26 June 2025 -
A Coordenadoria Especial de Mudanças Climáticas de Belo Horizonte (Coemc) apresenta nesta quinta-feira (26), em Brasília, o projeto “Resiliência e sustentabilidade socioambiental nas sub-bacias dos córregos do Capão e Piratininga, em Belo Horizonte”, sobre trabalhos de drenagem urbana desenvolvidos conjuntamente por várias secretarias municipais na primeira oficina do Projeto de Desenvolvimento Urbano Integrado para Redução de Riscos de Desastres Geo-Hidrológicos (Projeto DUI - RRD Cidades).
A iniciativa é promovida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, do Ministério das Cidades. A capital mineira foi selecionada com outras 11 cidades brasileiras, entre 50 inscritas, para participar de uma série de oficinas e debates técnicos sobre intervenções urbanas voltadas à redução de riscos de desastres geo-hidrológicos, como cheias, enxurradas, inundações, deslizamentos e escorregamentos. A proposta busca fortalecer o planejamento urbano integrado por meio do desenvolvimento de metodologias, tecnologias e práticas inovadoras, aplicadas nos territórios participantes.
A apresentação do caso de BH será feita pela coordenadora Especial de Mudanças Climáticas, Taíza Lucas, e pela gerente de Planos Locais de Urbanização da Secretaria Municipal de Política Urbana (SMPU), Núria Manresa. Elas falarão sobre o método que vem sendo desenvolvido pelas diretorias de Gestão de Programas e Planos Urbanísticos (DGPU) e de Monitoramento da Legislação Urbanística (DMLU) da Subsecretaria de Planejamento da SMPU, o Conexões de Fundo de Vale.
Segundo Taíza Lucas, “o método considera a lógica de planejamento urbano sensível à água nas sub-bacias para cumprir as premissas do Plano Diretor e diminuir as infraestruturas cinzas, aumentando as verdes-azuis e melhorando o espaço urbano, promovendo saúde coletiva e outros benefícios para os munícipes”.
“A proposta parte de um planejamento urbano integrado estratégico, baseado em dados para prevenção de riscos geohidrológicos, envolvendo soluções de drenagem difusa, algumas delas baseadas na natureza. Já recebemos elogios por Belo Horizonte ter criado uma coordenadoria estratégica, ligada ao Gabinete do Prefeito, que permitirá a interlocução com diferentes áreas do poder executivo e que favorecerá uma integração entre diferentes políticas fundamentais, mas historicamente muito setorizadas para lidar com os riscos geológicos e hidrológicos do município, principalmente nas comunidades mais vulneráveis”, acrescenta.
O Projeto DUI - RRD Cidades terá duração de 18 meses e nos primeiros seis meses de trabalho será produzido um Manual de Planejamento Urbano Integrado com as experiências e os debates construídos ao longo das oficinas. Em 2026, seis municípios serão selecionados para desenvolver o projeto com o apoio técnico da Fiocruz e do Ministério das Cidades.