O Programa Mulheres na Obra, da Prefeitura de Belo Horizonte, foi destaque no Curso Mulheres na Gestão: financiamento externo para políticas públicas, realizado em Brasília pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe, Escola Nacional de Administração Pública e Consultoria Mirá Design de Organizações.

A iniciativa reuniu 38 gestoras de 13 estados para debater estratégias de captação de recursos e fortalecimento da liderança feminina no setor público, além de reforçar a importância da transversalidade de gênero, diversidade e inclusão social nas políticas públicas. 

Representando a capital mineira, a Diretora de Operações de Crédito Internacionais da Smobi, Letícia Rizerio, apresentou os resultados e impactos do Programa Mobilidade e Inclusão Urbana, financiado pelo Banco Mundial. 

Ela destacou que até dezembro de 2024, 59 certificações foram dadas pelo programa. “O Mulheres na Obra também conecta essas profissionais ao mercado. A Prefeitura divulga os currículos para empresas, mas a escolha final é sempre delas: seguir no setor privado, atuar nas obras públicas ou trilhar seu próprio caminho. O objetivo é garantir não apenas oportunidades, mas liberdade para decidir”, afirma Letícia.

O que é o Mulheres na Obra?

A política municipal de inclusão de mulheres em obras públicas foi reforçada em dezembro de 2023 com o lançamento da Portaria Conjunta Smobi/Sudecap/Urbel 037/2023, que garante a reserva mínima de 10% de vagas para as mulheres. A portaria faz parte das minutas de contratos dos editais de licitação de obras públicas, tendo os primeiros contratos celebrados em meados de 2024.

A PBH, por meio da Smobi e apoio da Urbel, criou em 2024 o Programa Mulheres na Obra, a partir de uma parceria com o Banco Mundial. Para formação das primeiras turmas, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) foi contratado pela Prefeitura para ministrar os cursos, com o apoio do Cefet-MG que cedeu espaço para os eventos.

Destinado a mulheres com mais de 18 anos, residentes em áreas de vulnerabilidade social, o Programa é composto de um conjunto de ações estratégicas vinculadas à capacitação profissional na área da construção civil (acabamento, pintura, carpintaria, eletricidade, hidráulica, paisagismo, edificação dentre outros) e facilitação de acesso ao mercado, com acompanhamento e monitoramento social. Em 2024, seis turmas foram qualificadas.