A Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura promovem na próxima terça-feira, dia 17, Dia do Patrimônio Cultural, a partir das 14h, a 4ª edição do projeto “Expedições do Patrimônio”. Nessa edição, que acontece mais uma vez no formato virtual, o encontro tem como tema a história do bairro Santa Tereza. A atividade é destinada a estudantes de graduação, professores de todos os níveis da educação básica das redes pública e privada, diretores escolares, gestores educacionais e de centros culturais, mediadores de aprendizagem em museus e centros culturais e estudiosos, além de pessoas interessadas nos debates sobre Patrimônio Cultural. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo Portal da Prefeitura. As vagas são limitadas.

Com o tema “Santa Tereza: Patrimônio Cultural e Identidades”, o encontro permitirá aos participantes conhecer e debater sobre a história de ocupação desta região; o conjunto urbano protegido pelo município e suas características arquitetônicas; a formação identitária do bairro marcada por relações de convivência e proximidade entre os moradores que são destoantes das relações impessoais que marcam a vida moderna; as fortes tradições culturais que reverberam mundo afora e a vida boêmia que atrai inúmeros moradores de outros pontos da cidade; e, por fim, a história do Quilombo Souza, Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, composto por uma comunidade negra que desde 1910 habita o território.

O debate será conduzido por Marco Antônio Silva, historiador e doutor em Educação, coordenador do setor educativo da Diretoria de Patrimônio Cultural e Arquivo Público da Fundação Municipal de Cultura, e Arminda Aparecida de Oliveira, professora e mestre em Educação, da Diretoria de Desenvolvimento e Articulação Institucional da Secretaria Municipal de Cultura.  Esta edição terá como convidadas Carol Peso, arquiteta da Diretoria de Patrimônio Cultural, e Gláucia Vieira, liderança do Quilombo Souza.

Françoise Jean de Oliveira, diretora de Patrimônio Cultural e Arquivo Público da Fundação Municipal de Cultura, ressalta que o projeto Expedições do Patrimônio tem tido uma boa aceitação dos estudantes de graduação, professores, profissionais da área e moradores da capital interessados no tema, e espera que o número de participantes possa aumentar a cada edição. “Nesta em particular, que se dará no dia do Patrimônio Cultural, teremos a oportunidade de abordar Santa Tereza, um bairro singular no contexto urbano da nossa cidade, marcado pela peculiaridade dos seus modos de vida, relações de sociabilidade, costumes, vocações históricas e pela resistência ao processo mais amplo de imposição da vida urbana, tão marcada por determinações dos valores de mercado. Além do seu casario que remete às primeiras décadas de ocupação da capital mineira, o Conjunto Urbano Bairro de Santa Tereza abriga modos de vida tradicionais que coexistem com uma vida cultural pujante, além de abrigar, também, o Quilombo Souza, com suas fortes tradições afro-brasileiras, e que foi reconhecido como patrimônio imaterial de Belo Horizonte”, afirma.

 

Sobre o “Expedições do Patrimônio”

Em sua primeira edição, o “Expedições do Patrimônio” proporcionou um encontro formativo sobre o Ofício dos Lambe-lambes, primeiro bem a receber o título de Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. O encontro aconteceu em 2019, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, território que abriga os fotógrafos que exercem há décadas a profissão na capital. Os participantes puderam conhecer a história da profissão, que começou a ser exercida na década de 1920 na capital, além da sua importância na constituição da memória histórica e afetiva dos belo-horizontinos.

Devido às medidas de combate à pandemia de Covid-19, o projeto foi temporariamente interrompido em 2020, sendo retomado em junho de 2021, de maneira virtual. Na segunda edição, a temática abordada foi a Praça da Estação: Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. O encontro abordou a importância histórica, simbólica, afetiva e arquitetônica da Praça da Estação para Belo Horizonte e o Estado de Minas Gerais.

Pampulha: Patrimônio Cultural e Diversidade foi o tema da terceira edição, realizada em julho, abordando a história de ocupação desta região, o Conjunto Moderno (tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco) e as Festas de Iemanjá (Patrimônio Cultural de Belo Horizonte) que acontecem no entorno da Lagoa.

 

Serviço

Projeto Expedições do Patrimônio
Santa Tereza, Patrimônio Cultural e Identidades
Dia 17 de agosto, das 14h às 16:30h - via videoconferência (Google Meet)
Inscrições.
Número de vagas: 100