A Prefeitura de Belo Horizonte assegurou a continuidade do Projeto Canto da Rua Emergencial – que atende a pessoas em situação de rua – nas instalações da Serraria Souza Pinto por pelo menos mais 90 dias. A cessão de uso do espaço terminaria no final deste mês, mas a prorrogação do contrato foi acertada nesta quinta-feira, dia 18, pelo prefeito Alexandre Kalil e o presidente do Tribunal de Justiça, Gilson Soares Lemes, com a participação de representantes do governo estadual e municipal.

O Projeto Canto da Rua Emergencial oferta atendimento emergencial e provisório às pessoas em situação de rua de Belo Horizonte, visando minimizar os impactos sociais e pessoais causados pela pandemia do novo Coronavírus. O atendimento é feito na Serraria Souza Pinto com a realização de acolhida, atendimento técnico psicossocial, acesso a espaços e materiais para higienização, banho, lavagem de roupas e lanche. A princípio o espaço da Serraria Souza Pinto estará disponível para o Projeto Canto da Rua Emergencial até junho, podendo haver prorrogação da cessão de uso em caso de necessidade.

Até setembro do ano passado o projeto contava com recursos da iniciativa privada. Desde então é custeado integralmente pela Prefeitura, o que representa um custo mensal de cerca de R$ 450 mil. “Nós vamos continuar o serviço que nós assumimos desde que acabou o convênio (com a iniciativa privada) na Serraria Souza Pinto. Estamos vendo que até março não vai dar, e nós vamos assumir até que essa pandemia passe”, afirmou Alexandre Kalil.

Diariamente o projeto atende aproximadamente 600 pessoas e desde a sua implantação já foram atendidas mais de 5,4 mil pessoas que utilizam a rua como um espaço de moradia e, ou, sobrevivência, totalizando mais de 100 mil atendimentos. Outras 158 pessoas também acessaram o Projeto com o acolhimento em Pousadas, garantido espaço de repouso e cuidados provisórios.