10 Maio 2024 -
O prefeito Fuad Noman assinou nesta sexta-feira (10) o Decreto que institui o BH nas Telas - Programa de Desenvolvimento do Audiovisual - e cria o Comitê Gestor do BH nas Telas. A medida reafirma o compromisso com a diversidade cultural de Belo Horizonte e o desenvolvimento econômico através do audiovisual.
O prefeito Fuad Noman também lançou o Observatório da Cultura de Belo Horizonte e o Observatório do Audiovisual, o que permitirá o acesso a diversos dados, indicadores e análises sobre as políticas, programas e ações culturais da cidade, assim como projetos, editais e índices econômicos gerados pelo audiovisual. As ações integram a Mostra BH nas Telas, que acontece entre até o próximo dia 12 no Cine Santa Tereza, e coloca em foco o tema “Políticas Públicas para o Audiovisual”.
As iniciativas refletem um compromisso renovado com a expressão artística, a diversidade cultural, o desenvolvimento econômico de Belo Horizonte e a transparência, posicionando a cidade como um centro dinâmico e importante de produção cultural e audiovisual. A Prefeitura de Belo Horizonte dá um passo significativo em direção ao fortalecimento de sua produção cultural e da indústria audiovisual, com a entrega de uma abrangente política, desenvolvida com o objetivo de catalisar o crescimento da produção local, promover a diversidade e impulsionar a economia criativa.
Para o prefeito Fuad Noman, as iniciativas trarão frutos para a produção na capital. “Estamos convictos de que temos um projeto importante em BH, queremos construir um grande programa de audiovisual e contamos muito com a dedicação, competência e talento de cada um de vocês”, afirmou o prefeito.
Decreto BH nas Telas - Programa de Desenvolvimento do Audiovisual
O Decreto estabelece uma série de objetivos claros e abrangentes, visando fortalecer o setor audiovisual e promover a rica diversidade cultural do município. Entre eles, a valorização da identidade cultural local, a promoção do acesso universal e a formação de público para obras audiovisuais através de atividades educativas e culturais.
O texto também busca fomentar a formação e capacitação em todas as etapas da cadeia produtiva audiovisual, estimular a realização de eventos e iniciativas que enalteçam a produção local, e criar parcerias público-privadas para impulsionar a produção audiovisual. A promoção da circulação de obras realizadas por artistas locais, a preservação da memória audiovisual, a facilitação e oferta de incentivos para produções audiovisuais no município, e a subsidiarização da cadeia produtiva por meio da análise de dados também fazem parte dos objetivos traçados.
O Programa BH nas Telas, que será oficializado por meio do Decreto, atua em seis eixos estratégicos:
Memória e Preservação, com destaque para a atuação do Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte (MIS BH), que é peça central na manutenção da rica história audiovisual da cidade;
Difusão, a partir dos investimentos no Cine Santa Tereza e no Circuito Municipal de Cultura para ampliar o acesso à produção cinematográfica e cultural;
Formação e Capacitação, por meio de iniciativas como a Escola Livre das Artes Arena da Cultura e o Núcleo de Produção Digital (NPD), que serão fortalecidas para fomentar o desenvolvimento de talentos e habilidades no campo do audiovisual;
Fomento e Investimento, com destaque para os editais BH nas Telas e demais editais do fomento, que promovem a produção e difusão de conteúdo audiovisual local;
Atração e Facilitação de Filmagens, a partir da criação da Belo Horizonte Film Commission e do Comitê Gestor da Política de Filmagem do Município para atrair produções audiovisuais e facilitar sua realização na cidade;
Análise e Divulgação de Dados e Informações, com a criação dos Observatórios da Cultura e do Audiovisual para analisar e divulgar dados relevantes sobre o cenário cultural e cinematográfico da região.
O Programa consolidou, desde a sua criação em 2018, um investimento de mais de R$37 milhões na cadeia produtiva e em ações de democratização, formação e difusão do audiovisual. O montante é 300% maior que o investimento feito no audiovisual entre 2014 e 2016, por exemplo. Destacam-se, dentro do BH nas Telas, projetos inéditos e importantes para o município, como a criação de editais setoriais para o audiovisual (os editais sob a chancela BH nas Telas); a efetivação de uma política inédita de formação audiovisual no município (centrada na Escola Livre de Artes Arena da Cultura, e na implantação do Núcleo de Produção Digital de Belo Horizonte); e a implantação da Belo Horizonte Film Commission.
