Pular para o conteúdo principal

Duas pessoas lutando capoeira
Foto: Ricardo Laf

Prefeitura de Belo Horizonte realiza Mapeamento da Capoeira da cidade

criado em - atualizado em

A Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura iniciaram um levantamento on-line para o Mapeamento da Capoeira de Belo Horizonte. O objetivo é identificar e conhecer melhor a prática cultural na capital mineira, seus praticantes, mestres e grupos, com intuito de formular políticas públicas adequadas ao segmento cultural. Para participar do mapeamento, os interessados podem preencher o formulário on-line disponível, a partir desta segunda-feira, dia 15, no portal da Prefeitura.

A participação de todos é fundamental para a construção conjunta de ações que permitam valorizar e fortalecer a prática da capoeira na cidade. As informações coletadas pelo mapeamento subsidiarão também os estudos para o Registro da Capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial de Belo Horizonte, cuja solicitação de abertura foi aceita pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, em 2018, atendendo a uma demanda de capoeiristas, mestres e grupos de capoeira.

“Em Belo Horizonte, existem diferentes grupos de capoeira, com condições socioeconômicas diversas, processos históricos específicos e localizados de maneira espalhada na cidade. Desse modo, o formulário permitirá identificar não só quem e onde estão os praticantes, mas as formas pelas quais eles dão continuidade à prática, como garantem a sua transmissão e quais são as maiores dificuldades que encontram para a manutenção da prática cultural”, ressalta Fabíola Moulin, secretária Municipal de Cultura e presidenta interina da Fundação Municipal de Cultura.

 

Processo de Registro

A abertura do registro da capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial de Belo Horizonte tem o objetivo de fazer com que o poder público reconheça oficialmente sua importância para a cultura belo-horizontina e torne-se corresponsável pela continuidade da prática. Após a abertura do processo de registro, a Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura deve elaborar um dossiê no qual descreve o histórico da prática na cidade e em conjunto com a comunidade capoeirista, e propõe medidas de salvaguarda que deverão ser executadas a curto, médio e longo prazo. Concluído o dossiê, o estudo será encaminhado para o Conselho do Patrimônio para análise e deliberação, ocasião na qual a prática pode ser reconhecida oficialmente como patrimônio cultural da cidade.

Tanto para a construção do dossiê de Registro, quanto para a elaboração de políticas públicas no âmbito da Secretaria Municipal de Cultura, é preciso estabelecer um diálogo profundo com os praticantes, conhecer suas múltiplas realidades e demandas.

“A criação de políticas públicas deve ser feita de forma dialógica, nunca impositiva, sobretudo quando estamos tratando de práticas tradicionais que fazem parte do modo como determinadas comunidades se colocam no mundo e nele se orientam. Dessa forma, o mapeamento proposto nos fornecerá os subsídios necessários não só à elaboração do registro imaterial, mas também à construção de ações mais amplas de valorização e fortalecimento da capoeira na cidade”, conclui Françoise Jean de Oliveira Souza, diretora de Patrimônio Cultural e Arquivo Público da Fundação Municipal de Cultura.