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Dia Nacional do Samba tem show de sambistas e grupos da Velha Guarda na Lagoinha
Divulgação/PBH

Dia Nacional do Samba tem show de sambistas e grupos da Velha Guarda na Lagoinha

criado em - atualizado em

Neste sábado (2), data em que se celebra o Samba em todo país, Belo Horizonte abre os festejos com roda formada por 18 sambistas da capital mineira. O projeto BH É BAMBA - a cidade na roda do samba reúne os mestres e mestras do gênero na capital, selecionados via chamamento público, das 13h às 20h, no Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira - CRESAN/Mercado da Lagoinha. A entrada é gratuita, para a cidade inteira sambar. O evento é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com a Associação Artística e Cultural Ouro Negro.

Entre os bambas participantes do evento, estão coletivos pertencentes à velha guarda do samba na cidade, como Bloco Caricato Os Aflitos do Anchieta, Zé Pretinho da Cuíca, Magnatas do Samba, Velha Guarda Unidos dos Guaranys, Velha Guarda do Samba de BH. Também marcam presença na roda, 13 sambistas com trajetória solo, como Jussara Pretta, Dóris, Dona Eliza, Sô Marcelo, Seu Domingos do Cavaco, Ronaldo Coisa Nossa, Ricardo Barrão, Nonato do Samba, João Batera, Fabinho do Terreiro, Evair Rabelo e Dé lucas e Cabral.

 

De acordo com a secretária municipal de Cultura, Eliane Parreiras, “a proposta do BH é BAMBA é promover uma grande festa democrática na cidade, reunindo sambistas de diversas regiões da capital. O encontro resgata nossa memória cultural, reverenciando aqueles e aquelas que professam o samba como uma forma de vida. Para além disso, celebramos o Dia Nacional do Samba na Lagoinha, território importante no nascedouro das manifestações do gênero na cidade e um dos principais pontos de fomento dessa produção artística. Reconhecemos o papel da região nessa expressão cultural, e reafirmamos nosso compromisso como órgão público que valoriza, integra e propulsiona cada vez mais a cultura do Samba em Belo Horizonte”, afirma.

 

Para a presidente da Fundação Municipal de Cultura, Luciana Féres, “além de contribuir para ressaltar a cena do samba na cidade, o BH é BAMBA se tornou fundamental para unir a expressão, a cultura e os saberes desses artistas locais, celebrando a diversidade e fortalecendo o samba como patrimônio imaterial de Belo Horizonte. Nem sempre os grupos de sambistas encontram o apoio e reconhecimento das instituições culturais em suas trajetórias, sendo fundamental a criação de políticas públicas que fortaleçam essa tradição”, ressalta.

 

Sobre o BH é Bamba

Em cada pedaço dessa cidade tem samba. Subiu o morro, virou a esquina, tem samba. Desceu ladeira, encontrou um amigo, virou samba. Em cada roda, em cada terreiro, em cada quintal ou pedaço da história de Belo Horizonte tem a alegria da nossa gente em formato de samba. BH é do batuque e da canção, BH canta e dança. BH é da ginga e da tradição, BH festeja e não se cansa. BH é nossa Roda, BH é cidade de Bambas!


O projeto BH É BAMBA tem como objetivo promover uma grande celebração democrática desse gênero, que se espalha por todos os bairros da capital, assim como o resgate da nossa memória cultural, reverenciando aqueles e aquelas que professam o samba como uma escola de vida e que nem sempre encontram o apoio e reconhecimento das políticas culturais nas suas trajetórias. No Dia do Samba, toda a cidade vai entrar nessa roda, celebrando a diversidade artística da capital e fortalecendo essa valiosa manifestação cultural como patrimônio imaterial de Belo Horizonte.


 

Sobre o Samba em BH

As origens do samba em Belo Horizonte remetem aos primeiros festejos populares da cidade, desde a sua fundação, herdados do antigo Curral Del Rei. Já em 1897, registros indicam a tradição do carnaval e a presença dos tambores negros nas manifestações do Congado de Nossa Senhora do Rosário.


