Neste sábado (9) e domingo (10), acontece o quinto e último curso de Brigadista Florestal de 2022, promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). Esta edição será realizada no Parque das Mangabeiras (parte teórica, no sábado) e For Lauderdale (parte prática, no domingo).

Os cursos fazem parte das ações preventivas da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica contra incêndios nos parques e têm o objetivo de atualizar conhecimentos, além de formar novos brigadistas para atuação no combate ao fogo na capital mineira. Em 2022, a novidade no curso de brigadista florestal fica por conta da inclusão de pessoas da comunidade do entorno dos parques que quiserem se voluntariar e participar do combate às chamas.

Sérgio Augusto Domingues, presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, destaca que os vizinhos dos parques já contribuem muito para o trabalho preventivo, pois são, muitas vezes, os primeiros a identificarem pequenos focos de incêndio nos parques, dão suporte aos brigadistas em campo fornecendo água e alimentos durante os combates, denunciam ações de vandalismo e também contribuem na investigação das causas de incêndios criminosos, cedendo imagens de câmeras de segurança. 

“Este ano abrimos vagas para que esses moradores próximos e que se interessarem em atuar de forma mais direta possam estar conosco, devidamente capacitados, no combate em campo. Assim, temos também um ganho otimizado, pois teremos mais brigadistas com acesso rápido a mais unidades, podendo ajudar a evitar incêndios de maiores proporções”, comenta Sérgio Augusto.

Os cursos de brigadistas florestais, ministrados pelo CBMMG, são compostos por um módulo teórico e um módulo prático, totalizando 16h de treinamentos, sempre realizados em parques da capital. Neste ano, as ações ocorreram no Parque Jacques Cousteau (Oeste), Renato Azeredo (Leste), Lagoa do Nado e Ursulina de Andrade Melo (Pampulha). Esta última edição acontece no Parque das Mangabeiras. 

Vale lembrar que a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica mantém uma brigada de Incêndios própria, formada por gerentes e funcionários de todos os parques, além de voluntários e parceiros.

Nos últimos quatro anos, a Fundação promoveu a formação de mais de 1 mil pessoas aptas a atuarem no combate a incêndios. As capacitações são realizadas em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de MG, que ministra a formação de brigadistas florestais, e também com o 1º Batalhão de Bombeiros de Operações em Desastres (BOED), que ministra parte do curso de agente ambiental, composto por noções básicas de combate a incêndios. 

O curso de agente ambiental, que conta também com a parceria do Tribunal de Justiça de MG por meio do Projeto Revitalizar, também contempla um módulo ministrado pela Fundação, cujo conteúdo engloba noções de educação e gestão ambiental para proteção de fauna e flora. Neste ano, a previsão é capacitar ao menos mais 100 brigadistas florestais e 300 agentes ambientais para atuar no combate aos possíveis incêndios em todos os parques. 

Ações preventivas e educação ambiental

Outras ações preventivas também são muito importantes na prevenção de incêndios e estão em andamento em todos os parques da cidade. Entre elas, está o manejo específico da vegetação, que inclui a realização dos aceiros, que são faixas ao longo das cercas onde a vegetação foi completamente eliminada da superfície do solo. A finalidade é prevenir a passagem do fogo para área de vegetação, evitando queimadas ou incêndios. Além dos aceiros, é feita a retirada de lixo, folhas e galhos secos soltos nas áreas de mata e de uso público dos parques. 

As ações preventivas contra os incêndios são contínuas na Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, porém, nos meses de maio a julho, elas são intensificadas visando o enfrentamento do período de estiagem. Neste mês, foram revisados e refeitos aceiros em diversos parques em todas as regionais, trabalho que se repete mensalmente até a chegada do período chuvoso. 

Paralelamente, as equipes de Educação Ambiental da Fundação realizam campanhas com a população, especialmente vizinhos dos parques, nas quais são destacadas as ações humanas que mais causam incêndios e poluição do ar, como a queimada de lixo e folhas secas nos quintais ou próximos aos parques.