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Compostagem em parques gera economia e destinação sustentável para resíduos
Foto: Edanise Reis

Compostagem em parques gera economia e destinação sustentável para resíduos

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A queda das folhas secas e restos de podas de árvores são utilizadas pela Prefeitura de Belo Horizonte para realizar a compostagem e transformar esse material em adubo, usado nos jardins de alguns parques municipais das regiões Oeste e Barreiro. A medida ajuda a minimizar o que seria um problema com o volume desse resíduo - acentuado durante o outono e o inverno – para gerar economia de recursos e dar destinação sustentável aos resíduos. 

O primeiro parque a realizar a experiência foi o Jacques Cousteau, no Betânia. Com o sucesso obtido, a ação foi estendida para outras áreas verdes. Atualmente também recebem o adubo o Parque do Bairro Havaí, o Parque Aggeo Pio Sobrinho, o Parque Roberto Burle Marx, o Parque Bandeirante Silva Ortiz e o Parque Carlos de Faria Tavares (Vila Pinho). 

Segundo a bióloga e gerente de parques das regionais Oeste e Barreiro, Edanise Reis, a proposta era aproveitar melhor os resíduos, deixando os jardins dos parques ainda mais bonitos. Além disso, a experiência possibilitou usufruir de um substrato de alta qualidade com acesso mais rápido e a baixo custo. 

Ela explica, ainda, que o processo de compostagem das folhas secas e da vegetação podada ou roçada é simples e tem gerado economia com a redução no transporte dos resíduos coletados. “A compostagem é uma alternativa sustentável, feita por meio de um processo simplificado. As plantas gostam de um solo aerado e solto, permitindo que suas raízes possam se desenvolver e buscar os nutrientes disponíveis no solo, ofertados por meio desse tipo de composto. Este é o grande diferencial dos nossos jardins: manter um solo rico em matéria orgânica produzida pelas próprias folhas dos parques e também pela roçada dos gramados. Com isso, também diminuímos as viagens de caminhão com os resíduos que seriam descartados no aterro, além de otimizarmos o tempo de trabalho dos motoristas”, conta Edanise. 

O processo natural de compostagem

No espaço destinado a compostagem, são feitos agrupamentos das folhas em pilhas, chamados de leiras, que ficam ali por aproximadamente 10 meses. A irrigação é feita de forma natural, ou seja, ocorre somente no período de chuvas, não exigindo dedicação da equipe. Depois do período chuvoso, o produto que resta nessas leiras é passado em uma peneira, resultando no adubo que é utilizado nos jardins dos parques, em vasos e na produção de mudas ornamentais do parque Jacques Cousteau.

Edanise explica que o calor gerado pelas folhas, no topo das composteiras, torna o ambiente propício para que as bactérias transformem as folhas e restos de poda das camadas abaixo em matéria orgânica. “O resultado da compostagem produz ótimo condicionador do solo para melhorias nos jardins, além de aumentar o potencial de retenção de água no local onde é aplicado, o que também favorece e otimiza a irrigação dos jardins onde o composto é usado. Tudo isso resulta em estímulo à atividade biológica, criando um ambiente de micro-organismos que auxilia na prevenção de pragas e doenças nas plantas”, finaliza.