Desde que passou a disponibilizar, no início do ano, o atendimento especializado a gatos acometidos pela esporotricose em Belo Horizonte, o Complexo Público Veterinário já ofereceu tratamento continuado a mais de 150 animais. Isso foi possível através de um programa de diagnóstico e tratamento da doença, desenvolvido pelo município, com atendimento paralelo às rotinas da unidade, acompanhamento ao longo de seis meses, fornecimento de medicação e reforço alimentar.

As consultas específicas são realizadas aos sábados, mediante o agendamento prévio que acontece das segundas às sextas na unidade, ou pelo telefone (31) 98778-2003. Para agendamento, é preciso encaminhamento médico veterinário assinado e carimbado e, nos casos de suspeita da doença, é necessário passar pela consulta no próprio Complexo Público Veterinário, dentro do fluxo de atendimentos gerais.  

A esporotricose é uma espécie de micose causada por um fungo que pode atacar seres humanos e animais. Geralmente afeta a pele e os vasos linfáticos próximos a ela, mas pode afetar ossos, pulmões e articulações. Os sintomas em cães e gatos são feridas de difícil cicatrização, principalmente na face e nas orelhas. Nos humanos, ela se manifesta por meio de feridas nas mãos que não cicatrizam rapidamente.

Localizado na Rua Pedro Bizoto, 230, no Madre Gertrudes, o Complexo Público Veterinário é composto pelo Centro Médico Veterinário Odete Ferreira Martins, pelo Instituto Médico Veterinário Legal de Belo Horizonte e pelo Grupo de Resgate Animal. A unidade promove o atendimento gratuito para animais de famílias que residem na cidade e realiza procedimentos como atendimentos de urgência, exames de imagem e laboratoriais, cirurgias e internação. Ele integra as ações da gerência de Defesa dos Animais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e vem para fortalecer a atenção à crescente demanda de animais que necessitam de cuidados em Belo Horizonte.

O atendimento especializado à esporotricose foi um incremento das atividades do equipamento, tendo em vista a ocorrência de casos da doença na cidade desde 2016. O objetivo é prevenir e controlar, por meio de acompanhamentos e tratamentos em cães e gatos, além da oferta dos medicamentos necessários.

De acordo com o diretor do Complexo Público Veterinário, Aldair Pinto, a oferta desse serviço demonstra mais uma vez o pioneirismo do trabalho desenvolvido pelo equipamento: “Este programa é, além de uma novidade nos nossos serviços, uma inovação no país. Poucas cidades atuam no controle da doença, e isso é primordial uma vez que ela envolve a saúde humana e animal. Ver famílias com mais de 30 animais acometidos e poder oferecer tratamentos a todos eles, com medicações e alimentação suporte distribuídos pelo programa, é realmente muito gratificante", destaca.

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