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Hospital Odilon Behrens é referência no atendimento a casos de AVC há 20 anos
Divulgação/PBH

Hospital Odilon Behrens é referência no atendimento a casos de AVC há 20 anos

criado em - atualizado em

Há 20 anos, o Hospital Metropolitano Odilon Behrens (HOB), de gestão da Prefeitura de Belo Horizonte, inaugurou a unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Um serviço especializado com 23 leitos e reconhecido como referência para o atendimento a pacientes da capital e região metropolitana. Somente em 2023, a unidade assistiu 1.303 pacientes, uma média de 109 atendimentos por mês. 

Os pacientes recebem atenção de uma equipe multiprofissional, composta por médicos neurologistas, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicólogo, assistente social, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogo e nutricionista, que trabalham para proporcionar um atendimento multidisciplinar e integrado. Além disso, a unidade atua em consonância com a equipe de clínica médica, já que boa parte dos pacientes são idosos e/ou apresentam outras doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, que são fatores de risco para as crises. 

Após o tratamento hospitalar e identificação das causas que levaram ao AVC, os pacientes e familiares recebem orientações sobre a continuidade dos cuidados e, quando necessário, são realizados os encaminhamentos para o atendimento ambulatorial e serviços de reabilitação da rede SUS-BH. Os pacientes também são aconselhados em relação ao controle e prevenção de fatores de risco, tais como colesterol elevado, incentivo à cessação do tabagismo, redução do consumo excessivo de álcool, entre outras. 

“Nossa equipe está empenhada em tratar o AVC e em conscientizar nossos pacientes sobre a importância de incorporar cuidados essenciais em sua rotina diária, incluindo o uso adequado de medicações prescritas e promoção de um estilo de vida mais saudável”, afirma Sandra Lúcia Dias, neurologista coordenadora de especialidade e ensino da neurologia do HOB. A médica destaca, ainda, a importância do diagnóstico precoce e do atendimento especializado para um melhor tratamento e prognóstico. “A unidade de AVC é importante porque desempenha um papel fundamental ao oferecer um atendimento de excelência desde a fase aguda da doença, incluindo diagnóstico precoce, realização de exames necessários e orientações aos pacientes e suas famílias. Essa abordagem tem um impacto significativo na recuperação da funcionalidade do paciente e na prevenção de futuros eventos”, destacou. 

Ronaldo Gonçalves, 56 anos, é chefe de cozinha e, após apresentar sintomas de AVC, foi socorrido para uma UPA e encaminhado ao HOB para avaliação especializada, onde permaneceu internado. “O atendimento aqui é exemplar. O tempo todo eles estão preocupados e querem saber como que a gente está. São muito atenciosos”, elogiou. 

Reconhecimento dos sinais de AVC 

Apesar de ocorrer com frequência, ainda há uma dificuldade da população em reconhecer os sinais de alerta do AVC. Esse desconhecimento pode atrasar a busca por atendimento médico, elevando os riscos de complicações e sequelas. O AVC pode ser de dois tipos, hemorrágico ou isquêmico. Em ambos os casos, o sangue, contendo nutrientes e oxigênio, não chega a determinadas áreas do cérebro, resultando em perda das funções dos neurônios. 

No AVC hemorrágico há o rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia, que pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. Já o AVC isquêmico ocorre quando há a obstrução de uma artéria por um trombo (trombose) ou por um êmbolo (embolia), impedindo a passagem de oxigênio para as células. 

Entre as manifestações mais comuns do quadro estão: confusão mental; dificuldade de fala; paralisia, dormência ou formigamento em um dos lados do rosto e/ou corpo; alteração do equilíbrio e da coordenação; tontura ou alteração no andar; perda de força muscular; problemas na visão; dor de cabeça de início súbito, forte e sem motivo aparente. 

Quatro passos são usados para ajudar na identificação dos sintomas. Usando a sigla SAMU, a recomendação é observar a pessoa com suspeita de AVC para identificar os sinais da crise.  O “S” é um pedido para sorrir. Dessa forma, é possível identificar se a boca está torta. O “A” é de abraço e serve para verificar se a pessoa perdeu força muscular ou está com os membros superiores paralisados. O “M” é de música e o objetivo é verificar a fluidez da fala, ao pedir ao paciente para cantar ou falar. E o “U” é de urgência e significa que, diante de um ou mais sinais, é preciso buscar ajuda médica rapidamente.