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Prateleira com várias partes de computadores para recondicionamento.
Foto: Divulgação/PBH

Educadores municipais participam de palestra sobre lixo eletrônico na Prodabel

criado em - atualizado em

Educadores ambientais da Rede Municipal de Educação participaram na manhã desta quarta-feira, dia 23 de outubro, de uma palestra sobre lixo eletrônico na Unidade Ipiranga da Prodabel. Aproximadamente 60 professores, de oito regionais, estiveram presentes no evento, que teve como objetivo alertar sobre os perigos do descarte incorreto de resíduos eletrônicos. Os responsáveis pelo conteúdo abordado foram Klismann Cortezzi, geógrafo e educador ambiental da Prodabel, e Kátia Amélia Arcanjo Campos, professora de artes da Escola Municipal Prefeito Souza Lima, do bairro Jardim Vitória. 

 

Klinsmann Cortezzi apresentou aos alunos os principais canais de descarte de lixo eletrônico da cidade, e suas consequências. “O lixo eletrônico tem componentes químicos que podem afetar não só o meio ambiente como também os seres humanos. Se olharmos o lixo eletrônico como um desafio, nós conseguiremos lidar melhor com ele. A parte mais importante desse trabalho é criar nos educadores o senso crítico e a responsabilidade ambiental”, afirmou.

 

A arte educadora Kátia Amélia de Arcanjo Campos apresentou o projeto Invencionática. Criado no ano passado, o projeto nasceu de um poema de Manoel de Barros e tem o propósito de desenvolver a imaginação dos alunos. O tema desse ano foi desenvolvido a partir de um outro autor, Vik Muniz, e de seu poema “o olhar sobre ínfimo”. O tema foi uma sugestão dos alunos que perceberam o descarte indevido de lixo nas dependências da escola. Para Kátia, essa situação foi o impulso que os estudantes precisavam para transformar o que antes era lixo em material para exposição nas aulas. “A partir do tema, eu entreguei aos alunos diversos poemas. Com o material encontrado no lixo eles materializaram o poema e recriaram o que antes seria descartado”, contou. 

 

Adalgisa Laura Correia é assistente social e educadora ambiental na escola Municipal Professor Paulo Freire, no bairro Ribeiro de Abreu. Seu trabalho é voltado para os adolescentes de 16 a 25 anos que residem em comunidades indígenas. Além de desenvolver um trabalho de horta sustentável, ela também ensina aos alunos a importância da compostagem para a utilização de um adubo sustentável. Segundo Adalgisa, o curso trouxe uma noção maior de responsabilidade. “Por mais que eu trabalhe no meio ambiente, hoje eu percebi que não estava informada o suficiente sobre as consequências causadas pelo descarte incorreto de lixo eletrônico”, disse.  

 

 

Programa EcoEscola

A Secretaria Municipal de Educação criou, em 2016, o programa EcoEscola. Seu objetivo é levar os estudantes a ter um contato maior com o meio ambiente. Por meio de acompanhamento pedagógico os alunos desenvolvem hortas sustentáveis, coletas seletivas, realizam percursos ambientais e plantam árvores. Percebendo a necessidade de formação dos professores, o EcoEscola decidiu transformá-los em educadores socioambientais e líderes ambientais. 

 

Em 2018, 1316 pessoas participaram das aulas de temática ambiental que foram divididas em 13 módulos. Os percursos ambientais mobilizaram mais de 11 mil estudantes da rede municipal. O EcoEscola BH dispõe de um ônibus, denominado Expresso Ambiental, que transporta gratuitamente professores e alunos para as atividades desenvolvidas pelo programa.