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Complexo Veterinário de BH tem tratamento pioneiro para gatos com esporotricose
Rodrigo Clemente/PBH

Complexo Veterinário de BH tem tratamento pioneiro para gatos com esporotricose

criado em - atualizado em

O Complexo Público Veterinário de Belo Horizonte (CPVBH) disponibiliza atendimento gratuito e especializado para gatos diagnosticados com esporotricose. O programa inclui diagnóstico, acompanhamento médico por até seis meses, fornecimento de medicação e reforço alimentar. A esporotricose não é apenas um problema veterinário, mas também de saúde pública. O programa desenvolvido no CPVBH exemplifica a abordagem de saúde única, que integra o bem-estar humano, animal e ambiental. Desta forma, a capital mineira se destaca como referência ao oferecer esse serviço, enquanto poucas cidades no Brasil contam com iniciativas semelhantes.

As consultas são realizadas aos sábados, com agendamento prévio disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na unidade, ou pelo telefone (31) 3246-7082.

O que é a esporotricose?

A esporotricose é uma doença fúngica que pode afetar animais e humanos. A transmissão ocorre pelo contato com animais contaminados ou diretamente do ambiente. Em gatos e cães, a doença se manifesta com feridas principalmente na face, orelhas e membros. Nos humanos, surgem lesões persistentes, especialmente nas mãos. A disseminação da doença tem sido uma preocupação crescente em Belo Horizonte e na região metropolitana.

O atendimento gratuito do CPV tem sido essencial para reduzir a disseminação da esporotricose em Belo Horizonte. Entre 2023 e 2024, mais de 800 gatos foram tratados, garantindo que famílias em situação de vulnerabilidade tivessem acesso ao tratamento completo, reduzindo, desta forma, o risco de transmissão para humanos.

A esporotricose apresenta maior incidência durante períodos quentes e úmidos, como primavera e verão. No verão, os gatos, principais transmissores da doença, tendem a circular mais, aumentando o risco de contágio. Além disso, a umidade favorece o crescimento do fungo no solo e em matéria orgânica em decomposição, tornando a propagação mais comum nessa época do ano. Como reforça a subsecretária de Bem-Estar Animal, Maria Clara Rego.  "A esporotricose não é apenas uma questão veterinária, mas um desafio de saúde pública. Ao oferecer tratamento gratuito e acompanhamento contínuo, protegemos não só os animais, mas também as pessoas e o meio ambiente, seguindo o princípio da saúde única”.

Com iniciativas como a do Complexo Público Veterinário, Belo Horizonte reforça seu compromisso com a saúde animal e a saúde pública, garantindo um atendimento acessível e de qualidade para a população e seus animais de estimação.

Destaques do programa:

●        Desde o lançamento do projeto, mais de 815 gatos receberam tratamento no CPV;

●        O serviço é uma iniciativa da Subsecretaria de Bem-Estar Animal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;

●        Belo Horizonte se destaca ao oferecer um programa estruturado para o tratamento da esporotricose, ainda raro no Brasil;

●        A iniciativa reforça a política de "saúde única", considerando a interação entre saúde animal, humana e ambiental.

Como funciona o atendimento?

Mediante agendamento prévio, que pode ser feito, presencialmente, na rua Albert Scharle, 79, Bairro Madre Gertrudes, Belo Horizonte, com retirada de senha de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Ou por telefone: (31) 3246-7082 e (31) 98778-2003. As consultas e o tratamento são realizados aos sábados, mediante agendamento prévio.
Capacidade: 140 gatos atendidos por mês

Telemedicina: disponível para acompanhamento de pacientes
Requisitos para atendimento:

●        Obrigatório levar o gato em uma caixa de transporte coberta com pano.

●        Documentos necessários:

○        Carteira de Identidade (RG) e CPF do tutor.

○        Comprovante de residência em Belo Horizonte.

○        Encaminhamento de médico veterinário público ou privado.

○        Agendamento prévio obrigatório.

Fluxo do atendimento:

●        Gatos diagnosticados com esporotricose recebem mensalmente um kit com medicação gratuita e 10 sachês de ração umedecida para auxiliar na administração do remédio;

●        O tratamento ocorre sob responsabilidade do tutor e deve ser administrado em casa;

●        Retornos mensais são obrigatórios para acompanhamento da evolução do animal;

●        Algumas consultas podem ser feitas por telemedicina;

●        Após a cicatrização das feridas, o tratamento continua por mais um ou dois meses para garantir a cura completa;

●        Após a alta, os animais são encaminhados para castração e vacinação antirrábica pela Gerência de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde.