A Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e a Fundação Municipal de Cultura (FMC), em articulação com a Belotur e outras áreas da Prefeitura de Belo Horizonte, têm desenvolvido e implementado políticas públicas de médio e longo prazos para o desenvolvimento da cultura do carnaval na cidade. Em áreas como memória, patrimônio, fomento, formação e programação, o Carnaval está em programas, projetos e ações da PBH durante todo o ano.

No último ciclo de editais, a Secretaria Municipal de Cultura destinou mais de R$ 2,5 milhões para ações de fomento contínuos, reforçando a importância da cultura do Carnaval para BH. Esses recursos foram viabilizados por meio de projetos selecionados na Lei Municipal de Incentivo à Cultura (LMIC), contemplando os editais Descentra, Multilinguagens, Zona Cultural Praça da Estação e BH Múltiplas Artes, nas modalidades Fundo e Incentivo Fiscal. Além disso, o edital da PNAB – Política Nacional Aldir Blanc criou categoria específica para contemplar o Carnaval. Dessa forma, a gestão municipal busca garantir o fortalecimento e a sustentabilidade dessas manifestações culturais.

Destacam-se também as pesquisas e trabalhos realizados pela memória do Carnaval na cidade. Em dezembro de 2024 o Samba de Belo Horizonte foi reconhecido como patrimônio imaterial da cidade e está em desenvolvimento o “Inventário Cultural e Dossiê de Registro sobre as expressões culturais do Carnaval de Belo Horizonte”.

Outro passo importante para a memória e salvaguarda do Carnaval da cidade foi a sanção, pelo prefeito em exercício Álvaro Damião, de lei que cria o Programa de Proteção, Incentivo e Valorização dos Blocos Caricatos de Belo Horizonte. O objetivo desta iniciativa é reconhecer o trabalho dos Blocos Caricatos como uma manifestação cultural de natureza imaterial e de origem belo-horizontina, além de garantir apoio institucional, logístico, de infraestrutura e financeiro por parte do poder público municipal.

Além dessas ações, a SMC e a FMC promovem programação cultural diversificada e ações de formação, descentralizadas e gratuitas ao longo do ano. O foco dessas atividades está na valorização dos artistas locais e no apoio aos blocos de rua. Para isso, são disponibilizados espaços públicos e realizadas apresentações e eventos, garantindo a continuidade e o fortalecimento dessas expressões culturais na cidade.

Para a secretária municipal de Cultura, Eliane Parreiras, a estruturação das políticas públicas do Carnaval e o investimento refletem o compromisso da gestão municipal com essa expressão artística que compõe a identidade cultural da cidade.  “Por meio de políticas públicas de fomento, memória, patrimônio e formação, buscamos não apenas fomentar a cultura do Carnaval, mas também valorizar a cadeia produtiva cultural e os artistas locais”.

Segundo Bernardo Correia, presidente da Fundação Municipal de Cultura, o Carnaval de Belo Horizonte é uma celebração da diversidade e da pluralidade cultural. “Nossa programação foi pensada para alcançar públicos de todas as idades e de todas as regiões da cidade, reforçando a democratização do acesso à cultura. Mais do que uma festa, o Carnaval de Belo Horizonte é uma manifestação popular que fortalece os laços da nossa comunidade e da nossa identidade”.
 

Para o pré-Carnaval de 2025, está sendo preparada uma programação rica e diversificada, que inclui oficinas de adereços, exposições literárias, apresentações musicais, bailes para crianças e adultos, entre outras atrações. Também estão previstos ensaios e apresentações de blocos, levando a alegria e a tradição carnavalesca a diferentes públicos. A programação completa pode ser consultada no Portal Belo Horizonte.

Inventário e Dossiê do Carnaval de Belo Horizonte  

A Prefeitura de Belo Horizonte está realizando o Inventário Cultural e Dossiê de Registro sobre as expressões culturais do Carnaval de Belo Horizonte, desde junho de 2024, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura. A pesquisa resultará no reconhecimento do Carnaval como Patrimônio Cultural da Cidade, além da produção de um documentário, material educativo e mapeamento/cartografia sobre o Carnaval de Belo Horizonte.

A pesquisa é desenvolvida em duas grandes etapas: Inventário Cultural e Dossiê de Registro. No Inventário (fase atual da pesquisa) é realizado o levantamento pormenorizado sobre o bem cultural estudado (histórico, descrição, meios e condições de transmissão/reprodução), Pesquisa bibliográfica, entrevistas, identificações de salvaguarda, entre outras ações.

