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Frequentadoras do Centro Integrado de Atendimento à Mulher visitam exposição
Telma Gomes/PBH

Frequentadoras do Centro Integrado de Atendimento à Mulher visitam exposição

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Um grupo composto por 15 frequentadoras do Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM), da Prefeitura de Belo Horizonte, visitou nesta quinta-feira (18) a exposição Gêmeos: Nossos Segredos, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que integra o Circuito Cultural da Praça da Liberdade. Elas participam das oficinas do projeto Elas Cultivam a Lagoinha, voltado para a geração de renda e o resgate da cidadania, e que também prevê visitas a espaços culturais da capital como forma de promover o interesse pelas artes, além de auxiliá-las na recuperação da autoestima.

 

Alegria, curiosidade e até medo estavam entre as expressões vistas no rosto das visitantes. Para Vívian da Costa, de 28 anos, que frequenta o CIAM há dois meses, onde participa das oficinas de confecção de sabonetes artesanais e do cultivo de hortas do Elas Cultivam a Lagoinha, aquela foi a primeira visita a um espaço cultural. “Não tive a chance de fazer isso antes. Então resolvi aproveitar. Estou adorando tudo”, disse.

 

A agenda de visitas a espaços culturais já havia incluído o CCBB em sua rota, em novembro do ano passado, quando as mulheres prestigiaram a exposição A Tensão, do artista plástico argentino Leandro Erlich. Antes, teve a visita à exposição Sentidos do Nascer, no Parque das Mangabeiras, ocorrida em julho. A ida ao Instituto Inhotim, em Brumadinho, considerado o maior museu a céu aberto do mundo, aconteceu em abril do ano passado, assim como a visita à Lagoa da Pampulha, que foi a primeira da série, em janeiro de 2022.

 

O CIAM é um equipamento que atua no atendimento a mulheres em situação de vulnerabilidade social, com trajetória de vidas nas ruas, em uso prejudicial de álcool e outras drogas e em situação de violência doméstica. Inaugurado em novembro de 2018, no território da Lagoinha, ele é coordenado pela Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP) e tem capacidade para atender até 30 mulheres por dia, oferecendo espaço para higiene pessoal, refeições e atividades coletivas, atuando na promoção de direitos por meio de políticas públicas municipais.

 

Já o projeto Elas Cultivam a Lagoinha teve início em outubro de 2021, como uma ação do eixo Espaços Urbanos Seguros, que compõe o Plano de Intervenção Qualificada em Cenas de Uso de Crack e outras Drogas, da Prefeitura. Ele é fruto da parceria firmada entre a SMSP e o Instituto de Estudos do Desenvolvimento Sustentável (IEDS), representando uma inovação no campo da Prevenção à Violência. Nele são realizadas oficinas voltadas para a inclusão social e a geração de renda para as frequentadoras do CIAM, como a do cultivo de verduras e hortaliças, da fabricação de temperos e da confecção de sabonetes artesanais, entre outras.