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PBH pode receber certificado pela erradicação da transmissão vertical do HIV
Foto: Aline Resende/ PBH

PBH pode receber certificado pela erradicação da transmissão vertical do HIV

criado em - atualizado em

Belo Horizonte pode ser certificada por ter alcançado a eliminação da transmissão do HIV de mãe para filho, a chamada transmissão vertical, desde 2019. Uma equipe do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde está em BH nesta semana verificando as estratégias adotadas pela Prefeitura de Belo Horizonte para chegar a este bom resultado. A certificação será divulgada em dezembro durante cerimônia em Brasília. 

A Secretaria Municipal de Saúde adota uma série de ações para que esse tipo de contaminação, que pode ocorrer na gestação, parto ou amamentação, não ocorra. Nos últimos anos, mais de 90% das gestantes receberam a medicação antirretroviral durante o pré-natal. Isso confere ao município o direito de requerer a certificação. Entre as ações contínuas estão o acompanhamento das grávidas, realização de pelo menos seis consultas de pré-natal, testagem rápida, busca ativa das parcerias sexuais e conscientização sobre o assunto. Com essas estratégias adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde, em 2023, até o momento, 12 mulheres com HIV tiveram filhos sem infectar o bebê. 

Para a subsecretária de Atenção à Saúde, Taciana Malheiros, é necessário sempre aperfeiçoar o cuidado das gestantes durante o pré-natal e parto e também no puerpério. “Belo Horizonte tem trabalhado muito para buscar as melhores práticas no parto e nascimento. Os resultados na redução da transmissão vertical do HIV demonstram isso. Avançamos com esses projetos que, além do ganho assistencial, evidenciam a importância da integração com a vigilância. Vocês vão poder conhecer de perto a grandeza da nossa rede e visualizar todos os números que estão sendo apresentados”, disse.

Especificamente para a prevenção da transmissão vertical do HIV, a Prefeitura oferece serviços de acolhimento às gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade social, por meio do Programa BH de Mãos Dadas contra a Aids, Consultório na Rua e das Equipes Multiprofissionais de Apoio às Gestantes e Puérperas em Situação de Vulnerabilidade Social (EMAP-GPV). Além disso, há o fornecimento da fórmula láctea infantil para crianças, de até um ano de idade, de mulheres que vivem com HIV. 

Cabe reforçar que todas as grávidas com HIV residentes na capital, bem como os bebês com suspeita ou diagnóstico de infecções de transmissão vertical, têm garantido o acompanhamento médico especializado, compartilhado com o centro de saúde de referência.