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Treze pessoas reunidas, sentadas em círculo, para as atividades do Encontro das Famílias.
Foto: Andréa Moreira/PBH

Encontro de Famílias discute trabalho infantil na Pampulha

criado em - atualizado em

Discutir sobre a questão Infância e Trabalho: com este tema, a Regional Pampulha, por meio da Gerência de Assistência Social, realizou, no dia 13 de julho, no auditório da Regional Pampulha (Av. Antônio Carlos, 7.596, São Luís) o Encontro de Famílias atendidas pelos serviços socioassistenciais. Compareceram representantes das famílias convidadas e técnicos dos serviços de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI-P), das Medidas Sócio Educativas (MSE-P), da Equipe de Proteção Social Básica (ESPB-P) e do Serviço de Proteção Social à Pessoa com Deficiência (SPSPD-P).

 

Para “quebrar o gelo” e deixar os participantes à vontade, foi realizada a dinâmica  do fósforo, em que cada pessoa risca um fósforo e, enquanto a chama permanece acessa, se apresenta, contando um pouco de si. A seguir, os técnicos propuseram aos participantes jogarem o “Jogo da Proteção”, espécie de jogo da memória no qual devem ser identificadas as cartas ilustradas com cenas de crianças e adolescentes brincando e estudando e, em outras, crianças e adolescentes em situação de exploração do trabalho infantil. Durante o jogo, os participantes foram virando as cartas, tentando encontrar seus pares, e, todas as vezes que alguém acertava as cartas iguais, os técnicos fomentavam uma discussão sobre a cena ilustrada ali, propondo a reflexão sobre as situações apresentadas.  Foram discutidas também as oportunidades de trabalho protegido para adolescentes a partir de 14 anos.  A seguir, foi exibida uma reportagem sobre a questão do combate ao trabalho infantil.
 

Durante as discussões, os técnicos se empenharam em conscientizar os participantes de que o trabalho infantil é proibido por lei. “A criança deve levar uma vida normal, sem a responsabilidade de cumprir tarefas que extrapolam sua idade e condição física”, explicou a psicóloga do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado à Famílias e Indivíduos (PAEFI / CREAS-P), Daniela Dias Ribeiro. Moradora do bairro Jardim Alvorada, Selma Andrade gostou do encontro: “Achei importante. Dá esperança de melhorar a situação das crianças. Foi divertido também porque este jogo mostrou que minha memória não está tão ruim.” Para Maria Rodrigues, do bairro Confisco, foi ótimo participar: “Pra gente que é mãe, saber que há crianças nesta situação de trabalho é muito triste. Já passei por isso na minha vida e não quero isso para os meus filhos.”

 

Para finalizar, cada participante esboçou, por meio de escrita ou desenho, sua avaliação sobre a atividade. Para a estudante da E.M. Aurélio Pires, Isadora Alves (14 anos) a oportunidade foi boa: “Achei interessante a abordagem do assunto. A escola já tratou sobre isso e quanto mais informação sobre o assunto, melhor.” Moradora do bairro Santa Terezinha, Natália Sales Rocha gostou de participar: “Gostei. Tenho uma filha de 16 anos e aprendi que a gente não deve por as crianças para trabalhar. Elas devem estudar e brincar.” Cada participante recebeu o “Jogo da Proteção”, além de material informativo sobre a campanha “BH: Crianças e Adolescentes Protegidos”.

 

Para a equipe de técnicos, o objetivo foi alcançado. A psicóloga Fabiana Neves de Andrade comemorou o balanço positivo do encontro: “Foi essencial podermos tratar dos direitos da criança e do adolescente, como o direito ao lazer  e ao estudo, enquanto dever dos adultos. Foi importante também identificar o que é trabalho infantil do que é formação de hábitos: a criança pode sim ter tarefas, aprender a cuidar de si e do ambiente a sua volta, e isso não significa exploração de seu trabalho. É preciso que os pais e responsáveis entendam estes conceitos, a fim de que se sintam empoderados na tarefa de orientar e educar suas crianças” .

 

Gerente de Assistência Social na Pampulha, Cláudia Melo explicou que o encontro foi uma diretriz da Campanha Temática do PETI, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, desenvolvida pela Secretaria Municipal de Assistência Social, e que perpassou todos os serviços do SUAS na Regional Pampulha. A produção deste trabalho coletivo será exposta na 12ª Conferência Municipal de Assistência Social do Município de Belo Horizonte, que acontecerá entre os dias 21 e 22 de julho no Minas Centro.