Na década de 1930, surge a primeira Escola de Samba da capital, a Pedreira Unida, na região da Pedreira Prado Lopes. Outros territórios muito importantes para o crescimento dessa manifestação cultural foram o Concórdia, o Conjunto Santa Maria e clubes de gafieira na Lagoinha ou na região central como o Elite e o Estrela Night Club. Durante as décadas de 1960 e 1970, artistas do samba de BH começaram a se projetar também em outras cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo.


Na década de 1990, começaram a ressurgir espaços culturais e rodas de samba em diversos bairros da cidade, assim como novos compositores e compositoras, trazendo novas linguagens e propostas para o gênero do pandeiro e cavaquinho. Na década de 2010, com a retomada do carnaval de rua na região central, também floresceram os encontros entre diferentes gerações de sambistas e coletivos de preservação dessa memória na cidade. Neste ano de 2023, foi dado início ao processo de construção participativa do inventário do samba de Belo Horizonte, em parceria com a UFMG e Coletivo Mestre Conga.

 

Artistas participantes

 

Bloco Caricato os Aflitos do Anchieta

 

O Grêmio Recreativo Bloco Caricato Os Aflitos do Anchieta, - um dos blocos mais antigos de BH em atividade - foi fundado, em novembro de 1965, por quatro amigos na esquina da rua Itapema. Desde seu primeiro desfile, ocupando entre as melhores colocações da época, mantém em 58 de trajetória, sua tradição de matrizes africanas, tocando samba enredo. Também promove eventos o ano todo, na capital, com o enfoque da construção do carnaval do ano posterior. Mantém desde sempre, a tradição das cores amarelo, preto e branco, ampliando as vezes para o azul, vermelho e branco. 

 

Cabral

Rômulo Cabral Leopoldo, ou simplesmente Cabral, atua há mais de vinte anos na capital mineira. Canta, toca violão e cavaquinho, compositor de sucessos, gravados em BH, Rio de Janeiro e São Paulo. Tem três álbuns gravados e é criador do projeto Clube do Samba, com Fabinho do Terreiro. No projeto Na Fonte do Samba, se apresentou, acompanhando e cantando com convidados como Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Serginho Meriti, Toninho Geraes, Wilson Moreira, Bira da Vila e Nei Lopes.

 

Dé Lucas 

 

Figura conhecida nas rodas de samba da capital mineira e parceiro de nomes como Moacyr Luz e Fabiana Cozza é dono de grande versatilidade e ousadia em suas composições. Nascido e criado no bairro Serra, berço de grandes sambistas, Wanderson Vieira Lucas, o Dé Lucas, começou a tocar violão e cavaquinho aos 12 anos. Aos 18, integrou diversos grupos de samba, entre eles, o tradicional Samba da Madrugada. Agora, o compositor comemora o lançamento do primeiro CD de sua carreira, intitulado Clarear, que conta com parcerias com Moacyr Luz, Edersom Melão, Heleno Augusto, Tino Fernandes, Amarildo do Cavaco, entre outros. Algumas letras são inéditas, outras regravações de sucessos, como a música-título Clarear, vencedora do concurso “Novos Bambas do Samba”, realizado pela tradicional casa Carioca da Gema, no Rio de Janeiro.

 

Dona Eliza

 

Uma das poucas representantes femininas da Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte, Dona Elisa, de 72 anos, natural de Águas Formosas, vê, aos poucos, depois de muita luta como mulher negra, seu sonho de viver do palco e das luzes se realizar. Além de intérprete, é uma exímia compositora, com mais de 700 canções registradas. Em 2017, lançou o do primeiro CD Diploma da Vida, que reúne 12 faixas inéditas com composições próprias, que marcam seus 50 anos de carreira. Em 21 de abril de 2018, foi condecorada pelo Governo de Minas Gerais com a Medalha da Inconfidência, em Ouro Preto (MG), por sua importante contribuição para o samba mineiro. 

