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Belo Horizonte registra redução nos casos de dengue e outras arboviroses em 2025
Divulgação/PBH

Belo Horizonte registra redução nos casos de dengue e outras arboviroses em 2025

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte segue realizando ações de prevenção às arboviroses em todas as regionais da cidade para garantir o controle das doenças e a segurança da população. Neste ano, até o momento, foram registrados 695 casos de dengue, 100 de chikungunya e nenhum óbito. Considerando o mesmo período em 2024 foram 203.415 confirmações de dengue e 127 mortes, além de 6.099 de chikungunya e 11 óbitos. Já em relação à zika, não houve registros em nenhum dos anos. A redução das notificações entre um ano e outro mostra a eficácia do cuidado e o empenho do município e das pessoas no combate ao Aedes aegypti. 

Os dados assistenciais também demonstram uma diminuição significativa, se comparados os registros dos quatro primeiros meses de 2024 e de 2025. A redução foi de mais de 95%, já que no ano passado foram 460.567 atendimentos até abril e neste ano 19.658. Para manter o atual cenário epidemiológico da cidade com índices controlados, além da atuação das equipes, a Secretaria Municipal de Saúde conta com a colaboração e a sensibilização da população, que auxilia na eliminação dos possíveis focos do mosquito dentro das residências. 

“A prevenção é uma responsabilidade de todos e, mesmo com a redução do número de casos, não podemos descuidar. É indispensável que cada um faça a sua parte. Com vistorias semanais em casa, que podem ser realizadas em cerca de 10 minutos, é possível eliminar os objetos que acumulam água e podem se tornar um criadouro do mosquito. O cuidado não pode parar”, reforçou a subsecretária de Promoção e Vigilância à Saúde, Thaysa Drummond. 

É importante lembrar que, de acordo com o último Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), 86,1% dos focos estão em ambientes domiciliares, com 42,5% dos criadouros em pratinhos de plantas; 13,3% em materiais inservíveis, como latas e plásticos descartados; e 7,1% em bebedouros de animais. 

Cuidados rotineiros 

Durante todo o ano, a Prefeitura de Belo Horizonte realiza diversas ações de prevenção à dengue, chikungunya e zika.  Os Agentes de Combate a Endemias (ACE) percorrem imóveis da cidade reforçando as orientações sobre os riscos do acúmulo de água, já que esses locais podem se tornar criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor das doenças. Nessas visitas também são repassadas dicas sobre como eliminar os focos e, se necessário, é feita a aplicação de biolarvicidas. Neste ano, até o momento, foram realizadas mais de 1,4 milhão de vistorias. 

Há também a aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV) para o combate a mosquitos adultos. O inseticida utilizado nessa estratégia é o mesmo dos populares “carros de fumacê”. A diferença está na aplicação adotada pelo município. Em vez de utilizar veículos para a dispersão do produto, os agentes são equipados com bombas costais motorizadas para aplicar de forma direcionada em pontos específicos. Somente em 2025 foram quase 19 mil imóveis trabalhados. 

Outra importante iniciativa é o monitoramento de focos por meio do uso de drones, que são utilizados para a captação de imagens e aplicação de larvicida diretamente nos locais de risco. Em 2025, a Secretaria Municipal de Saúde já realizou 31 sobrevoos, sendo mais de mil imóveis verificados.  Há, também, mutirões realizados pela Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), alcançando 78 ações e quase 177 toneladas de materiais recolhidos em 2025. 

Já as 1,7 mil ovitrampas – armadilhas instaladas em pontos estratégicos das regionais – são utilizadas para monitorar a circulação do Aedes aegypti e intensificar ações preventivas em áreas com maior número de mosquitos. As estruturas simulam o ambiente ideal para a reprodução e possuem uma substância que atrai as fêmeas. Somente neste ano, quase 21 mil visitas já foram realizadas para análise. 

O método Wolbachia é outra ação complementar para o controle e prevenção da dengue, zika e chikungunya. Trata-se de uma bactéria que é transmitida para humanos ou animais. Os mosquitos que carregam esse microrganismo têm a capacidade reduzida na transmissão das arboviroses, diminuindo o risco dessas doenças. Cabe esclarecer que esse método não envolve qualquer modificação genética do vetor Aedes aegypti. 

Outra ação, realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, é o projeto EducaZoo. O objetivo é levar orientações aos alunos de escolas municipais da capital para que eles atuem como multiplicadores das informações. A abordagem a esses assuntos é realizada de forma divertida e descontraída, com jogos de trilha do saber e memória, dominós, cruzadinhas e caça-palavras. Também são feitas apresentações do grupo Mobiliza SUS.