O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, afirmou nesta segunda-feira que os estragos causados pelas chuvas dos últimos dias serão reparados o “mais rápido possível” e pediu à população que confie na equipe do governo.

“O que eu vim dizer para a população de Belo Horizonte é que nós vamos recuperar a cidade, isso está definitivamente planejado e equacionado. O apavoramento da população de Belo Horizonte só não é maior que o da administração de Belo Horizonte”, disse.

“Nós vamos em todos os lugares e eu peço a essa população que me elegeu, que confiou em mim, que acreditou em mim e nessa equipe, que acreditem que nós vamos recuperar essa cidade, nós vamos em todos os lugares dessa cidade, nós vamos arrumar ela toda. Confiem na gente”,  continuou.

Por enquanto, a prioridade é atuar na liberação do tráfego da cidade, como na reconstrução de trechos da rede de microdrenagem entre as avenidas Teresa Cristina e Amazonas e o tamponamento da cratera aberta pelas fortes chuvas que atingiram a cidade na terça-feira, dia 28. A via foi liberada para o trânsito apenas três dias depois, resultado de um trabalho intenso da Prefeitura.

Outro exemplo é a limpeza e desobstrução da avenida Prudente de Morais e da BR 356, garantindo o acesso a dois dos principais corredores do transporte coletivo da capital. Por elas passam diariamente 35 linhas de ônibus municipal utilizadas por uma média diária de 95 mil pessoas.

Recursos para as medidas emergenciais já estão assegurados no caixa da Prefeitura, que ainda receberá R$ 200 milhões do governo estadual e parte dos R$ 891 milhões disponibilizados pelo governo federal para cidades atingidas pelas chuvas em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

GGRD

A recuperação de Belo Horizonte é um dos temas discutidos semanalmente nas reuniões do Grupo Gestor de Risco e Desastre (GGRD) – formado por todos os gestores públicos da Prefeitura e de empresas com vocação para a prevenção e resposta a desastres.

O GGRD é uma evolução do extinto Grupo Executivo de Áreas de Risco (GEAR) e já teve o trabalho reconhecido no prêmio Sasakawa, tornando Belo Horizonte a primeira cidade premiada na América Latina. Vídeo que circula em aplicativo de mensagens acusa o prefeito de ter acabado com GEAR e não realizar um trabalho preventivo contra as chuvas. “Então a população tem duas opções: acreditar em quem quer fazer política em cima de cadáver ou quem quer salvar vidas e trabalhar para a população”, disse.

O prefeito ressaltou ainda que, enquanto houver a previsão de chuvas, as máquinas permanecerão nas ruas da capital. Como parte do plano emergencial desenvolvido pela Prefeitura, foram distribuídos em 11 pontos estratégicos da cidade 226 equipamentos – o que inclui caminhões-pipa, carregadeiras, hidrojatos e retroescavadeiras, entre outros.

Nos últimos dias, segundo o Prefeito, a Defesa Civil recebeu 3.153 chamados em razão das chuvas, das quais 1.936 já foram atendidos e 1.217 estão em atendimento ou aguardando o envio de uma equipe.

Social

As pessoas que tiveram que deixar suas casas por orientação da Defesa Civil também receberam assistência da Prefeitura. Além da reserva de aproximadamente 500 vagas em pousadas custeadas pelo município, foram distribuídos 1.692 colchões, 762 cobertores, 324 jogos de lençol, 1.864 cestas básicas e mais de 7 mil refeições.

Desde a sexta-feira passada, crianças e adolescentes que estão abrigadas em pousadas ganharam acesso a um espaço de ensino com várias atividades educacionais: o Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade (Clic), recém-inaugurado no prédio da Secretaria Municipal de Educação.

Além das atividades com computadores, brincadeiras, música, artes e um mundo de cores e distrações, as crianças terão à disposição o transporte e cinco refeições por dia, elaboradas por nutricionistas da Prefeitura.