22 December 2022 -
Para garantir a proteção de famílias que residem em áreas de risco geológico e inundação, a Prefeitura de Belo Horizonte está intensificando as ações preventivas neste período chuvoso. Somente neste ano, já foram realizadas 2.067 vistorias técnicas, com indicação de 368 remoções preventivas. O trabalho tem sido prioridade dentro do Programa Estrutural de Áreas de Risco (Pear).
As vistorias podem ser solicitadas pelos próprios moradores, e são efetuadas em campo pelas equipes técnicas que avaliam o grau de risco apresentado e indicam as intervenções necessárias. Se for possível realizar obras que reduzam o risco e assegurem a proteção dos moradores, as famílias são removidas temporariamente até a conclusão. Nesse caso, elas permanecem em casa de parentes ou acessam o Bolsa Moradia e/ou Abono Pecuniário até que possam retornar para casa.
Quando há grau de risco muito alto – que não pode ser eliminado ou controlado dpor uma obra tecnicamente viável –, a família é removida definitivamente, sendo encaminhada para o Abrigo Municipal Granja de Freitas ou orientada a acessar o programa Bolsa Moradia, caso se enquadre nos critérios de Política Municipal de Habitação, até o seu reassentamento em uma unidade habitacional construída pela Prefeitura.
Em época de chuvas é ainda mais importante que a população fique atenta aos sinais de risco geológico, como trincas e rachaduras em paredes, pisos ou no solo, movimentação do terreno, água empoçando no quintal, inclinação de postes ou árvores, além de trincas e estufamentos nos muros de arrimo.
Os moradores que observarem algum sinal de risco, devem solicitar uma vistoria no local. Elas podem ser agendadas na Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel) de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h e de 13h às 17h, pelo telefone 3277-6409. Em caso de emergência, a população deve entrar em contato com a Defesa Civil pelo número 199.
A diretora de Áreas de Risco e Assistência Técnica da Urbel, Isabel Volponi, reforça a importância da parceria entre o poder público e a comunidade para lidar com as situações de risco geológico existentes no município.
“Quando chegam as chuvas, os nossos esforços se concentram no atendimento à população, com intensificação do número de vistorias. Mas é fundamental que os moradores também colaborem, tendo atitudes que auxiliem na redução e não geração de situações de risco, mantendo um comportamento de autoproteção e prevenção, evitando jogar lixo nas encostas ou nos cursos d’água, utilizando fossas, colocando calha no telhado de casa, não despejando esgoto nos barrancos e ficando atento aos alertas de chuva”, alertou a geóloga.