No Dossiê de Registro (a ser elaborado a partir do Inventário) é realizada uma análise aprofundada sobre os elementos culturais (exemplo: lugares e ofícios) que foram apontados como referências para a existência do carnaval em Belo Horizonte, no intuito de demonstrar sua relevância para a cidade nos aspectos histórico, cultural, social, político e econômico.

Os levantamentos bibliográficos, documentais já estão em andamento e, após o carnaval de 2025, será realizada Reunião Pública para apresentação da proposta de pesquisa à cidade, escuta de sugestões (de temática, categorias de análises, fontes, entre outros) e refinamento da metodologia de pesquisa.

O samba como patrimônio cultural de BH

Durante o período de pré-folia, serão realizadas cerca de 50 atividades nos equipamentos culturais vinculados à FMC. As atividades serão realizadas ao longo do mês de fevereiro na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte (BPIJ-BH), nos Centros Culturais, no Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, no Cine Santa Tereza, nos Museus, e nos Teatros Teatro Francisco Nunes e Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado (ECY/TRBM).
 

Dentro da programação do Circuito Municipal de Cultura, o Cine Santa Tereza recebe, entre 19 e 23 de fevereiro, a “Mostra Horizontes do Samba”. Com sessões às 17h e 19h, a mostra apresenta uma seleção de filmes e documentários que retratam o samba, o Carnaval e o trabalho de grandes ícones da música, como Noel Rosa, Cartola, Carmen Miranda e Jair Rodrigues. Um dos destaques da Mostra, no dia 20, às 19h, é o lançamento, em sessão comentada, do documentário “Horizontes do Samba”, produzido ao longo da realização do “Inventário Participativo e do Dossiê de Registro do Samba” que oficializou esta expressão artística como Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. O trabalho de pesquisa foi desenvolvido em parceria com o Coletivo de Sambistas Mestre Conga, Projeto República/UFMG e SMC/FMC e estudou os diversos modos de fazer e viver o Samba na capital mineira, além de explorar sua história, influências e tradições. Esse reconhecimento reafirma a valorização do samba como parte fundamental da identidade cultural da cidade.

Museus e Teatros municipais também caem no samba

O Pré-carnaval de Belo Horizonte invade também os Museus municipais com muita música e animação! O Museu da Moda de Belo Horizonte (MuMo) prepara atividades temáticas ao longo do mês. Em 8 de fevereiro, às 10h, acontece a oficina “Reis e Rainhas do Carnaval”, que oferece a oportunidade de confeccionar faixas personalizadas em homenagem a figuras como Clara Nunes. Nos dias 26 e 28, o MuMo promove a “Estação de Maquiagem MuMo Carnaval”, uma iniciativa para os foliões se enfeitarem antes de cair na folia. O espaço também oferecerá sessões de cinema, além de oficinas de adereços e estandartes.

No Museu da Imagem e do Som (MIS BH), o ensaio aberto do “Bloco Queimando o Filme” aconteceu em 6 de fevereiro, às 19h. O Bloco homenageia o cinema e desfila ao som de trilhas sonoras icônicas de filmes e séries. Nos dias 8 e 22, às 14h, o MIS BH oferece a oficina “Meu banner, minhas regras”, em que os participantes poderão criar banners inspirados nas obras de Décio Noviello, ícone dos antigos Carnavais da cidade. Já o Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) resgata a memória dos antigos bailes carnavalescos no dia 20, às 14h30, com uma oficina de máscaras carnavalescas.

Os Teatros da cidade também entram no clima carnavalesco com uma programação especial. No dia 23 (domingo), o “Bloco Unidos do Samba Queixinho” se apresenta às 11h, no Largo do Teatro Francisco Nunes. Este ano, o bloco homenageia a escritora mineira Carla Madeira, trazendo parte do repertório dedicado à autora ao projeto especial do Teatro, “Música de Domingo”, que integra a programação do Circuito Municipal de Cultura. A apresentação será gratuita, sem necessidade de retirada de ingressos.

No Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado (ECY/TRBM), o encanto das marchinhas dá o tom ao tradicional “Carnavalzinho”, que celebra a magia dos antigos carnavais. No dia 24 (segunda-feira), a folia será especialmente dedicada às crianças da comunidade local, com atividades nos turnos da manhã e da tarde; já na quarta-feira (26), a programação será voltada para os idosos. No dia 25, às 20h, o teatro será palco do lançamento oficial das fantasias da Escola de Samba Canto da Alvorada, uma das maiores campeãs do Carnaval de Belo Horizonte. No dia 27, o equipamento recebe uma edição especial do “Quinta do Raul”, via Circuito Municipal de Cultura. Às 15h, a “Banda Pé com Pé”, um bloquinho infantil formado por crianças do bairro Dom Cabral e seus familiares, promete animar a tarde. À noite, às 20h, o “Coletivo DOCILARÉ”, composto por mulheres sambistas, conduzirá o público por uma viagem musical com muito samba-canção, samba de roda, partido alto, samba reggae e pagode.

