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Visão aérea do lago localizado no Parque Municipal Américo Renné Giannetti
Foto: Vander Bras/PBH

Parque Municipal: um verdadeiro oásis no centro de Belo Horizonte

criado em - atualizado em
Inaugurado para ser o maior e mais bonito parque urbano da América Latina, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, criado em setembro de 1897, foi inspirado nos parques franceses da Belle Époque e chega aos 121 anos encantando visitantes e belo-horizontinos. Seus 182 mil metros quadrados de área abrigam uma rica biodiversidade, com diferentes espécies de plantas, nascentes, fauna silvestre e vasta vegetação, que contribui para amenizar o clima da região e faz do espaço o “pulmão da cidade”.

Antes de sua implantação, o espaço abrigava a Chácara Guilherme Vaz de Mello, conhecida como “Chácara do Sapo”. O local serviu de moradia para o arquiteto e paisagista francês, Paul Villon, e para Aarão Reis, engenheiro chefe da comissão construtora, encarregada de planejar e construir a nova capital de Minas Gerais.
Projetado pelo arquiteto e paisagista francês Paul Villon no final do século XIX em estilo romântico inglês, é o patrimônio ambiental mais antigo de Belo Horizonte. Em uma caminhada tranquila é possível observar árvores centenárias, espécies nativas e exóticas, compondo uma flora diversificada, fornecedora de néctar e frutos para borboletas, mariposas, aves e outros animais, podendo ser considerado um importante refúgio para a fauna.

Também está entre os atrativos do Parque Municipal um teatro de arena, monumentos históricos com o busto de Anita Garibaldi, de Aarão Reis, Afonso Pena, Augusto de Lima e de Bias Fortes, equipamentos esportivos como quadra de tênis, pistas de patinação, ciclovia para crianças, pista de cooper e caminhada, brinquedos, além de animais de montaria e diversos eventos gratuitos ao ar livre no local.
 

O Parque e a urbanização

Originalmente, o parque possuía uma área de 600 mil metros quadrados. Contribuindo para a urbanização da cidade, ao longo dos anos, perdeu espaços para diversas construções como a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Centro de Saúde do Estado, Moradia Estudantil Borges da Costa, Teatro Francisco Nunes, Colégio Imaco e o Palácio das Artes. No entanto, ainda hoje é considerado um importante refúgio da fauna e flora no centro da cidade, ajudando no equilíbrio da atmosfera.

Hoje, como um espaço tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-MG), possui área verde preservada, com lagos, locais para atividades de lazer, descanso, esporte e cultura. Cerca de 500 mil pessoas frequentam e passam pelo espaço, mensalmente.
 

Parque Municipal na memória dos belo-horizontinos

O parque também exerce importância na vida social dos cidadãos. É quase impossível falar dele sem lembrar-se dos atrativos que marcaram a infância de várias gerações. Entre eles estão a roda gigante, minhocão e outros brinquedos, além dos barquinhos e os passeios em burros ou cavalos, momento em que os fotógrafos ao estilo lambe-lambe, característicos do parque, mais registram a pedido das famílias.

Aberto a culturas e personalidades diversas, o Parque Municipal estimula a sua ocupação com atividades gratuitas e diversificadas. Projetos tradicionais integram a agenda, durante todo o ano, como o projeto Sementes de Poesia (todo terceiro domingo do mês), que traz um recital ao ar livre, com microfone aberto à poesia para o público em geral, poetas, leitores e amantes da literatura.

Na programação fixa do parque, estão também projetos com terapias holísticas diversas, como Tai Chi Chuan (sextas-feiras e sábados, das 8 às 9h30), Lian Gong (quartas-feiras e sábados, das 9 às 10 horas) e o projeto Yoga para Todos (todos os domingos, às 9 horas). Há também a exposição de plantas medicinais (toda última quinta-feira do mês).

O Parque Municipal Américo Renné Giannetti fica na avenida Afonso Pena, s/n, Centro.
 

27/09/2018. Parque Municipal. Fotos: FPMZB/Divulgação