A Prefeitura de Belo Horizonte recebeu (14) novos equipamentos de medição que serão utilizados no mapeamento e fiscalização dos níveis de pressão sonora na cidade. A aquisição, feita através de recursos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental, ajudará na construção do mapa de ruído da capital, que vai definir quais os níveis de ruídos de todas as regiões da cidade . Ao todo, foram adquiridos 13 sonômetros, além de calibradores e tripés para medição em campo. 

O projeto consiste no desenvolvimento de uma ferramenta de controle da poluição sonora, por meio da coleta de medições de ruído de fundo, que serão processadas e resultarão numa base de dados. Esta base, consolidada, permitirá ao município estimar os valores do ruído ‘normal’ em qualquer ponto da superfície urbana, propor um zoneamento acústico para a cidade, além de apurar o comportamento do ruído em Belo Horizonte por regiões, faixas de horário e comparar os dados por período. 

A iniciativa, desenvolvida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente em parceria com a Secretaria Municipal de Política Urbana e o Cefet, visa promover uma rede de informações ambientais aberta à sociedade, abrangendo estatísticas, macro indicadores ambientais, entre outros dados sobre os recursos naturais. 

A questão era uma pauta frequente da comunidade, como aponta o secretário municipal de Meio Ambiente, Zé Reis. "O projeto de mapeamento dos níveis de pressão sonora na cidade de Belo Horizonte visa a atender a uma demanda histórica do município sobre o ruído em espaço urbano. De acordo com o levantamento de reclamações direcionadas à fiscalização, 17% das ocorrências totais são sobre poluição sonora. Desta forma, essas novas ferramentas são de importante valia no que tange às análises, ao planejamento urbano e ao atendimento das solicitações dos nossos munícipes”, aponta. 

A poluição sonora acontece quando o som altera a condição normal da audição em um espaço. Diferentemente de outros tipos de poluição, ela não se acumula no meio ambiente. Entretanto, ocasiona diversos dados à saúde, qualidade de vida e fauna, sendo considerada um problema de saúde pública em todo o mundo. Este fenômeno, provocado pela ação humana, pode causar problemas de saúde como perda auditiva, alterações no sono, irritação, depressão, zumbido, agressividade e perda de desempenho cognitivo, entre outras doenças.