 

Dóris

 

A belo-horizontina Elzelina Dóris, ou Dóris, começou sua história com a música em 1993. Cantora e Mestre em Educação pela FAE/UFMG, há 23 anos, coordena o Cantando e Contando a História do Samba, programa cultural e educacional com a finalidade de contribuir com a divulgação, preservação e valorização musical do samba, manifestação musical que representa a resistência e lutas da cultura negra. O projeto acontece no formato de show, intitulado “Dóris Canta Samba”. Durante as apresentações, muita música e causos sobre a história do samba. Desde 2001, o projeto é desenvolvido também em comunidades, escolas das redes de ensino pública de Belo Horizonte e da Região Metropolitana da capital mineira, e ainda para idosos,  professores(as), estudantes, pesquisadores e qualquer pessoa que se interesse por conhecer a cultura, a partir das letras dos sambas e da história dos compositores/as. Em 2007, lançou o CD “Dóris Canta Samba” com sambas de compositores mineiros e 2022, o EP Dóris Vivências (disponível em todas as mídias digitais).

 

Evair Rabelo

 

Mineiro de BH é músico, intérprete, compositor, produtor musical e toca cavaco e banjo em rodas de samba de Belo horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Já teve sambas gravados por grandes nomes da MPB como Neguinho da Beija-Flor, Eliana de Lima, Biro do cavaco, Adriana Ribeiro, Nananá da Mangueira e Grupo BoKa LoKa. Com seu cavaco foi fundador do Grupo Samba e Cia. (BH) e acompanha artistas de renome nacional como D. Ivone Lara, Noca da Portela, Marquinho Sathãn, Jorginho do Império, Jamelão, Toninho Geraes, Serginho Beagá, Alceu Valença e Luiz Carlos da vila. Também integra banda de seu amigo e parceiro de músicas, o Rei do Pagode Almir Guinéto. Pela gravadora paulista Arlequim Discos, “Sou de Samba”, seu CD mais recente, traz participações especiais de Sombrinha, Almir Guinéto e Marquinho Sathãn (que produziu o disco ao lado de Carlinhos 7 cordas) com arranjos do maestro Ivan Paulo. Atualmente coproduz o CD “Coletânea Coopersamba” que conta com a participação de 12 grupos mineiros e 12 padrinhos convidados, dentre eles, Lecy Brandão, Reinaldo e Alcione.

 

Fabinho do Terreiro

 

Para muitos do samba ele é “o cara”. Vive uma vida de estrela em Belo Horizonte. Fez da capital seu imenso terreiro, onde mora desde o nascimento, em 1964. Na fila para completar 57 anos, Fábio Lúcio Maciel, ou Fabinho do Terreiro, coleciona desde os tempos do Curral do Samba, no Bairro São Paulo, região Nordeste da cidade, uma legião de admiradores e sambas registrados por Zeca Pagodinho, Neguinho da Beija-Flor, Agepê, Gracia do Salgueiro, Nelson Rufino, fora outros tantos em parceria com a turma daqui. Discípulo e parceiro de Toninho Geraes e Serginho Beagá, e irmão de outro sambista genial, Ricardo Barrão, Fabinho contabiliza mais de 100 sambas gravados e participações em LPs e CDs. Em 2005, conseguiu lançar seu primeiro disco solo, no formato ao vivo, em um show no Mineiríssimo - que ganhou versão em DVD. Em 2010, tem sua música Desacerto gravada por Zeca Pagodinho, o maior nome do samba no país.


João Batera

 