Observatório da Cultura e Observatório do Audiovisual
Integrado ao Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais (SMIIC), o Observatório da Cultura é uma plataforma orgânica de pesquisa, reflexão e transparência sobre a cultura em Belo Horizonte. O Observatório busca oferecer acesso a dados, indicadores, análise e pesquisas sobre políticas e ações culturais, programas, projetos, editais, demografias econômicas, impactos, empregos gerados pelo audiovisual, entre outros.
Seu lançamento representa um avanço significativo na transparência das políticas culturais do município, fornecendo informações essenciais para gestores, pesquisadores, empreendedores e interessados no setor, assim como para a sociedade em geral. Esta iniciativa é um passo fundamental para o fortalecimento da economia criativa e o desenvolvimento cultural de Belo Horizonte.
Oferecendo uma estrutura simples, que permite navegação autoexplicativa, o Observatório da Cultura está estruturado em cinco eixos. O primeiro deles é “Painéis Interativos”, que apresentam de forma dinâmica indicadores e dados socioeconômicos da cultura que podem ser filtrados por data, áreas artístico-culturais, regionais, gênero, raça, dentre outras possibilidades de cruzamentos, que variam de acordo com a temática do painel.
Já em “Mapas e Equipamentos Culturais”, será disponibilizado ao cidadão o mapeamento georreferenciado dos equipamentos culturais, públicos e privados, disponíveis na cidade, bem como bens culturais (imóveis e manifestações culturais) protegidos como patrimônio cultural de Belo Horizonte.
Em “Estudo, Pesquisas e Publicações” serão disponibilizados livros, pesquisas e revistas produzidas pela FMC/SMC e pelas instituições parceiras que trabalham com a temática da cultura.
No eixo “Pesquisas de Público”, são compilados dados e relatórios referentes ao público dos eventos culturais produzidos pela FMC/SMC.
A criação do “Observatório do Audiovisual” é outro componente importante dentro do Observatório da Cultura, e uma ação essencial dentro do Programa BH nas Telas. Contará com painéis interativos, tabelas e mapas que tornarão públicas informações acerca das ações realizadas e fomentadas, ações de conservação de acervos audiovisuais, ações de formação e de difusão, além dos indicadores gerados pela BH Film Commission. Também serão publicados indicadores econômicos do setor.
O lançamento do Observatório Municipal da Cultura e do Observatório do Audiovisual é fruto ainda de uma parceria com Universidade Federal de Viçosa (UFV), mais especificamente com o grupo de pesquisa em Gestão e Desenvolvimento de Territórios Criativos (GDTeC) do Núcleo em Administração e Políticas Públicas (NAP2).
Homenagem ao cineasta Guilherme Fiúza Zenha
A Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e a Fundação Municipal de Cultura (FMC) homenageiam, neste dia 10 de maio de 2024, a memória de Guilherme Fiúza Zenha, recentemente falecido. Em reconhecimento à contribuição do produtor e cineasta para o cinema, e à sua presença marcante na comunidade cinematográfica em Belo Horizonte, a Sala Multiúso do Cine Santa Tereza será nomeada Sala Guilherme Fiúza, perpetuando assim seu legado e influência duradoura na indústria audiovisual de BH, com destaque nacional. A Sala remonta à história do próprio CST, sendo o espaço que abrigou sua primeira tela de projeção. Após uma cuidadosa reforma, o ambiente tornou-se um polo de atividades formativas, realização de projetos e sede das aulas do Núcleo de Produção Digital (NPD).
Guilherme Fiúza Zenha, nascido em 27 de dezembro de 1968, é recordado como uma figura preponderante na produção audiovisual, além de ter ocupado o cargo de Presidente do Sindicato da Indústria do Audiovisual de Minas Gerais. Sua dedicação à SMC e à FMC se evidenciou através de sua participação em discussões e impulsionamento de avanços nas políticas públicas voltadas ao setor cinematográfico municipal. Vale ressaltar sua contribuição crucial no processo de implementação da Lei Paulo Gustavo em Belo Horizonte.