23 October 2019 -
Moradores da vila Novo Ouro Preto, na região da Pampulha, serão beneficiados com a conclusão de mais uma obra de urbanização em vilas e favelas retomada pela Prefeitura em 2018. As intervenções, realizadas pela Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), foram conquistadas pela comunidade por meio do Orçamento Participativo 2007/2008 e incluem a urbanização dos becos Doze e Roberto de Paula e, ainda, a construção de oito unidades habitacionais, localizadas na rua Desembargador Paula Mota, no bairro Ouro Preto, que serão destinadas ao reassentamento de famílias removidas em função de obras. As obras haviam sido iniciadas em junho de 2012, foram paralisadas em julho de 2013 e retomadas pela Prefeitura em 2018.
Com o empreendimento, a vila está se transformando em um lugar com vias de acesso adequadas, água, luz, esgoto e iluminação pública. A urbanização dos becos já está em fase avançada e prevê pavimentação, rede de esgoto, contenções e uma praça destinada à prática de esportes e lazer. Já o residencial encontra-se concluído, aguardando apenas as ligações de água pela Copasa para que seja programada a entrega dos apartamentos aos beneficiários. A previsão de conclusão é julho de 2020.
A dona de casa Vanessa Pereira, 40, não vê a hora de mudar para o novo apartamento com a família. “Sair de onde morávamos foi a salvação da gente, pois não era um lugar bom para viver. Nem acreditamos que a nossa nova casa está pronta e vamos mudar em breve. O local é ótimo, a vista é muito boa, os vizinhos são conhecidos, é perto de tudo e vamos sair do aluguel”, comemora.
Essa é apenas uma das obras do Orçamento Participativo que estão em andamento na vila Novo Ouro Preto. Outros empreendimentos, como os do OP 2009/2010 e OP 2011/2012, também abrangem intervenções para melhorias na região, incluindo urbanização de vias como dos becos 12, 03, 04 e 07. O valor total de recursos é de aproximadamente R$ 4 milhões, oriundos do Fundo Municipal de Saneamento.
O diretor de Projetos e Obras da Urbel, Aluísio Rocha, explica que a determinação da Prefeitura é que todos os empreendimentos de Orçamento Participativo nas vilas estejam em curso. “Estamos incrementando as licitações dos empreendimentos do OP que ainda não têm projeto. E ainda preparando as licitações para contratação de obras à medida que os projetos vão ficando prontos. O importante é que o empreendimento não fique parado, esteja ele em fase de projeto, elaboração de planos, licitação ou execução”, afirmou.
Orçamento participativo
No início de 2017, cerca de 450 empreendimentos previstos no Orçamento Participativo estavam parados ou não inicializados em diversas regiões de Belo Horizonte. A partir do primeiro semestre de 2017 até agora, a administração municipal retomou mais de 300 desses projetos escolhidos pela população. Até o momento 88 já foram concluídos.