João Batera começou no samba com o pai, no grupo de seresta Regional, em 1981. Aprendeu diversos instrumentos como, pandeiro, bateria, percussão e cavaquinho. Passou pelos grupos de samba Sambeagá, Terreiro Samba Show, Mulatos da Vila. Também acompanhou nomes como Serginho BH, Fabinho do Terreiro, Bezerra da Silva, Dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra, Toninho Geraes, Dunga de Vila Isabel, Luiz Carlos da Vida, Fundo de Quintal, Doris, Lúcia Santos (in memorian) e Ronaldo Coisa Nossa, com apresentações nas tradicionais casas de show do samba de Belo Horizonte e Contagem. Desde 2014, passa a investir na carreira solo, quando lança o primeiro EP com três faixas inéditas e o clipe para a música Comentário Maldoso. Em 2016 vem o álbum Sambeiro - Trabalhadores do Samba, juntamente com Aírton Cruz, Silvestre Filho e Pedrinho do Cavaco. O disco Meu Pandeiro foi o primeiro trabalho totalmente solo do artista. São 14 músicas inéditas em que João mostra sua versatilidade como compositor passeando por estilos como Partido Alto, Samba Duro, Forrógode, Samba Dolente e Samba Rock. Em 2018, faz seu primeiro show autoral no Rio de Janeiro para um teatro lotado e recebe o prêmio no concurso de marchinhas de Belo Horizonte com Esperando o metrô, composição sua e de Dimas Lamounier. Em 2023, grava e lança no carnaval de 2023 o EP Os Bateras com quatro faixas.

 

Jussara Pretta

 

Nascida em 16 de maio de 1965, Jussara Pretta, batizada Jussara Marta de Assis, cantora compositora e instrumentista iniciou sua trajetória no Samba em 1980. Autodidata toca violão cavaco, surdo, tantan, tamborim e percussão em geral. Já cantou com várias bandas de samba como: Magnatas do Samba, Terreiro Samba Show, foi integrante da primeira banda de samba feminina de Minas Gerais e cantou em inúmeras casas de samba sempre no comando de seus músicos. Gravou em 2011 o CD "Samba Pra Você "uma coletânea de sambas de composições próprias e de compositores de BH e do Rio e em 2023 lançou o DVD "Roda de Samba da Jussara Preta. Atualmente canta em BH e em outros estados do Brasil.

 

Nonato do Samba

 

Raimundo Nonato da Silva ou Nonato do Samba aprende música ao ouvir o pai tocar nas rodas de samba do Morro do Papagaio. Em 1978 ingressa na Escola de Samba Monte Castelo, na bateria e na ala de passistas. Aos 18, passa a atuar em grupos de samba como líder e vocalista. Depois dirige a casa de samba Peixe Vivo levando trabalho e renda para vários grupos de samba. Em 2000 funda com outros sambistas da cidade a Cooperativa dos Sambistas Profissionais que gerou renda para músicos e outros profissionais etc. Fez breve carreira internacional no Japão e na Coreia. Com dois discos solo, foi campeão em 2020 como melhor intérprete de samba-enredo do concurso de escolas de samba do Carnaval de Belo Horizonte. Em 2020 Nonato do Samba teve a honra de ser premiado com IV Prêmio Mestres da Cultura Popular de Belo Horizonte, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte. Atualmente participa do grupo Nonato do Samba e Bateria Show Explode Coração que se apresenta anualmente no carnaval de Belo Horizonte e é líder do grupo Baluartes do Samba que reúne sambistas de raiz da capital. Hoje também é coordenador do Coletivo de Sambistas Mestre Conga, um movimento de sambistas que objetiva conquistar o titulo de Patrimônio Cultural Imaterial para o Samba de Belo Horizonte. 


Magnatas do Samba

 

Samba de raiz, samba de roda, samba de mesa, samba de breque, samba canção e samba de partido alto, essa é a definição do Grupo Magnatas do Samba!! Fundado em Belo Horizonte no ano de 1970 o grupo vem de uma trajetória de mais de 50 anos alegrando a todos que gostam de ouvir um bom samba. O grupo sempre esteve no mercado da música em BH e em outros estados do Brasil, expoente do samba mineiro, preservando sua origem e raízes simples. Magnatas do Samba segue com a bagagem de quem domina a arte de tocar e cantar, desde sambas antológicos a atualidades do gênero, conquistando cada vez mais seu espaço sempre com muito carisma. Com formação que mescla juventude e experiência, o grupo tem acompanhado em suas apresentações nomes nacionais como: Monarco da Portela, Alex Ribeiro (filho de Roberto Ribeiro), Ana Costa, Dudu Nobre, Jorge Aragão, Juliana Diniz, Marquinhos Diniz (compositor do Zeca Pagodinho), Fundo de Quintal entre outros artistas.

