por 28 especialistas internacionais.

“Ser selecionado como finalista em um dos únicos prêmios globais para cidades onde as plantas e a natureza são o foco principal é uma conquista impressionante e inspiradora, e que acreditamos que deve ser amplamente celebrada. Isso destaca internacionalmente os esforços da cidade em promover espaços verdes e natureza em seu ambiente urbano, aumentando a visibilidade da cidade como líder em sustentabilidade urbana, atraindo investimentos, parcerias, reconhecimento global, mas principalmente melhoria na qualidade de vida das pessoas. Além disso, o prêmio incentiva outras cidades a seguir o exemplo de Belo Horizonte, promovendo práticas mais sustentáveis de desenvolvimento urbano em todo o mundo e grande oportunidades de cooperação internacional”, destaca o diretor de Relações Internacionais de Belo Horizonte, Bernardo Ribeiro.

A cerimônia de certificação dos finalistas e a entrega do prêmio para o grande vencedor estão programadas para setembro deste ano, na cidade de Utrecht, na Holanda. 

Produção de alimentos na cidade

A Política de Agricultura Urbana e Agroecologia está vinculada à Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional da Prefeitura de Belo Horizonte. Entre 2016 e 2020, o orçamento destinado à iniciativa cresceu de R$ 60,06 milhões para R$ 82,6 milhões. Em 2019, a cidade contava com 41 Unidades de Produção Coletiva Comunitária e, até hoje, esse número cresceu para 58 Unidades. Além disso, existem mais de 250 Unidades de Produção Institucionais, que funcionam em equipamentos públicos como escolas, centros de saúde, etc., enquanto em 2019 existiam cerca de 127 Unidades.

As Unidades Produtivas acompanhadas pelo município utilizam técnicas que otimizem o uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e respeitem a integridade sociocultural, territorial e ambiental do local, ou estar em processo de mudança gradativa nas práticas e na gestão da produção industrial e a agricultura convencional, por meio da transformação das bases produtivas e socioambientais, do uso da terra e dos recursos naturais, promovendo sistemas agrícolas que incorporem princípios e tecnologias agroecológicas.