4 June 2024 -
A semana será de muitos debates, atividades educativas, gastronomia e arte, tendo como foco o meio ambiente, durante o Festival do Clima, que começa nesta quarta-feira (5) e vai até domingo (9). A programação gratuita ocorrerá no Parque Municipal Américo Renné Giannetti (avenida Afonso Pena, 1.377 - Centro) e em outros espaços espalhados em diferentes regiões. Confira aqui!
A abertura oficial será às 17h30, no Teatro Francisco Nunes, com debates e exibição de filmes. Serão abordados os temas: “Racismo ambiental: entender para enfrentar”, com a quilombola, de axé e mestre em Gestão Social, ativista pela Educação da Rede Malala Fund e N´Zinga, Benilda Brito; “A voz das crianças no ativismo ambiental”, com a ativista e embaixadora da Justiça Climática, Júlia Bonitese; e “Regeneração ambiental e a necessidade de um festival ambiental”, com o diretor, roteirista e codiretor do Festival de Cinema Ambiental de Sarandira, Carlos Canela. “É extremamente importante discutir o meio ambiente e discutir as relações sociais. Para isso, vamos ter que discutir desigualdade. Esse debate passa necessariamente por esse enfrentamento aos racismos. Seja o racismo escolar, seja o racismo estrutural, institucional e o racismo climático e ambiental. Não existe meio ambiente saudável sem relações sociais saudáveis. E esse é um debate de todas, todos e todes”, defende Benilda Brito.
Participa, ainda, o secretário municipal de Meio Ambiente e presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), Gelson Leite, que destaca o quanto os temas estão presentes no cotidiano e que devem alcançar toda a população: “é muito significativo trazer para dentro dos parques debates tão importantes e que envolvem a cidade inteira. Estamos discutindo e buscando alternativas hoje para que as gerações futuras possam ter um meio ambiente que permaneça sustentável. Essa é uma função de todos nós. Teremos uma semana de programação extensa, para todas as idades, voltada para o meio ambiente e a importância de termos uma consciência que objetive a preservação”.
Exposições e sessões de cinema durante todo o dia
Para quem quiser aproveitar a programação antes da abertura oficial, já pela manhã, a partir das 8h, haverá exposições e sessão educativa da “Mostrinha Natureba”, que integra a programação do Festival Natureba, promovido com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
Dentre as exposições, está a “Biodiversidade dos Parques Municipais”, da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), que apresenta ao público um pouco da rica biodiversidade existente nas áreas verdes de BH. A mostra destaca o importante papel desses espaços para a proteção de todo o patrimônio biológico existente e sua consequente importância para a qualidade de vida em toda a cidade.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apresenta “Parques - o lar de milhares de insetos” e “Conexões da natureza: uma jornada educativa pela saúde única”. Na primeira exposição, serão apresentadas coleções entomológicas, com observação dos insetos por meio de lupa. Haverá, ainda, jogos de perguntas e respostas, além de debates sobre a importância dos parques urbanos na preservação de insetos terrestres. A outra mostra, apresenta um tema muito presente nos últimos tempos na cidade e em todo o país: os riscos dos arbovírus, como Dengue, Zika e Chikungunya. Será possível entender melhor como ocorrem as interações entre os hospedeiros, seres humanos e outros primatas, e os vetores, os mosquitos.
Materiais recicláveis e o descarte correto de resíduos estarão na exposição “Cotidianos da Educação Ambiental”, da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). Os visitantes poderão identificar quais dos objetos expostos são ou não recicláveis e a responsabilidade compartilhada no trato e descarte correto. Será abordado também o trabalho realizado pelos catadores e garis na cidade e o seu impacto no combate a doenças e na preservação ambiental.
As águas de nossas cidades
O gradil do Parque Municipal, a partir das 17h, será tomado pela exposição “Lembra: isto é rio”, da Escola de Arquitetura da UFMG. Fotografias apresentam 20 pontos de nascentes, cachoeiras, margens e matas do Ribeirão Arrudas, do Ribeirão da Onça e de seus afluentes. O fotógrafo ribeirinho André Carvalho partiu da própria casa à beira do Córrego do Capão, em Venda Nova, e percorreu morros e vales em Belo Horizonte, Contagem e Sabará. Além de paisagens das águas, encontrou-se com pessoas que são referência em uma política ambiental praticada no dia a dia, na luta e na lida cotidiana pela sobrevivência de cursos d'água.
O Festival do Clima é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, o Movimento Virada Climática, o Festival Natureba e o Paraíso Veg. A proposta é abrir espaço para uma tomada de consciência sobre o papel de cada um nas mudanças climáticas que estão ocorrendo em todo o planeta, envolvendo o público de diferentes idades. A programação completa do Festival, está disponível aqui!