Ricardo Barrão

 

Ricardo Barrão, sambista, músico e compositor é uma das grandes referências do samba, com destaque no cenário nacional, tem suas músicas gravadas por Agepê, Neguinho da Beija flor, Almirzinho, Biro do Cavaco, Eliana de Lima, Toninho Geraes, Grupo Katinguelê e Almir Guineto. Vestindo a camisa da Escola de Samba Canto da Alvorada, seus enredos foram vencedores no carnaval belorizontino por vários anos consecutivos. Com três álbuns em sua discografia, Ricardo Barrão gravou o seu primeiro CD em 2004, no estúdio Méier, no Rio de Janeiro (RJ). Intitulado “De Bem com a Vida", o disco apresenta 11 faixas com a produção musical e executiva de Paulinho Carvalho. Em 2011, o artista gravou o segundo CD no estúdio Abre Alas, em Santa Luzia (MG), com produção executiva de Paulo Nicolsky e direção musical de Dalton Palmieri. Intitulado “História que dá Samba”, o disco é uma homenagem que eterniza a cidade de Belo Horizonte em versos e canções. 

 

Ronaldo Coisa Nossa

 

Conhecido como Ronaldo Coisa Nossa ou Ronaldo do Opção, passou sua infância e parte da adolescência no Bairro Lagoinha. Em sua adolescência, foi seduzido pelo som dos Beatles e aderiu ao movimento do rock e do twist. Na década de 1960, trabalhava em um ferro-velho, onde escutava Jair Rodrigues, Simonal e Jackson do Pandeiro. Foi quando passou a compor sambas. Na década de 1970, gravou 10 composições e em 1975, colocou-as debaixo do braço e foi ao Rio de Janeiro, reencontrar Vermelho, Claudinho, Sérgio Magrão, Eli (o baterista) e Flávio Venturini. Participou da fundação de algumas escolas de samba de Belo Horizonte, como a Bem-Te-Vi, Acadêmico das Alterosas e Unidos Guaranis, e hoje é integrante da Velha Guarda do Samba da capital. Em 1982, Ronaldo e amigos criaram em Belo Horizonte o bloco carnavalesco É Coisa Nossa que desfilou por três anos, solidificando o pseudônimo do artista na cena do samba. Na década de 90, abriu um dos principais redutos do samba em BH, o Bar Del Rangos, mais conhecido como Opção. Em todos esses anos, Ronaldo Coisa Nossa reúne cerca de 300 composições. Entre os trabalhos recentes: Entre Aspas (2019), Dotes (2019) e Ponto a ponto (2021), toda obra fonográfica se encontra em todas as plataformas digitais.

Seu Domingos do Cavaco

 

Domingos do Cavaco, registrado como Domingos Felipe dos Santos, de 65 anos, dos quais 40 dedicados ao samba, mora no Morro das Pedras, Região Oeste de Belo Horizonte. Aprendeu a tocar pandeiro e cavaco ainda criança. O cotidiano e a própria realidade são as suas fontes de inspiração, como a música Grajaú, que fala sobre a vila e seus personagens. Domingos é serralheiro, mas trabalhou boa parte da vida como metalúrgico. O samba sempre teve espaço garantido no dia-a-dia do artista, que também foi membro da Escola de Samba Cidade Jardim. Seu Domingos faz shows com frequência e os filhos e sobrinhos seguiram os passos do seu cavaco. Em 1998, gravou o CD Grajau e, em 2005, o segundo CD foi batizado de Palácio do samba. Em 2016, fundou o bloco de carnaval Dragão da Vila São Jorge.


