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Pacientes do HOB têm cuidados integrados, da internação até o pós-alta
Divulgação/ HOB

Pacientes do HOB têm cuidados integrados, da internação até o pós-alta

criado em - atualizado em

O Hospital Metropolitano Odilon Behrens (HOB), de gestão da Prefeitura de Belo Horizonte, oferece aos pacientes uma linha de cuidados integrados, coordenando toda a atenção de saúde necessária ao tratamento, desde o primeiro atendimento na porta de urgência até o período pós-alta hospitalar. O cuidado inclui acompanhamento ambulatorial e direcionamento, quando necessário, a outros pontos de atenção à saúde da rede SUS-BH. Os serviços têm, na composição, três principais linhas para continuidade da assistência ao paciente, de acordo com as necessidades apresentadas. São elas: cuidados paliativos, atendimento domiciliar e ambulatório de egressos.

Em 2023, 452 pacientes e familiares se beneficiaram dos cuidados paliativos no HOB. A Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD) realizou 8.941 visitas e está acompanhando 4.440 pacientes. Já a atuação junto às clínicas de internação possibilitou a desospitalização de 1.181 pessoas que já estavam em condições de receber alta hospitalar, mas que ainda precisavam de cuidados especializados. Outras 329 puderam receber alta das UPAs sob os cuidados da EMAD. No ambulatório de egressos foram realizados 52.625 atendimentos, uma média de 144 por dia.

A equipe de cuidados paliativos do HOB é composta por médicos e enfermeiros com formação específica na área. “Esses profissionais contribuem com o cuidado de pacientes adultos internados em todos os setores do hospital, incluindo pronto-socorro, CTIs, maternidade e enfermarias clínica e cirúrgicas. Além de atuarem na assistência direta, eles também participam do treinamento das equipes, ajudando a disseminar conhecimentos da área, de modo a melhorar a qualidade do cuidado”, explica Warley Cezar da Silveira, gerente da linha de cuidado clínico do HOB.

Por isso, é importante desfazer o mito de que os cuidados paliativos se restringem aos pacientes em processo final de vida, quando, na verdade, a abrangência é muito mais ampla. “O foco da abordagem é cuidar do sofrimento em todas as esferas, sejam elas física, psíquica, social ou espiritual, idealmente, desde o diagnóstico de uma doença grave ameaçadora da vida, independentemente do prognóstico ou tempo de vida do paciente, e não somente para pacientes que estão em fase final de vida”, explica Fernanda Trindade, médica dos cuidados paliativos do HOB.

Os cuidados paliativos trazem potenciais benefícios qualitativos e as evidências demonstram os efeitos no controle de sintomas, satisfação dos pacientes e familiares, bem como redução no tempo de internação. “Promovem qualidade de vida e potencialmente podem aumentar o tempo de vida de alguns pacientes, quando ofertados precocemente, de forma complementar ao tratamento modificador da doença de base”, afirma a médica.

Atenção Domiciliar

O HOB foi o primeiro hospital da rede SUS-BH a ter uma Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD), iniciando a oferta desse serviço em 2002, dentro do escopo do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) da Secretaria Municipal de Saúde. A equipe atende tanto pacientes egressos das unidades do Complexo Hospitalar Odilon Behrens, quanto de outras unidades da rede SUS-BH. “O SAD presta assistência humanizada em domicílio a usuários que demandam cuidados de complexidade intermediária entre o hospital e a UPA e a Atenção Primária, promovendo a redução dos custos da assistência e da necessidade por atendimento hospitalar, ampliando o acesso ao serviço de saúde”, explica Camila Zampa, coordenadora da EMAD HOB.

O núcleo do SAD no HOB tem cerca de 50 profissionais atuando nas EMADs, que são divididas em quatro categorias de atendimento: EMAD pediátrica, HOB 1, cuidados prolongados e UPA Regional Noroeste. Essas equipes são formadas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e técnicos de enfermagem. Há ainda duas Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAPs), formadas por fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos.

"A EMAD para mim é de grande importância”, conta Maria Terezinha Barcellos Dias, paciente atendida pelo serviço desde setembro de 2022. “Quando cheguei do hospital era completamente debilitada, usava fralda, não andava. O dia a dia da EMAD me fez reabilitar. Hoje eu consigo cozinhar, lavo vasilha, arrumo a cozinha, tomo banho sozinha, já ando e faço uma caminhada. Sem a EMAD eu não estaria do jeito que estou. Hoje eu me sinto cada dia mais forte. Com a assistência deles, eu sei que vou ficar bem”, afirma.

Ambulatório de egressos

Outro serviço da linha de atenção integrada é o ambulatório de egressos, destinado ao atendimento de pacientes cirúrgicos e clínicos que estiveram internados no HOB e que, após a alta hospitalar, precisam dar continuidade ao tratamento ou fazer avaliação pós-cirúrgica. Entre os atendimentos ofertados estão: acupuntura; cardiologia pediátrica; cirurgia geral; cirurgia infantil; cirurgia vascular; endocrinologia pediátrica; gastropediatria; geriatria; ginecologia e obstetrícia; apoio à Medicina do trabalho; endocrinologia; neurologia; ortopedia; psiquiatria, entre outras.

As consultas são agendadas por meio do encaminhamento dos médicos que cuidaram do paciente na internação, não havendo atendimento de demanda espontânea. “O ambulatório de egressos é responsável por fazer essa transição entre o hospital e o centro de saúde, oferecendo alta para o paciente em condições bem melhores para que a UBS [Unidade Básica de Saúde] tenha condição de dar seguimento com ele, acompanhando o tratamento”, explica Ralph de Lacerda Melo, gerente do Ambulatório de Especialidades Multiprofissional do HOB.

O ambulatório de egressos possibilita que o paciente reduza o tempo de internação por meio de uma alta segura, com o acompanhamento da evolução de saúde, contribuindo para a rotatividade dos leitos de internação e possibilidade de atendimento a mais pacientes que necessitam de atenção hospitalar.

Outro destaque do serviço é a associação entre cuidado e ensino, já que os residentes, acadêmicos e especializandos também fazem o acompanhamento desses pacientes, em conjunto com os médicos preceptores.