23 March 2022 -
O prefeito Alexandre Kalil e o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck, visitaram, na manhã desta quarta-feira, dia 23, as novas instalações do Complexo Público Veterinário de Belo Horizonte, localizado na rua Pedro Bizzotto, 230, bairro Madre Gertrudes, na região Oeste da capital.
Na ocasião foi assinado o Protocolo de Intenções entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa) para implementação de ações e melhorias dos serviços oferecidos no complexo.
O espaço receberá melhorias como: aquisição de mais equipamentos médico-veterinários para realização de exames e diagnósticos; compra de um veículo para implementação do Centro de Terapia Intensiva móvel; ampliação dos atendimentos, tratamentos e realização de cirurgias eletivas e de urgência.
O prefeito Alexandre Kalil falou sobre o início do projeto de implantação da unidade e destacou o respaldo que a iniciativa oferece a quem não tem condições de pagar um tratamento veterinário em clínicas particulares: “Estamos aqui diante de uma demanda do futuro. Quando o Osvaldo era vereador, ele já tinha a intenção de desenvolver isso conosco. Em 2018 nós cedemos o imóvel, ele conseguiu as emendas e foi possível tornar realidade esse projeto tão importante. Esta é uma demanda que toca o nosso coração e, àqueles que não têm para onde levar um animal de estimação, ela é um alento e um solucionador”, afirmou.
Gerido por meio de parceria entre a PBH e a Anclivepa), desde maio de 2021, o Complexo Público Veterinário foi construído com emenda parlamentar do deputado estadual Osvaldo Lopes no imóvel do Município doado à associação.
A unidade
Integrando as ações da gerência de Defesa dos Animais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, bem como fortalecendo a atenção à crescente demanda de animais que necessitam cuidados em Belo Horizonte, o Complexo Público Veterinário apresenta um mix de soluções em tratamentos de pequena, média e alta complexidade para cães e gatos.
Composta pelo Centro Médico Veterinário Odete Ferreira Martins, pelo Instituto Médico Veterinário Legal de Belo Horizonte e pelo Grupo de Resgate Animal, a unidade tem como proposta o atendimento gratuito para animais de famílias que residem na cidade e não possuem condições de pagar tratamentos veterinários, e realiza procedimentos como atendimentos de urgência, exames de imagem e laboratoriais, cirurgias e internação. Além disso, o equipamento apresenta o primeiro Instituto Médico Veterinário Legal do país, que atua no acompanhamento e investigação de casos de maus tratos contra animais.
Sua estrutura conta com três consultórios para atendimento de cães, gatos e exame de corpo de delito; recepção com acessibilidade para cadeirantes; salas de espera onde cães e gatos são atendidos separadamente; secretaria; farmácia; lavabo para higienização de animais; sala de raio-x; dois depósitos de lixo (infectante e comum); sala de especialidades; bloco cirúrgico; sala de esterilização de materiais; sala de preparação do cirurgião; vestiários feminino e masculino; internação separada para cães e gatos; depósito, cozinha e banheiros.
Além disso, a unidade possui ambulância veterinária utilizada para a transferência de animais e atendimento em instituições parceiras. Cães e gatos que apresentam quadros mais graves e necessitam de tratamento específico podem ser atendidos, sem custo, em outras instituições, como no Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH).
Histórico
O Complexo Público Veterinário está em funcionamento desde o dia 5 de maio de 2021, quando a Anclivepa assumiu a parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte para implantação e administração do espaço.
No primeiro semestre de 2021, foram iniciadas as atividades clínicas do equipamento e o trabalho do Grupo de Resgate Animal. Pouco depois, em outubro do mesmo ano, foi implantado o IML e adquirida a ambulância. Até o momento, já foram realizados de forma gratuita mais de 5.000 atendimentos e cerca de 300 cirurgias.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck, esse resultado só foi possível devido ao trabalho multisetorial de todos os envolvidos no projeto: “Assinar esse protocolo de intenções ao lado de todas essas pessoas é motivo de profunda emoção. Ele sintetiza o valor de uma causa que merece o nosso cuidado, bem como mostra o pioneirismo de Belo Horizonte num trabalho que já atende milhares de pessoas. Isso só foi possível devido ao empenho e à transversalidade das equipes que aqui trabalham. Quero parabenizar a todos os envolvidos e desejar vida longa esse equipamento tão importante”, concluiu.
IML
No complexo está instalado o primeiro Instituto Médico Veterinário Legal do país. O incremento tem como principal objetivo atender animais vítimas de maus-tratos e fornecer suporte às entidades competentes nas investigações. A nova estrutura conta com mesa de necropsia, refrigeradores e geladeiras, além de uma equipe de médicos voluntários, com experiência em medicina veterinária legal.
Dentre os serviços oferecidos pelo Instituto estão exame de corpo de delito, documentação, fotografias e filmagens. Caso o animal chegue já em óbito, a autópsia é feita para apontar as possíveis causas de morte. Para esse tipo de atendimento, as denúncias contra maus-tratos e violência animal deverão ser feitas diretamente à Polícia Civil, que realizará investigação e solicitará apoio do Instituto, caso seja necessário.
Atendimento ao público
O Complexo fica aberto ao público de segunda à sexta, das 8h às 18h, mantendo no período da noite apenas a internação de animais e eventuais atendimentos de emergência. Também são atendidos de segunda a sábado, das 14h às 20h, casos de cirurgias mediante agendamento prévio. Por dia, são distribuídas cerca de 30 senhas de atendimento.
Os documentos necessários para ingresso do usuário são Carteira de Identidade (RG), CPF e comprovante de residência em Belo Horizonte, além de inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O atendimento segue todos os protocolos sanitários necessários em razão da Covid-19, respeitando todas as regras definidas pelas autoridades de saúde. Os responsáveis pelos animais só serão atendidos mediante o uso de máscaras.