Pular para o conteúdo principal

PBH forma estudantes da EJA que tiveram aula durante hemodiálise
Divulgação/PBH

PBH forma estudantes da EJA que tiveram aula durante hemodiálise

criado em - atualizado em

Estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), pacientes renais crônicos, estão concluindo o ensino fundamental graças à parceria da Prefeitura de Belo Horizonte com hospitais  que possibilita a realização das aulas durante as sessões de hemodiálise. Nesta terça-feira (10), oito formandos da colaboração entre a Escola Municipal Hugo Pinheiro Soares e a Fundação Hospitalar São Francisco de Assis serão certificados no auditório da unidade, no Bairro Concórdia, às 16h. 

Na quinta-feira (19), a formatura será de 29 estudantes da Escola Municipal Padre Marzano Matias, que são pacientes do Hospital Evangélico de Belo Horizonte. O evento será no Auditório da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, na Praça da Liberdade, às 14h. Ao todo, 37 pacientes vão se formar.

A iniciativa oferece a oportunidade para que pacientes analfabetos ou que interromperam a alfabetização em algum momento da vida possam retomar os estudos aproveitando as diversas horas em que realizam o tratamento. Quase 700 pacientes já se beneficiaram da proposta para concluir o ensino fundamental.

A proposta de implementar turmas da EJA nos centros nefrológicos do Hospital Evangélico e da Fundação Hospitalar São Francisco de Assis surgiu da observação das equipes médicas sobre a dificuldade dos pacientes em seguir as orientações escritas por não saberem0 ler. A partir daí, por meio da parceria com as unidades de saúde, a Secretaria Municipal de Educação de BH (SMED) disponibilizou os professores que alfabetizam os pacientes durante as sessões do tratamento nefrológico.

Oportunidade

Dona Maria Marta Graveli, de 74 anos, é uma das formandas. Durante os últimos quatro anos, ela sai três vezes por semana de casa, no Bairro São Paulo, para fazer o tratamento de hemodiálise na unidade Concórdia do Hospital São Francisco de Assis. Nessa rotina, ela passa mais de três horas conectada à máquina de hemodiálise, quando faz “caça-palavras”, bate-papo com os funcionários e outros pacientes. “Acho que as horas de tratamento na máquina de hemodiálise passam mais rápido enquanto estudo”, afirma.