12 Fevereiro 2019 -
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, realiza na quinta-feira, dia 14 de fevereiro, uma oficina para pessoas em situação de rua, frequentadoras do Parque Municipal Américo Renné Giannetti (avenida Afonso Pena, s/nº, Centro). O encontro acontecerá das 8h30 às 11h, no auditório do Parque, próximo ao Orquidário. O foco é levar informações sobre competências básicas para o mercado de trabalho a cerca de 30 pessoas que participam do programa intersetorial Conviver no Parque.
Serão abordadas questões relativas ao comportamento em uma entrevista de emprego, quais as perguntas mais utilizadas, além de dicas de marketing pessoal e imagem e aparência. Para o desenvolvimento da oficina, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania conta com o apoio da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, por meio da Subsecretaria Municipal de Trabalho e Emprego.
Segundo o subsecretário municipal de Assistência Social, José Crus, a Prefeitura criou um Grupo e Trabalho para acompanhar as pessoas em situação de rua que frequentam o Parque Municipal. “Instituímos um Grupo de Trabalho para compreender as vivências e convivências no Parque e, a partir daí, constituirmos as portas de cidadania para aqueles que vivenciam a extrema vulnerabilidade” afirma. Ele explica que o desemprego muitas vezes é o motivo que leva o indivíduo a deixar o lar. “Em nossos diagnósticos, percebemos que um dos motivos que leva a pessoa para a vida nas ruas é o desemprego, pois pode gerar rompimento de vínculos familiares. Estamos atuando na formação e capacitação dessas pessoas para que tenham a possibilidade de buscar uma vida digna, por meio do trabalho e renda”, afirmou.
Diagnóstico
Um diagnóstico realizado pela Subsecretaria de Assistência Social apontou que cerca 200 pessoas frequentam, quase que diariamente, os espaços de convivência do Parque Municipal, permanecendo no local por cerca de até 8 horas.
O levantamento, feito em maio de 2018, foi baseado em um questionário com cerca de 40 perguntas realizado com 242 pessoas. O objetivo era identificar as pessoas em situação de rua, suas vulnerabilidades e potencialidades, entender os hábitos e usos que fazem do Parque e propor ações intersetoriais que visem à complementaridade da proteção social.
Para Gladys Rodrigues, educadora social de apoio à gestão, da Subsecretaria de Assistência Social e coordenadora executiva do Grupo de Trabalho, o Parque é um local privilegiado para o desenvolvimento do trabalho social com a população de rua. “Na medida em que este espaço favorece a convivência social e reforça o sentido de pertencimento à cidade, a instituição do GT irá permitir um olhar mais plural na atenção ao cidadão aproximando as políticas públicas existentes”, explicou.