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Engenheira agrônoma da PBH apresenta trabalhos sobre homeopatia em plantas
Suziane Brugnara/PBH

Engenheira agrônoma da PBH apresenta trabalhos sobre homeopatia em plantas

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O Jardim Botânico da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, mais uma vez, está sendo reconhecido para além das fronteiras nacionais. Após a participação da engenheira agrônoma Marina Portugal Torres na I Conferência Internacional de Homeopatia na Agricultura e Ambiente realizada em dezembro de 2023, um novo convite reafirma a relevância das pesquisas e projetos desenvolvidos na Instituição de Belo Horizonte: a servidora apresentará, em modo remoto, mais um projeto de sua autoria na II Conferência de Especialistas na Área de Arquitetura Paisagística que terá como tema: Arquitetura Paisagística e Adaptação às Mudanças Climáticas (em inglês, II Expert Conference - in the field of landscape architecture with thematic framework - Landscape architecture and adaptation to climate change).

O evento, promovido pela Bašta Biro e pela Associação de Arquitetos Paisagistas da Sérvia (SALA), será realizado nos dias 14 e 15 de março em Belgrado, na Sérvia. O objetivo é sensibilizar os participantes quanto às diferentes possibilidades e vantagens das soluções oferecidas pela arquitetura paisagística, bem como promover um intercâmbio entre os profissionais por meio do compartilhamento de experiências e conhecimentos em benefício tanto de arquitetos paisagistas, quanto de profissionais de áreas afins.

O projeto em questão, concebido pela engenheira Marina Portugal, se chama "Jardim Homeopático Agroecológico: uma proposta atrativa e educativa para a conservação da biodiversidade" e se enquadra como exemplo de atividade relacionada ao domínio da ecologia urbana; da preservação da biodiversidade; da proteção de habitats de espécies ameaçadas e protegidas da flora e da fauna. O projeto também contempla aspectos como arborização, agroecologia e produção orgânica e apresenta uma tendência mundial de se ter jardins mais produtivos e ecológicos. Tudo isso norteado pela ciência da Homeopatia, cuja aplicabilidade traz uma tecnologia inovadora nos processos de concepção, planejamento e manutenção de jardins.

De acordo com Marina Portugal, o uso da homeopatia em plantas tem respaldo legal na Lei 10.831 de 23 de dezembro de 2003, que rege a produção orgânica no Brasil. “O Jardim Botânico de Belo Horizonte se destaca, dentre os jardins botânicos brasileiros, como pioneiro no uso desta prática. A utilização de preparados homeopáticos em plantas e ambiente no Jardim Botânico da Fundação teve início em 2003 e, desde então, resultados promissores vêm sendo obtidos nos cuidados com a saúde das plantas e na produção de mudas”, destaca.

A engenheira explica que o projeto “Jardim Homeopático Agroecológico”, além de mostrar as plantas, animais e minerais utilizados no preparo de medicamentos homeopáticos, tem como objetivo divulgar que a homeopatia também pode ser aplicada nas plantas e no ambiente com as vantagens de ser eficiente, não poluente, de baixo custo, e ainda de respeitar o aspecto social e preservar o ambiente.

“Com a implantação e manutenção deste projeto, espera-se conscientizar a população sobre a importância dos sistemas alimentares agroecológicos e orgânicos, incentivando o consumo de alimentos saudáveis. Além disso, por meio deste projeto, o Jardim Botânico de Belo Horizonte poderá incrementar sua contribuição para a conservação da biodiversidade, atuando em consonância com as Estratégias Internacionais de Conservação em Jardins Botânicos”, finaliza.

A arquiteta paisagista Brankica Ristanovic, presidente da Associação de Arquitetos Paisagistas da Sérvia, considera que existe um enorme interesse pela temática da homeopatia em plantas e ambientes. “Esperamos que esta participação do Jardim Botânico de Belo Horizonte seja o início de uma cooperação inspiradora!”, afirma.