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Virada Cultural terá formato inédito, destacando produção cultural de BH
Foto: Luiza Lisboa

Virada Cultural terá formato inédito, destacando produção cultural de BH

criado em - atualizado em

A Secretaria Municipal de Cultura, a Fundação Municipal de Cultura e o Instituto Periférico promovem, nos dias 16 e 17 de outubro, a Virada Cultural de Belo Horizonte 2021. O conceito desta edição representa o momento de retomada gradual que o setor começa a viver atualmente: “Cultura vibra, viva, vira”. Um dos eixos norteadores desta edição é o foco na cadeia produtiva do setor em toda a cidade, em suas mais variadas formas de expressões e manifestações artísticas, fortalecendo a economia da cultura da capital mineira e região metropolitana.

 

A programação será totalmente gratuita e com a maior parte das atividades apresentadas on-line. A edição também conta com intervenções urbanas pelo hipercentro da capital mineira, em formatos que poderão ser contemplados pela população sem gerar aglomerações e transmissão pela internet. Toda a programação será realizada seguindo os protocolos de prevenção ao contágio pela Covid-19 vigentes em Belo Horizonte. As informações sobre a edição poderão ser acompanhadas no site oficial viradacultural.pbh.gov.br

 

Para a secretária municipal de Cultura e presidenta interina da Fundação Municipal de Cultura, Fabiola Moulin, a Virada representa o momento de mostrar toda a riqueza artística e cultural dos artistas e coletivos da cidade. “Queremos que os belo-horizontinos vibrem e virem conosco nesta edição virtual. E a Virada não se encerra no evento em si, estamos deixando um legado para os artistas, eles irão receber o material da sua apresentação como possibilidade de uso em seus portfólios”, conta.   

 

Cultura vibra, viva, vira

 

As diversas linguagens artísticas e culturais estarão representadas na programação, em múltiplas áreas (teatro, dança, música, intervenções e instalações urbanas, cultura popular, gastronomia, moda e design, bem-estar e saúde, cinema, literatura e muito mais). Na música, o festival contará com estilos variados, além de oficinas que convidam o público a refletir sobre como essa arte é construída, traduzida e interpretada. Entre os destaques, estão as atrações populares e periféricas, linguagens importantes que evidenciam a pluralidade da cultura de Belo Horizonte. 

 

A programação será distribuída em dez espaços simultâneos de transmissão ao vivo, em 24 horas ininterruptas de programação em um mesmo canal: o YouTube da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte (youtube.com/canalFMC). O festival poderá ser acompanhado apenas no período de realização do evento, e o conteúdo não ficará disponível após o término. 

 

A Virada Cultural proporciona a união de repertórios múltiplos, que atendem a todos os gostos e às diferentes idades. Para crianças, atrações musicais como Sílvia Negrão, que brinda o público com o inusitado e o lúdico de suas composições, enquanto os adolescentes poderão curtir o rap do MC Alair Abreu. Para os adultos, o rock de outras épocas nas vozes de Lorena Amaral e Cabeto que trazem em seu repertório músicas dos Beatles. A programação completa do evento, com todos os nomes confirmados na edição e os horários, será divulgada em breve. 

 

Entre as atrações já confirmadas, selecionadas via cadastramento realizado em junho, está o Bloco Daquele Jeito, com os ritmos axé e arrocha no repertório de músicas autorais e de grandes bandas. Pedro Silva, regente do bloco, fala sobre a expectativa da primeira participação do grupo no festival. “A gente fica muito feliz em participar, pois o Carnaval de Belo Horizonte é tão lindo e diverso e, para nós, dar esse tom na Virada é motivo de muita satisfação. A expectativa está alta. Quase dois anos parados, com a saída de alguns integrantes e chegada de novos. E a alegria de poder tocar num evento tão importante para a cidade, como a Virada Cultural, ajuda a ter confiança em tempos melhores”, celebra Pedro. 

