8 June 2024 -
O último dia de programação do Festival do Clima, no domingo (9), será marcado pela junção de arte, gastronomia e educação ambiental, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, região central da cidade. Toda a programação é gratuita.
Para começar bem o dia, às 9h terá uma aula de Yoga, na pista de patinação. Para aproveitar melhor a atividade, é recomendada a utilização de roupas leves e que cada participante leve uma toalha ou tapete, além de uma garrafinha de água para garantir a hidratação.
O Projeto “Ambientar” oferecerá, na entrada da avenida Afonso Pena, atividades diversificadas durante toda a manhã. Circuito de jogos ambientais exploram a biodiversidade dos parques e os benefícios dessas áreas verdes para a cidade. Exposições apresentam insetos e outros artrópodes, inclusive com a visualização de algumas espécies por meio de lupa, e peixes de pequeno e médio portes. Animais taxidermizados, equipamentos e tecnologias utilizados para proteção da fauna e flora da cidade também estarão expostos.
Para quem quer conhecer um pouco mais do trabalho do Jardim Botânico da cidade, haverá amostras de coleção de frutos secos e sementes de algumas espécies típicas dos biomas mineiros. Estarão expostos, ainda, alguns exemplares da coleção de etnobotânica, que conta com artesanatos, utensílios domésticos, cosméticos, medicamentos, entre outros artefatos, que tenham como matéria-prima o vegetal. A proposta é apresentar ao público a importância das pesquisas e dos estudos das aplicações e dos usos tradicionais dos vegetais.
- Ações preventivas de incêndio
Outro destaque do “Ambientar” é a “Oficina do Fogo”, que apresenta o trabalho de prevenção e combate a incêndios, realizado pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) em toda cidade, as principais causas e seus efeitos para o meio ambiente, além de orientações de como agir ao identificar um foco de incêndio e técnicas para apagá-lo com segurança. Durante a oficina, é realizada uma simulação de combate a incêndio com alvos de madeira em formatos de chamas, representando o fogo. As crianças são convidadas a participarem como combatentes, utilizando equipamentos de segurança, dentre eles, gandolas, capacetes, óculos e luvas. A proposta é que os pequenos e seus familiares entendam os desafios para o enfrentamento de incêndios e a importância dessa ação para o meio ambiente.
O coletivo “Ambientar” é formado pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), gerências de Educação Ambiental e de Uso Público e Eventos, em parceria com o Departamento de Meio Ambiente da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte, ONG Brigada 1 e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
- Gastronomia, sustentabilidade e causa animal
O debate “Gastronomia Ambiental e Comida de Verdade”, às 10h30, no Teatro Francisco Nunes, contará com a participação da ativista do Greenpeace, Talita Ribeiro, o chef João Simoncini e mediação de Carlos Canela. A discussão irão abordar o que se tem feito para agregar a sustentabilidade e o cuidado ambiental no processo de produção e consumo de alimentos e como a culinária ambiental, associada às experiências e às memórias afetivas da agricultura familiar, podem ser referências na construção de uma gastronomia de qualidade, com foco na saúde dos indivíduos e na qualidade de vida no planeta.
O Paraíso Veg também terá sua programação, das 10h às 16h, com gastronomia, produtos veganos e feira de adoção de animais em um ambiente acessível e pet friendly. Os interessados em adotar um animalzinho devem ter mais de 21 anos. Todos irão ser submetidos a uma entrevista e, sendo aprovados, devem apresentar documento de identidade e comprovante de endereço, além de assinar um termo de responsabilidade obrigatório.
A temática da sustentabilidade, tão presente no Festival, também está ligada à gastronomia e a forma de consumirmos os alimentos, conforme explica a feirante Gabriele Ferreira de Araújo, que participa com salgados e tortas veganas. “Eu acho que tudo casa porque falar das nossas florestas é falar também da nossa alimentação. Um dos maiores fatores de desmatamento está associado à criação de gado. Então, se queremos um meio ambiente sustentável, a nossa floresta de pé, precisamos repensar sobre a nossa alimentação. Estar dentro de um festival que fala sobre clima e impactos ambientais só reforça essa necessidade”, conta.
Há, ainda, produtos que têm como base materiais reutilizáveis, que transformam-se em jóias, roupas e artesanato. “Nós trabalhamos com impressão 3D em bioplástico, que é um plástico de origem de recursos renováveis, como cana de açúcar e amidos. Produzimos chaveiros, brincos e outras peças, todos biodegradáveis, ou seja, que se decompõem naturalmente. Essa feira é legal porque as pessoas podem ver o produto, entender melhor como é feito e conhecer um pouco nossos processos de produção, explica a feirante Sara Piastrelli.
- Mostras de Cinema e shows ao ar livre
Será também a última oportunidade para acompanhar as mostras de cinema do Festival Natureba. Dentre os filmes estão “Antes do Prato” documentário de Carol Quintanilha (Greenpace), que mostra o país em profunda crise ambiental, sanitária e política. As histórias retratam como a agricultura familiar de base agroecológica vem criando pontes entre a cidade e o campo para propor uma revolução em rede, conectada e solidária. Haverá, ainda, exibição de curtas e do longa-metragem “Fé pelo Clima”, que encerra a programação às 19h.
No Palco Clima, às 12h, Alícia Ferigato Quarteto apresenta “Música de Domingo - Pequenas Voltas”. Na sequência, às 13h, será o show Paraíso Veg com Rayra Miranda.
O Festival do Clima é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, o Movimento Virada Climática, o Festival Natureba e o Paraíso Veg. A proposta é abrir espaço para uma tomada de consciência sobre o papel de cada um nas mudanças climáticas que estão ocorrendo em todo o planeta, envolvendo o público de diferentes idades.