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PBH divulga resultado do levantamento sobre incidência de Aedes aegypti em 2021
Foto: Aline Resende

PBH divulga resultado do levantamento sobre incidência de Aedes aegypti em 2021

criado em - atualizado em

O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de outubro de 2021 demonstra que 1,9% dos imóveis pesquisados em Belo Horizonte estavam com a presença da larva do mosquito. Ou seja, a cada 100 imóveis visitados pela Secretaria Municipal de Saúde, em quase 2 foram encontrados focos. De acordo com a padronização do Ministério da Saúde, o índice de infestação larvária recomendado para minimizar o risco de epidemia é de até 1%. O indicador da capital é considerado de médio risco. 

O LIRAa identifica as áreas da cidade com maior proporção/ocorrência de focos do mosquito e os criadouros predominantes. O levantamento foi realizado em cerca de 45 mil imóveis e apontou que 81% dos focos do mosquito estão em ambiente domiciliar. 

A pesquisa também indica quais os criadouros predominantes nas áreas. Os seis principais encontrados foram: 23,9% inservíveis, 22,7% pratinhos de plantas, 9,9% recipientes domésticos, 8,7% barris/tambores, 8,6% pneus e 5,7% caixas d’água. 

O município adota todas as medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde, que são de responsabilidade do poder público, para reduzir a ocorrência de casos de Dengue, Chikungunya e Zika. 

Confira o LIRAa por regional:

 

Regional

LIRAa

Barreiro

1,7

Centro-Sul

0,7

Leste

2,6

Nordeste

1,8

Noroeste

2,1

Norte

1,6

Oeste

1,5

Pampulha

2,7

Venda Nova

2,5

BELO HORIZONTE

1,9

  

Índice

RISCO

≥ 4,0%

Alto risco

1,0 a 3,9%

Médio risco

<1,0%

Baixo risco


Com o resultado do LIRAa, há um maior direcionamento nas ações de combate à Dengue, Zika e Chikungunya, com intensificação nas regiões com maior infestação. “Os trabalhos são realizados em todo o município. Com o LIRAa vamos intensificar uma determinada ação em pontos de atenção, como exemplo, onde o criadouro predominante foi inservível vamos ampliar os mutirões de limpeza. Com relação aos pratos de plantas, os Agentes de Combate a Endemias, que já repassam essa orientação, darão mais ênfase durante as vistorias nos imóveis”, explica o subsecretário de Promoção e Vigilância em Saúde, Fabiano Pimenta. 

Ações  

Durante todo o ano, a Prefeitura de Belo Horizonte mantém as ações de vigilância e combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Os Agentes de Combate a Endemias percorrem os imóveis reforçando as orientações sobre os riscos do acúmulo de água e que podem se tornar potenciais criadouros do mosquito, além de orientar sobre como eliminar estes criadouros e, se necessário, fazer a aplicação de biolarvicidas. Em 2021, foram realizadas cerca de 3,2 milhões de vistorias dos Agentes de Combate a Endemias com esse objetivo.  

A Secretaria Municipal de Saúde também mantém a aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV) para o combate a mosquitos adultos em áreas com casos suspeitos de transmissão local e em função de uma avaliação ambiental pelas equipes de Controle de Zoonoses. Em 2021 foram realizadas ações com uso UBV em cerca de 7 mil imóveis. O produto tem o objetivo de eliminar o mosquito em sua fase adulta, em que o vírus pode ser transmitido. A aplicação é realizada com equipamentos especiais e o trabalho ocorre, de preferência, pela manhã ou no final da tarde. 

Em 2020, foi assinado um termo de cooperação para o uso de drones, que tem facilitado a identificação de possíveis focos em locais de difícil acesso para as equipes de Agentes de Combate a Endemias. Os drones também são utilizados para a aplicação de larvicida diretamente nos locais de risco, quando estes são de difícil acesso para a equipe de Zoonoses. Até o momento, foram realizados 106 sobrevoos com a identificação de quase 8 mil prováveis focos em potencial nas nove regionais do município.  

Há também a continuidade das liberações progressivas dos mosquitos com Wolbachia em todas as regiões do município. O método é complementar às demais ações de controle e prevenção da Dengue, Zika e Chikungunya executadas durante todo o ano pelo município de Belo Horizonte. A Wolbachia é um microrganismo intracelular e não pode ser transmitida para humanos ou animais. Mosquitos que carregam o microrganismo têm a capacidade reduzida na transmissão das arboviroses, diminuindo assim, o risco de surtos de Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. Cabe ressaltar que esse método não envolve qualquer modificação genética do vetor Aedes aegypti.