Muita música e criatividade nos Centros Culturais e na BPIJ-BH

Os Centros Culturais de Belo Horizonte prepararam uma programação especial para celebrar o Carnaval, com atividades para todas as idades e gostos, de forma descentralizada em todas as regiões da cidade. Durante todas as quartas-feiras do mês de fevereiro, às 19h, o Centro Cultural São Bernardo receberá os ensaios do “Bloco Chama que Vem”, tradicional na região. No dia 14/2 (sexta-feira), às 18h, o Centro Cultural Bairro das Indústrias apresenta o “Anos Dourados – Baile de Carnaval”, que promete relembrar a atmosfera dos antigos carnavais. Os bailes de Carnaval também serão destaque em outros Centros Culturais. No dia 8/2 (sábado), às 14h, o Centro Cultural Lindeia Regina realiza o “Baile de Pré-Carnaval”, com marchinhas e apresentação do “Bloco Pé di Chinelo”.

Já o “Carnaval no CCP”, no Centro Cultural Pampulha, acontece no dia 22, a partir das 10h20, com bailinhos infantis e apresentações de marchinhas. No mesmo dia, o Centro Cultural Urucuia promove o “Carnavalzinho – Confecção de Adereços Carnavalescos”, às 14h, seguido pelo “Baile de Carnaval do Urucuia”, às 18h, com muita animação e marchinhas. Ainda no sábado, o Centro Cultural Salgado Filho apresenta o “Brasileirinho – Venha Cair na Folia!”, com música e poesia para crianças, e, no dia 23 (domingo), às 10h30, sedia o “Circulando Cultura – Pré-Carnaval da Oeste”, com apresentações dos blocos “Mindinho Bateria Mirim” e “Gafieira”. A folia no Centro Cultural Padre Eustáquio está garantida com o “Pré-Carnaval CCPE”, no dia 23 (domingo), às 10h, reunindo artistas e moradores em um evento comunitário. No Centro Cultural Zilah Spósito, o “Bailinho Pré-Carnaval” acontece no dia 28 (sexta-feira), das 14h às 16h, com oficinas e apresentações artísticas.

O lúdico também será destaque na programação. No dia 23 (quarta-feira), às 9h, o Centro Cultural Bairro das Indústrias realiza a oficina “Adivinhas de Carnaval”, voltada para o público infantil. A Biblioteca local ainda apresenta a exposição “De Olho na Estante – Especial Folia Literária”, com obras sobre música e tradições do Carnaval, aberta ao público de terça a sábado, durante o horário de funcionamento.

E por falar em literatura, na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte, a criatividade ganha espaço com a “Oficina Fantasia Original”, no dia 15 (sábado), às 10h30. A atividade inclui a confecção de máscaras inspiradas no poema “O Vampiro Argemiro”, de Dilan Camargo.

E para encerrar com chave de ouro a programação do carnaval 2025, o Centro Cultural Usina de Cultura, realiza uma festa de carnaval voltada para a inclusão e diversão de todas as pessoas, com foco especial na comunidade com Síndrome de Down. Trata-se do “CARNADOWN”, que acontecerá em 8 de março (sábado), das 10h às 12h, em parceria com o Instituto Viva Down. O evento será uma celebração vibrante, com música, danças e diversas atrações pensadas para promover a integração e o respeito à diversidade. Em um ambiente acolhedor e cheio de alegria, o CARNADOWN busca não apenas o entretenimento, mas também a conscientização sobre a importância da inclusão social e da participação de todos em momentos de lazer e cultura.

O Centro Cultural Usina de Cultura também é um dos parceiros do “Bloco Tá Caindo Fulô”, disponibilizando parte dos instrumentos musicais que são utilizados e apoio nos ensaios. O “Bloco Tá Caindo Fulô” é um movimento cultural que une arte, resistência e conscientização social, por meio da preservação ambiental, do combate ao racismo e à intolerância religiosa, valorizando a negritude e as tradições de matriz africana. Os ensaios acontecem às quintas-feiras, às 19h e, aos domingos, às 15h, na sede do Ponto de Cultura Coletivo Minhas Plantas, Meu Quintal, localizado na Rua Edson, 396 – Bairro União. Durante os ensaios, são realizadas Oficina de Adereços, que promovem a criatividade e o trabalho coletivo.

Serviço

Programação de Carnaval nos espaços culturais da PBH

Datas: de 1º de fevereiro a 8 de março

Local: Equipamentos culturais

Programação Completa: Portal Belo Horizonte