 

Em sua primeira vez na Virada, o duo ClaraxSofia, que vem se destacando nos últimos anos no cenário pop da cidade, apresentará músicas autorais mesclando repertórios de cantoras que foram influentes em sua trajetória. 

 

"É uma honra muito grande participar da Virada Cultural de Belo Horizonte! Acompanhar o evento tantos anos como espectadoras, vendo a cultura de BH pulsar, crescer e inspirar tanta gente e, agora, participar como artistas, é um marco para nossa carreira. Enquanto artistas belo-horizontinas, a gente fica muito feliz em representar um pedacinho da nossa cena musical que é tão rica e merece tanto brilho", relata Clara Câmpara, sobre a participação dela e de Sofia Lopes no festival. 

 

Selecionados e Espaços 

 

A programação é composta por atrações selecionadas por quatro formas: inscrição aberta para a sociedade civil; programação parceira, que integra atrações de projetos já existentes e incorporados à Virada Cultural; programação associada, vinculada a espaços, equipamentos culturais da cidade, secretarias e órgãos da PBH com agenda previamente determinada ou alinhada para o período de realização da Virada Cultural; e seleção de propostas apresentadas por servidores e servidoras da Prefeitura de Belo Horizonte, via campanha realizada internamente. 

 

A Virada Cultural contará, ainda, com uma ressignificação de espaços do centro da capital que, tradicionalmente, não recebem programação cultural, como os terraços dos edifícios Itamaraty e Brasil Palace Hotel, além da Estação Central/CBTU. No Viaduto Santa Tereza, um piano de cauda e a cantora Ângela Ro Ro participam do festival parceiro Divina Maravilhosa. 

 

Outras regiões da capital também serão palco de gravações das atrações nesta edição. Tiago Delegado, por exemplo, convida grandes nomes do samba de BH para a Virada do Samba, tendo como cenário uma das mais belas vistas da cidade: o Mirante do Mangabeiras. 

 

Algumas intervenções urbanas poderão ser acompanhadas com presença de público, em 16 e 17 de outubro, seguindo os protocolos de prevenção à Covid-19 vigentes na cidade, em formatos pensados para não gerar aglomerações. Um dos exemplos é a proposta da artista Luiza Kot, que projeta em construções na av. dos Andradas e rua Aarão Reis, a partir do Prédio da Estação Central, imagens que mesclam a natureza e o urbano.

 

Foco na cadeia produtiva

 

Parte integrante das políticas públicas municipais da cultura desenvolvidas pela Prefeitura de Belo Horizonte, a Virada Cultural se destaca pelo fomento ao setor, se somando às diversas medidas adotadas pelo poder público do Município desde o início da pandemia de Covid-19. Para fazer acontecer a programação ao longo de 24 horas ininterruptas,  centenas de artistas, técnicos e articuladores culturais estão envolvidos na edição de 2021. 

 

As 103 propostas pré-selecionadas via cadastramento, por exemplo, somam quase 700 pessoas envolvidas entre artistas e produção (para consultar quais são, acesse pbh.gov.br/viradacultural). A edição também conta com um grande time de profissionais dos bastidores que já está atuando, a todo vapor, nas gravações das atrações do evento: são produtores, equipes de iluminação, vídeo, streaming e sonorização, cinegrafistas, cenografistas, entre tantos outros. 

 

“Deste modo, a Virada Cultural de Belo Horizonte fortalece um dos setores mais afetados pela pandemia e uma das cadeias mais importantes para geração de emprego e renda do país. Ainda que majoritariamente no formato virtual, diante dos cuidados que permanecem necessários diante da pandemia, a realização da edição de 2021 reafirma o compromisso da Prefeitura com o setor e com a continuidade das políticas públicas municipais de cultura. Estamos construindo uma edição com uma programação muito rica e diversificada, totalmente gratuita, para ser aproveitada por todos”, conclui Fabíola Moulin.