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Prefeitura atua para combater leishmaniose e proliferação do mosquito-palha

Prefeitura atua para combater leishmaniose e proliferação do mosquito-palha

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Durante todo o ano, a Prefeitura de Belo Horizonte atua na prevenção da leishmaniose, doença que pode acometer animais e humanos. As ações são desenvolvidas de forma sistemática e, sempre que necessário, os cuidados são intensificados em áreas com maior risco de transmissão. Para isso, são considerados os casos humanos, o número de cães positivos para a doença, as condições ambientais e os locais com reincidência recente de registros em pessoas.

No ano passado, foram 21 casos de leishmaniose em humanos e 4.459 em cães. Em 2025, até o momento, são sete registros em humanos e 1.230 em cães. Como parte do monitoramento realizado na capital, a Secretaria Municipal de Saúde oferta de forma gratuita exame para diagnóstico da doença em cachorros. A solicitação pode ser feita pelo Portal de Serviços ou pelo telefone 156. Após solicitação e agendamento, a equipe de Zoonoses vai até o imóvel para fazer a coleta de material para exame.

“Caso o resultado seja positivo, é feito o contato com o responsável para informar o diagnóstico e agendar o recolhimento do cão, conforme recomendação do Ministério da Saúde. Esse processo segue todos os protocolos do Conselho Federal de Medicina Veterinária”, explica o diretor de Zoonoses, Eduardo Viana.

O recolhimento do animal só é feito após assinatura de termo de consentimento do responsável. As informações sobre o fluxo para solicitação de exame e recolhimento dos cães estão disponíveis no Portal da Prefeitura.

O município também faz o controle do mosquito-palha, que transmite a doença, por meio de aplicação de inseticida nas áreas internas e externas de imóveis. Em 2024, foram realizadas ações em cerca de 31 mil imóveis e neste ano já foi feito o trabalhado em 8 mil locais. As equipes de Zoonoses orientam a população sobre os cuidados necessários para evitar e reduzir a proliferação do inseto, como a limpeza periódica dos quintais, retirada de folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo.

Encoleiramento

Em janeiro de 2023, a Prefeitura iniciou a distribuição de coleiras impregnadas de inseticida para prevenção da leishmaniose visceral canina. O encoleiramento em cães é uma ação programada, realizada exclusivamente em áreas específicas, conforme pactuação com o Ministério da Saúde, e considerando a incidência de casos humanos, população canina, índice de cães positivos e de vulnerabilidade social.

A troca das coleiras é feita a cada seis meses e a responsabilidade do envio e controle de estoque é do Ministério da Saúde. De 2023 até o momento já foram encoleirados cerca de 124 mil cães, incluindo as substituições semestrais.

Doença grave

A leishmaniose é uma doença grave transmitida pela picada do mosquito-palha infectado. Os sintomas em humanos são febre prolongada por muitos dias, perda de apetite e emagrecimento, palidez e fraqueza, além de tosse seca e aumento do fígado e do baço com o passar do tempo. O município disponibiliza assistência e tratamento gratuito para a doença em todos os centros de saúde da capital.

Já nos cães, os sinais mais comuns da doença são perda de apetite, emagrecimento rápido, aparecimento de feridas na pele (em especial no focinho e orelhas), queda de pelos e crescimento exagerado das unhas. Além disso, diarreia e perda dos movimentos das patas traseiras podem ocorrer com o passar do tempo. De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento da leishmaniose canina não se configura como uma medida de saúde pública para controle da doença e, portanto, não há disponibilização de tratamento pelo SUS.