19 September 2019 -
Em menos de 30 dias, a Prefeitura de Belo Horizonte já vacinou cerca de nove mil crianças, com idade entre seis e 11 meses de idade, contra o sarampo, atingindo 88% de cobertura vacinal. A chamada “dose zero” foi implantada pelo Ministério da Saúde em agosto deste ano e determina que crianças dessa faixa etária sejam imunizadas. Antes da medida, a primeira dose era aplicada aos doze meses e a segunda aos quinze meses.
Apenas no mês de agosto foram aplicadas cerca de 120 mil doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Ao todo, no ano, foram cerca de 200 mil doses. Em 2018 foram aplicadas cerca de 250 mil doses. Essa boa cobertura é resultado das ações de intensificação de vacinação adotadas pela Prefeitura para prevenir a transmissão da doença na capital.
Este ano, antes do Carnaval e da Copa América – com expectativa da chegada de turistas e maior possibilidade de circulação do vírus – a Secretaria Municipal de Saúde realizou, em parceria com a BHtrans, a vacinação em motoristas de táxi, além de levar a prevenção para hotéis que receberam visitantes e seleções. Também foram realizadas ações em universidades públicas e privadas e Educação de Jovens e Adultos (EJA). A Prefeitura disponibilizou vacinas e realizou vacinação de bloqueio seletiva em escolas e hospitais da rede privada.
O Protocolo do Ministério da Saúde, que recomenda que sejam feitas ações de bloqueio vacinal em familiares e pessoas que tiveram contato com o paciente em até 72 horas, foi adotado em todos os 228 casos suspeitos identificados na capital, sendo que 63 vezes isso ocorreu com pessoas atendidas nas unidades da rede SUS-BH. Diante de casos suspeitos de sarampo atendidos nos centros de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Belo Horizonte foi realizada a interrupção temporária da assistência e desinfecção do local. Todas as medidas têm como objetivo proteger a população.
Atualização de casos
Em 2019, até agora, foram notificados 228 casos suspeitos de sarampo de residentes em Belo Horizonte. Desse total, 179 casos permanecem em investigação. Foram descartados 41 casos e oito estão confirmados. Os dois primeiros casos confirmados ocorreram em janeiro e fevereiro, respectivamente. Os seis casos restantes ocorreram nos meses de agosto e setembro e são casos importados, ou seja, a infecção ocorreu fora de Belo Horizonte. Até o momento, as ações demonstram eficácia e não foi constatada a transmissão sustentada na capital.