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Projeto Elas Cultivam a Lagoinha
Divulgação: PBH

Projeto Elas Cultivam a Lagoinha oferece oficinas para inclusão produtiva

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Todas as quartas-feiras, pela manhã, uma cena curiosa, mas bonita de ser ver, atrai a atenção das pessoas que passam pelas imediações do Mercado Popular da Lagoinha, na avenida Antônio Carlos. O projeto Elas Cultivam a Lagoinha realiza, no local, oficinas diversas, voltadas para a inclusão social e a geração de renda para mulheres que se encontram em situação de vulnerabilidade social, usuárias de drogas e com trajetória de vida nas ruas, frequentadoras do Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM).

 

O projeto Elas Cultivam a Lagoinha consiste em uma ação do eixo Espaços Urbanos Seguros, do Plano de Intervenção Qualificada em Cenas de Uso de Crack e outras Drogas, da Prefeitura de Belo Horizonte. É fruto da parceria realizada entre a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP) e a Organização da Sociedade Civil (OSC) denominada Instituto de Estudos do Desenvolvimento Sustentável (IEDS), representando uma inovação no campo da Prevenção à Violência.

 

Viabilizadas com recursos obtidos a partir de convênio firmado com o Governo Federal, as oficinas do projeto acontecem na Unidade de Produção Agroecológica situada em frente ao Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional (CRESAN), conhecido como Mercado Popular da Lagoinha. A iniciativa está voltada também para a requalificação desse amplo espaço urbano do território da Lagoinha, que se encontrava degradado e que, atualmente, com a inserção das mulheres atendidas pelo CIAM nas atividades disponibilizadas, já está gerando sensação de segurança e de pertencimento social.

 

Alegria e cumplicidade

 

A estrutura geodésica (modelo estrutural composto por uma rede de polígonos que, unidos de forma tridimensional, formam um espaço comum, distribuindo seu peso, de forma uniforme, sobre o solo) de metal, coberta com tela, instalada na área verde em frente ao Mercado da Lagoinha, é o local onde as participantes se reúnem para expor ao próprio grupo os produtos preparados nas oficinas e para fazer a degustação dos mesmos.

 

Há produção de sucos e refrigerantes naturais, de paçoca, esfirras e de sanduíches que utilizam verduras cultivadas pelas próprias mulheres no espaço agroecológico existente ali, que permite montar uma mesa farta, para ser saboreada entre elas, em um clima de alegria, cumplicidade e esperança. Cada oficina tem a participação de 12 mulheres, em média, e acontece das 9h às 11h30. São realizadas também aulas de produção de desodorantes e sabonetes naturais. Os produtos serão comercializados, em breve, em feiras comunitárias, com a renda sendo revertida para as próprias participantes.

 

O início das atividades do projeto Elas Cultivam a Lagoinha ocorreu em outubro de 2021. Uma Unidade Móvel de Segurança Pública (USP), pertencente à Guarda Civil Municipal, foi instalada na área, a fim de propiciar a melhoria da sensação de segurança comunitária e, ainda, assegurar a manutenção da ordem pública, permitindo a utilização do espaço até mesmo no período noturno.