9 Abril 2018 -
Despertar, nos estudantes das escolas da Rede Municipal de Educação, a consciência da importância das áreas verdes para a cidade e para o mundo, reforçando a necessidade do uso responsável desses espaços. Esse é o objetivo do projeto Escola nos Parques, lançado no início do mês de abril pela Prefeitura, por meio da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação.
A iniciativa de educação ambiental é voltada aos estudantes com idade entre sete e 12 anos, que estudam nas escolas municipais. Até o final do primeiro semestre deste ano, 22 escolas municipais participantes do programa EcoEscola, da Secretaria Municipal de Educação, serão recebidas em sete parques da cidade. O projeto será desenvolvido nos próximos três anos, sempre às quintas-feiras (de manhã e à tarde), em diferentes parques de Belo Horizonte.
Durante a atividade, que envolve teoria e prática, os alunos têm a oportunidade de aprender sobre a fauna e flora presentes nos parques e como se dão as relações ecológicas entre elas neste espaço, além de suas consequências para a biodiversidade da cidade. Os participantes também passam a conhecer os serviços ambientais prestados pela flora e pela fauna, as características e funções do solo, bem como formas de preservá-lo, os recursos hídricos (sua importância e formas de conservação), o papel dos parques na preservação da natureza e sua influência no microclima da cidade, entre outros.
De acordo com a gerente de educação ambiental da FPMZB e coordenadora do projeto, Nadja Simbera, os alunos terão contato com importantes conteúdos sobre os serviços ambientais que estes parques prestam ao homem e à natureza, como um todo, e, assim, serão multiplicadores de importantes informações sobre a educação ambiental para seus familiares, amigos, vizinhos e pessoas de seu convívio.
“Esperamos que, assim, possamos contribuir para a formação de cidadãos conscientes, ecologicamente responsáveis e que poderão ajudar a preservar a natureza”, explica.
Lançamento do projeto
O projeto foi lançado no Parque Primeiro de Maio, regional Norte da cidade, e teve a participação de 26 alunos, uma professora e um monitor da Escola Municipal Prefeito Oswaldo Pieruccetti.
Na ocasião, foram realizadas atividades educativas como bate-papo com os alunos sobre a criação do Parque, que ocorreu por meio do Programa Drenurbs/Nascentes, a importância das nascentes e do córrego presentes no parque, os problemas relacionados à poluição dessas fontes d´água, a riqueza da fauna e da flora do local e, principalmente, a relevância do envolvimento dos moradores da região na conservação ambiental desse importante espaço de lazer.
Após a conversa, os estudantes participaram de jogos e visitaram o jardim de plantas medicinais, que foi criado em formato de uma mandala com plantas como babosa, boldo, mirra, saião, azedinha, macela, confrei, entre várias outras, e que são espécies que beneficiam os próprios moradores que vivem no entorno do Parque.
Com mais de 30 anos de experiência, a professora de história Vânia Cristina da Silva se candidatou para ser educadora socioambiental e acompanhou seus alunos durante a visita ao Parque Primeiro de Maio. Para ela, essa nova atividade educativa deveria se estender para todas as séries do ensino fundamental, pois isso enriquece a vida dos alunos e permite que o ensino vá além da sala de aula. “Essa é uma oportunidade de dar acesso ao conhecimento científico, pois assim temos a vivência prática do que é ensinado em sala de aula. Além disso, com o projeto os alunos e professores podem conhecer os diferentes espaços da cidade”, destacou.
Para o estudante Luiz Augusto Diogo Penido, 12 anos, a participação nas atividades trouxe não só conhecimento, mas também novas ideias para compartilhar com a família. “Estou gostando de aprender mais sobre as plantas e os animais. E talvez minha mãe vá fazer um canteiro de ervas medicinais na minha casa”, avaliou.
A próxima edição do projeto acontece no próximo dia 12/4, no Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, na regional Pampulha.