Sô Marcelo

 

Marcelo Nereu Caetano, conhecido como Sô Marcelo, é belo-horizontino, negro, periférico, de 78 anos e um dos nomes da Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte. Nasceu no bairro Aparecida, onde reside atualmente e é uma das referências da cultura musical da região. Sambista, violonista, cantor e compositor, aprendeu violão de forma autodidata quando era adolescente. Na juventude, foi seresteiro e tocava com amigos em festas e outros eventos, na região metropolitana de Belo Horizonte. Depois de longo período afastado da música para criar os 7 filhos, o músico volta a atuar no cenário musical no final da década de 1990, tocando e cantando em vários bares, casas de show e eventos de toda natureza na capital. Em 2003, o músico empreendeu o espaço cultural Ensaios Bar, um bar no bairro Aparecida, que oferece uma deliciosa porção de torresmo e promove rodas de samba. Sempre foi frequentado por grandes nomes do samba da cidade como Dóris do Samba, João Batera, Raimundo do Pandeiro, Lucia Santos, Ronaldo Coisa Nossa, Serginho Beagá, entre tantos outros. Nos últimos anos, passou a compor e é um dos nomes da velha guarda do samba de Belo Horizonte. 


Velha Guarda do Samba de BH

 

Patrimônio do samba regional é a Velha Guarda do Samba de BH!

Os associados da faculdade do samba se apresentaram em formato de um legítimo samba de roda. O grupo é formado por sambistas velha guarda de diversas regionais de Belo Horizonte, que trabalham em prol da cultura do samba regional e nacional. Valorizando a figura do sambista detentor, atuante de nossa cultura ancestral afro mineira.  Em atividades a mais de 25 anos, a associação do samba proporciona encontros musicais que se tornam uma ótima oportunidade para prestigiar grandes nomes da nossa velha guarda do samba mineiro, além de ser uma viagem pela história do samba nacional e regional. Grandes nomes passaram pela Associação do Samba como Jadir Ambrósio (criador do hino do Cruzeiro), Ronaldo Brasil, Dona Lucia, Dona Eliza, Clélia dos Santos, Tia Elza, Raquel Seneias, Lagoinha, Mestre Conga, Ed Nunes, o senhor Juarez Araújo e o saudoso Mestre Mandruvá, ajudando a construir um legado que transpassa as gerações, que é a cultura do samba regional.

 

Velha Guarda Unidos dos Guaranys Pedreira Prado Lopes

 

Toda velha guarda tem importância fundamental para as agremiações e para a preservação da cultura do samba. Seus integrantes têm a missão de transmitir a história da agremiação às novas gerações, mantendo vivas as tradições do Carnaval. A velha guarda da Associação Recreativa Escola de samba Unidos dos Guaranys Pedreira Prado Lopes é considerada, como o próprio nome sugere, "guardiões" da identidade da escola. Em geral, nossa velha guarda participa dos desfiles em uma ala que fecha o cortejo e seus membros mais simbólicos geralmente estão no último carro alegórico (ou no abre-alas). Cada escola tem seus critérios para aceitar membros no grupo, mas em geral, os requisitos básicos levam em conta os anos de serviços prestados à agremiação. Assim, fundadores e integrantes que se destacaram como ritmistas, mestre-salas e passistas são frequentemente convidados para o desfile em posição de honra, trajando roupas de gala nas cores da escola. A Velha Guarda da unidos dos Guaranys além de ser a referência maior da nossa identidade a qual consideramos a história viva destes 59 anos de existência é também um grupo musical de samba idealizada pelo senhor Mario César, com um repertório de composições próprias, sambas diversos e sambas memoráveis apresentados nos carnavais passados desta agremiação.


Zé Pretinho da Cuica

 

José Geraldo do Santos na capoeira conhecido Mestre Zé Pretinho, no Samba conhecido como Zé Pretinho da Cuíca, em 1983 conheceu o Samba, nessa época formou o grupo de samba Tudo Bem, depois integrou o grupo Coisa de Pele, na região noroeste de Belo Horizonte, em 1988 Zé Pretinho começou a compor suas primeiras músicas, atualmente ele integra vários grupos como freelancer, como Velha Guarda Samba de Belo Horizonte, projeto Hip Hop Sambando, compositores de Minas, participou do documentário Coisas de Minas, tem várias gravadas por sambistas mineiros. É integrante da bateria estrela do Vale.


Serviço

Sábado (2), das 13h às 20h
Local: Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira - CRESAN/Mercado da Lagoinha

Rua Formiga, 140 - Lagoinha

Entrada gratuita