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PBH estende prazo de propostas das OSCs para atuação na 9ª Bolsa Pampulha
Ricardo Laf

PBH estende prazo de propostas das OSCs para atuação na 9ª Bolsa Pampulha

criado em - atualizado em

A data de entrega de propostas técnicas das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) interessadas em atuar em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte na realização da 9ª Edição Bolsa Pampulha / 35º Salão Nacional de Arte da PBH foi alterada. O novo período para entrega das propostas é de 9 a 11 de outubro deste ano, de segunda a quarta-feira, das 10h às 12h e das 14h às 17h, na sede da Fundação Municipal de Cultura (Avenida Augusto de Lima, 30, 4º andar, Centro, Belo Horizonte, MG, CEP 30190-001, DMUS - Diretoria de Museus). O edital completo está disponível no Portal da Prefeitura.

 

A OSC selecionada irá realizar, em parceria com a FMC, o projeto Bolsa Pampulha, cujo objetivo é selecionar 11 bolsistas para a realização de residência artística em Belo Horizonte durante 6 meses. Esta será a terceira edição do programa realizada pela Prefeitura com a colaboração de uma OSC, em conformidade com o Marco Regulatório de Organizações da Sociedade Civil – MROSC (Lei 13019/2014, regulamentada em âmbito municipal pelo Decreto 16.746, de 10 de outubro de 2017). As propostas enviadas pelas OSCs deverão contemplar o desenvolvimento metodológico do programa Bolsa Pampulha na cidade de Belo Horizonte e seu meio cultural, contribuindo para a sua atualização e reafirmando sua relevância no cenário das artes visuais.

 

Poderão participar do chamamento público as OSCs sediadas no município que atendam aos requisitos de habilitação jurídica, fiscal e trabalhista e demonstrem a qualificação técnica exigida pelo edital. A seleção da OSC será feita por uma comissão formada por servidores da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura. Entre os critérios analisados estão a adequação do planejamento e exequibilidade técnica, a adequação da proposta à política cultural do Município, além da viabilidade orçamentária e consistência do planejamento financeiro das propostas. Dúvidas sobre o edital poderão ser encaminhadas para o e-mail map.artesvisuais@pbh.gov.br.

 

Novidades da 9ª edição

 

A 9ª edição do Bolsa Pampulha traz inovações atendendo às necessidades do meio artístico e cultural da cidade. Entre as novidades da edição do Bolsa Pampulha 2023-2024, o programa volta a ter amplitude nacional, podendo receber inscrições de todo o Brasil. Para fortalecer ainda mais o caráter inclusivo do projeto, para além dos artistas, também será selecionado um curador assistente, para interessados em se aprofundar no campo da curadoria e atuar de forma conjunta ao curador geral do Bolsa Pampulha. Essa iniciativa visa ampliar as oportunidades para profissionais em início de carreira e garantir uma perspectiva diversificada na condução do evento.

 

Na edição 2023-2024, o foco do projeto está mais uma vez na arte contemporânea e em sua rica multiplicidade de linguagens, com destaque para o compromisso com a diversidade e a inclusão. A OSC contemplada será estimulada à contratação de mulheres, pessoas negras, indígenas e membros da comunidade LGBTQIAP+ para integrar a equipe. Essa medida busca criar um ambiente mais representativo, acolhedor e plural.

 

Mantendo a tradição do programa, os bolsistas selecionados continuam com acompanhamento especializado e todos devem participar de intercâmbios culturais com a cidade, contribuindo em processos de pesquisa, formação e criação de outros agentes culturais em Belo Horizonte. Ao final do período da residência artística, será inaugurada uma exposição com as obras criadas, seguida de lançamento de catálogo. Essas ações ampliam o conhecimento dos processos e resultados ao público em geral.

 

Sobre o Bolsa Pampulha

 

Figurando entre as primeiras residências artísticas do Brasil, o programa desenvolveu-se a partir do Salão Nacional de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte, iniciado nos anos 1930 e teve seu modelo revisto em 2003, transformando-se no programa de residências para artistas contemporâneos. Ao longo do tempo, o Bolsa Pampulha teve seus formatos e metodologias recorrentemente transformados para responder às emergentes demandas da sociedade e da coletividade artística.

 

O Museu de Arte da Pampulha (MAP), unidade museal gerida pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, é o criador e o centro do programa de residências desde sua concepção. Como museu municipal dedicado à Arte Moderna e Contemporânea, o MAP atua por meio do Bolsa Pampulha na formação artística, atendendo às necessidades e expectativas da comunidade local e nacional. O programa promoveu ao longo dos anos o incentivo à produção contemporânea, dando visibilidade em âmbito nacional e internacional a artistas que tiveram no programa incentivos para impulsionar seus trabalhos e carreiras. Desde a sua criação, o Bolsa Pampulha tornou-se referência, projetando diversos nomes nacional e internacionalmente, como Cinthia Marcelle, Paulo Nazareth, Marilá Dardot, Janaína Wagner, Rafael RG, Marcellvs L, entre outros.

 

Museu de Arte da Pampulha (MAP)

 

O Museu de Arte da Pampulha (MAP) integra o Conjunto Moderno da Pampulha. Seu edifício foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, no início da década de 1940, para ser um cassino aberto ao público em 1943. Com a proibição do jogo no Brasil em 1946, o prédio do Cassino esteve fechado por cerca de dez anos. O espaço foi posteriormente adaptado para ser sede do Museu de Arte. O museu foi inaugurado em 1957, reflexo da expansão urbana, populacional e cultural de Belo Horizonte.

 

Como reconhecimento de sua importância para a identidade cultural do país, a edificação mereceu o tombamento nas três esferas: federal, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN (1994); estadual, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais/IEPHA-MG (1984) e municipal, pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte/CDPCM/BH (1994). Em 2016 o Conjunto Moderno da Pampulha, do qual o MAP faz parte, foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. O MAP tem como missão oferecer ao público experiências reflexivas, simbólicas, afetivas e sensoriais no campo das Artes Visuais, por meio de suas ações museológicas e de seu acervo moderno e contemporâneo, em diálogo com sua arquitetura e sua paisagem.