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PBH celebra 10 anos do Museu Casa Kubitschek com exposição e lançamento de livro
Ricardo Laf

PBH celebra 10 anos do Museu Casa Kubitschek com exposição e lançamento de livro

criado em - atualizado em

O Museu Casa Kubitschek (MCK) celebra uma década de atuação e comemora com uma programação para lá de especial: inauguração da exposição “Traçar Moderno: Construindo Formas e Trajetórias” e lançamento do livro “Museus, Educação e Território: experiências educativas na Pampulha”. As atividades acontecem no MCK, na quinta-feira (27), às 19 horas.

As atividades são realizadas pela Prefeitura de Belo Horizonte em parceria com o Instituto Lumiar e a publicação tem o apoio cultural do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, através de recursos do Fundo Especial do Ministério Público - FUNEMP. As ações integram o projeto Museus Pampulha, que busca fortalecer as atividades realizadas pelo Museu de Arte da Pampulha (MAP), o Museu Casa Kubitschek (MCK) e a Casa do Baile - Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design. Todas as atrações são gratuitas e a programação completa pode ser acessada no site do projeto.

Após uma década de convivência e interação com os visitantes, o Museu Casa Kubitschek lança um olhar sobre o seu acervo, que ressalta sua importância para a reflexão acerca do modernismo brasileiro com a exposição “Traçar Moderno: Construindo Formas e Trajetórias”. Com curadoria de Ana Karina Ribeiro Bernardes, Claudia Vianna Lima e Isabela Tavares Guerra, a mostra busca destacar a importância do Museu para o cuidado, preservação e pesquisa desse acervo que é referencial para o design, a arquitetura e paisagismo modernistas.

Para isso, evidencia-se a relação do MCK com o Conjunto Moderno da Pampulha no qual está inserido, de seu mobiliário com a vanguarda modernista e a tradição artesanal da marcenaria e carpintaria, assim como ressalta as mãos e as personalidades que fizeram parte da construção desse espaço.
 

“A exposição ‘Traçar Moderno: Construindo Formas e Trajetórias’ faz esse convite para transcender a visão tradicional do modernismo como um movimento elitista e monumental. Ao vivenciar o cotidiano da casa, de seu acervo e sua história, é possível reconhecer a essência humanista e atemporal do modernismo, presente na simplicidade dos espaços, na funcionalidade do design e na valorização da natureza. Para além da mostra, o lançamento do livro ‘Museus, Educação e Território: experiências educativas na Pampulha’ ressalta a dimensão de um museu que se dá no encontro, que existe na relação com quem o ocupa, onde se pode operar o conhecimento, criar novas narrativas, em local de escuta e acolhimento. É a partir desses encontros mediados pelas equipes educativas que se torna possível perceber a Pampulha, para além de sua importância e exuberância arquitetônica, mas também como um território que se renova a partir dos seus usos, de sua ocupação e das diversas memórias que a formam”, afirma Eliane Parreiras, secretária municipal de Cultura.

Importante documento do espaço doméstico modernista, o local foi a residência de fim de semana do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, uma das figuras que merecem destaque na exposição. Dona Juracy, antiga moradora da Casa, antes de ela se tornar um espaço museológico, também é reverenciada.

Para ampliar o diálogo, a curadoria convidou artistas contemporâneos para contribuir com suas percepções sobre os temas relacionados ao Museu. Por meio da linguagem da fotografia e das projeções, o artista Haroldo Saboia (CE) dá destaque aos gestos, a partir da ideia das pessoas que constroem a história desse espaço. Também ligado a esse conceito, um vídeo resgata a memória, presença e tradição dos marceneiros e carpinteiros de BH, evidenciando não apenas o passado dessa arte tão fundamental para o mobiliário modernista, mas também a continuidade e a sobrevivência desse ofício.

Elisa Campos (MG) explora o jardim do museu, foco de um trabalho educativo importante na instituição museal e que é revisitado pelas obras da artista plástica. O terceiro convidado é o artista belo-horizontino Daniel Nunes Lise, que constrói uma paisagem sonora contemporânea da Pampulha, que pulsa tanto a vida natural quanto a urbana desse território, destacando alguns espaços icônicos como o Parque Guanabara, o Mineirão e o Zoológico, entre outros.

A exposição “Traçar Moderno: Construindo Formas e Trajetórias” pode ser visitada de quarta-feira a domingo, das 10h às 18h, com entrada gratuita.

Publicação destaca projeto educativo dos Museus da Pampulha

O Museu Casa Kubitschek realiza, também no dia 27 de junho, o lançamento da publicação “Museus, Educação e Território: experiências educativas na Pampulha”, que consolida os últimos quatro anos de pesquisa e atividades dos setores educativos dos Museus da Pampulha. O livro tem o importante papel de demonstrar como as atividades educativas podem ser o coração dos espaços museológicos e que, embora aconteçam aliadas às exposições, vão além delas, trazendo aspectos dos territórios, da relação com moradores, turistas e visitantes, e realizando a mediação da paisagem cultural da Pampulha.

Feita a muitas mãos, a publicação reúne artigos, em forma de relatos, de diversos educadores que atuam ou atuaram nos equipamentos museológicos da Pampulha, a partir das práticas e experiências de quem executa esse trabalho e que está na relação direta com os diversos públicos que perpassam esses espaços.

Serviço:

Abertura da exposição “Traçar Moderno: Construindo Formas e Trajetórias” e lançamento do livro “Museus, Educação e Território: experiências educativas na Pampulha”

Data: 27 de junho de 2024

Horário: 19h

Local: Museu Casa Kubitschek (av. Otacílio Negrão de Lima, 4.188)